Unidade sacerdotal

Neste dia 28 de novembro celebramos em Aparecida a nossa Romaria Arquidiocesana. Foi o momento em que o presbitério, reunido em torno do seu Bispo Diocesano, com todo o povo de Deus rendeu graças pelo ano pastoral que vivemos desde a Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo de 2019 até o presente momento, no último sábado antes do início do novo Ano Litúrgico. Queremos recordar que a unidade diocesana passa muito pelo testemunho dos diáconos, presbíteros e bispos. Recordo que todos os sacerdotes estão unidos por meio da imposição das mãos do bispo e a oração consecratória no dia da ordenação sacerdotal. Todos os presbíteros estão unidos num único mistério que é o da Santíssima Eucaristia, que todos por meio da ação do Espírito Santo têm o poder de consagrar e partilhar com os fiéis.

O Sacramento da Ordem é divido em três graus que são o diaconato, o presbiterado e o episcopado. Todos os sacerdotes estão unidos pelos dois graus do sacramento que já receberam e devem ser obedientes ao bispo de sua diocese e com alegria acolher aquilo que lhe é pedido e estar disposto para servir todo o povo de Deus em qualquer realidade.

Antes de tudo devemos revelar Jesus Cristo, ele é o “ator” principal e aquele no qual devemos prestar culto. Ele é o centro da Igreja, e o centro de todo o presbitério, Ele deve ser a razão de alegria para todo o sacerdote. E todos os padres devem ser contagiados por essa alegria que vem de Jesus e transmitir aos demais.

Os padres fazem parte de uma comunidade que é a comunidade presbiteral, comunidade quer dizer “comunhão” e os padres devem fazer valer entre eles essa comunhão.

A “comunhão” vem da Santíssima Trindade, onde cada pessoa da Santíssima Trindade vive entre si uma comunhão de amor. Essa comunhão de amor que provém da Santíssima Trindade é que o clero deve viver entre si. E é isso que o clero deve passar para a sua comunidade paroquial, que cada fiel viva essa comunhão de amor na sua casa e na comunidade paroquial.

No dia da unidade arquidiocesana devo ressaltar que o primeiro testemunho para o Povo de Deus é nossa unidade que deve ser celebrado junto com o povo, pois eles são a razão de ser do padre. O padre é tirado do meio povo para ingressar no Seminário Arquidiocesano e estudar para ser padre e depois da sua ordenação ele volta para o meio de uma comunidade junto com o povo. E essa unidade do clero além de celebrar essa comunhão entre os clérigos celebra essa comunhão com todos os batizados que devem estar unidos com os seus padres.

O povo de Deus através de suas orações fortalece o ministério sacerdotal do sacerdote e se unem a eles espiritualmente.   Devemos apoiá-los e ajudá-los, estender a mão e participar em comunhão. Nas dioceses existe uma comissão formada pelo bispo e alguns padres chamada de Pastoral Presbiteral, onde esses padres a pedido do bispo devem se ocupar do bem estar do clero procurando o bem do irmão. Os padres devem ter atitudes de bons samaritanos uns com os outros, de cuidar das feridas que o outro traz, até ele se recuperar.

Mas, enfim exorto todos os sacerdotes, no dia da unidade arquidiocesana “que sejam um” e que estejam unidos por meio da ordenação sacerdotal cuidando um do outro nestes momentos difíceis e assim estejamos juntos nesta caminhada arquidiocesana apesar de todas as dificuldades unidos como um clero feliz e cheio de esperança. Os padres devem estar unidos ao Cristo Bom Pastor e serem bons pastores para o povo de Deus e sendo verdadeiros “cristos” aos demais irmãos de presbitério.

Celebremos com alegria esta Romaria diferente em Aparecida, por causa da COVID-19, pedindo a intercessão da Virgem Maria, mãe das vocações e de São João Maria Vianney padroeiro de todos os padres, que a exemplo dele os padres possam ser exemplos de pastores para todo o povo de Deus. Amém.

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