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domingo, 13 outubro, 2024.

Santo Sudário

O Santo Sudário é o pano de linho puro, que foi utilizado para envolver o corpo de Jesus Cristo após sua crucificação, antes que este tenha sido levado ao Santo Sepulcro. Mede 4 metros e 36 centímetros de comprimento por 1 metro e 10 centímetros de largura. Encontra-se hoje na cidade de Turim, na Itália. No tecido encontramos manchas de sangue humano, com as marcas do flagelo e suplício sofridos por Jesus de Nazaré. Este pano é a prova maior da existência de Cristo e do que este sofreu.

Após a fotografia tirada do Santo Sudário em 1898, ficou mais fácil estudá-lo à luz da ciência, devido à nitidez da figura de frente e de costas. E desde então tem se discutido o assunto sem o apoio exclusivo da Fé, facilitando assim a aceitação por qualquer ser humano, de qualquer raça ou religião. É, sem dúvida, uma relíquia que tem muito a esclarecer sobre a História da Humanidade.

Pesquisa

Em 1988 foi retirado um pedaço do Sudário como amostra para ser submetido à datação pelo método do Carbono 14 (C-14). Pelos resultados do teste do Carbono 14, parecia estar confirmada a hipótese de que o Sudário dataria do período de 1260-1390 e que teria sido obra de pintor medieval. Muitos cientistas, no entanto, não consideram fidedigno o processo utilizado no teste, por não levar em consideração fatos traumáticos que envolveram o tecido ao longo dos séculos, como incêndios, imersões na água, exposição à fumaça, etc.
No primeiro semestre de 1996, dois cientistas italianos, da Universidade de Turim, o médico Luigi Baima Bollome e o perito em investigações computadorizadas, Nello Balossino, descobriram vestígios de uma moeda colocada sobre o olho esquerdo do Homem que estava envolvido no Sudário. A moeda (lepton) foi reconhecida como datada dos anos 29/30 depois de Cristo. Os vestígios de outra moeda, colocada no olho direito do cadáver, conforme os costumes de sepultamento dos antigos, já foram encontrados em 1979.

Síntese
A autora da obra La Sindone, un immagine “impossíbile”, Emanuela Marinelli, do Centro Romano de Sindonologia, traduzida para o português com o título O Sudário – Uma imagem “impossível” elenca as seguintes conclusões em seu estudo sobre as pesquisas feitas sobre o Sudário:
Esse pano tem as características de um tecido funerário hebraico do século I, proveniente da área palestinense. Esse homem sofreu uma crucifixão romana do século I, com particularidades desconhecidas na Idade Média, mas em sintonia com as descobertas histórico-arqueológicas posteriores.
Esse corpo sofreu os tormentos descritos nos evangelhos, também nas particularidades “personalizadas”. Esse sangue humano se coagulou sobre a pele ferida e passou para o tecido por fibrinólise, com modalidades irreproduzíveis com pincel. Esse cadáver, posto no lençol cerca de duas horas depois da morte, permaneceu por 30 a 36 horas sem sinais de putrefação.
Essa imagem em negativo não é nem pintura, nem estampa, nem chamuscadura. É uma projeção do corpo, a qual codificou em si informação tridimensional e é como se houvera sido impressa no tecido por um fenômeno foto-radiante. Esse lençol não tem sinais de deslocamentos; ele se afrouxou e se abaixou porque ficou vazio.
O resultado anômalo do exame com C-14, os limites desse método para um objeto que passou por tantas vicitudes e a grande quantidades de dados adquiridos, graças a todas as outras pesquisas científicas multidisciplinares, tornam razoável não excluir a autenticidade do Sudário, diz a autora.

Principais datas históricas do Sudário

30 d.C. – O corpo de Jesus é depositado no sepulcro e envolto “num pano de linho branco”. Na manhã de Páscoa, o lençol é encontrado vazio (Jo 20,5-6).
Século II – Chega a Edessa (hoje Urfa, na Turquia) uma imagem em tecido do rosto de Jesus.
525 – Durante os trabalhos de restauração da igreja de Santa Sofia de Edessa, descobre-se a imagem do rosto de Jesus chamada mandylion (lenço). É uma imagem extraordinária, “não feita por mãos humanas”. (identificável com o Sudário dobrado de modo a permitir ver só o rosto).
944 – Os exércitos bizantinos, durante uma campanha contra o sultanato árabe de Edessa, entram na posse do mandylion e o levam solenemente para Constantinopla, em 16 de agosto. Lá se constata que, na realidade, tratava-se do Sudário dobrado.
1147 – Luís VII, rei da França, venera o Sudário durante sua visita a Constantinopla.
1171 – Manuel I Comneno mostra a Amalrico, rei dos latinos de Jerusalém, as relíquias da paixão, entre as quais o Sudário.
1204 – Robert de Clary, cronista da IV cruzada, escreve que o Sudário desapareceu de Constantinopla. É provável que o temor da excomunhão, prevista para os ladrões de relíquias, tenha provocado a sua ocultação.
1314 – Os templários, ordem de cavaleiros cruzados, são queimados como hereges, acusados também de culto secreto a um “Rosto” que parece reprodução do Sudário. Um deles se chamava Geoffroy de Charny.
1356 – Geoffroy de Charny, cavaleiro cruzado homônimo do anterior, entrega o Sudário aos cônegos de Lirey, em Troyes, na França. O precioso tecido estava com ele ao menos há três anos.
1389 – Pierre d”Arcis, bispo de Troyes, proíbe a exposição do Sudário.
1390 – Clemente VII, antipapa de Avinhão, trata do sudário em duas bulas.
1453 – Marguerite de Charny, descendente de Geoffroy, cede o lençol a Ana de Lusignano, esposa do duque Ludovico de Sabóia, que o guarda em Chambéry.
1506 – O papa Júlio II aprova a missa e o ofício do Sudário, permitindo a sua veneração pública.
1532 – Incêndio em Chambéry, na noite de 3 para 4 de dezembro. Um lado incandescente da urna de prata que continha o Sudário queima o tecido ao longo das dobras; algumas gotas de metal fundido atravessam as várias camadas. Dois anos depois, as clarissas costuram os remendos.
1535 – Por motivos de guerra, o lençol é transferido para Turim e, depois, para Vercelli, Milão, Nice e novamente Vercelli onde permanece até 1561, quando é levado de volta para Chambéry.
1578 – Emanuel Filiberto leva o Sudário para Turim, para abreviar a viagem de São Carlos Borromeu, que queria venerá-lo, em cumprimento de um voto. Exposições por ocasião de certas celebrações da casa de Sabóia ou de jubileus se sucedem de trinta em trinta anos.
1694 – Em 1º de junho o Sudário é posto definitivamente na capela construída pelo arquiteto Guarino Guarini, anexa à catedral de Turim. Nesse ano, o bem-aventurado Sebastiano Valfrè reforça os remendos e as cerziduras.
1898 – Primeira fotografia, feita por Secondo Pia entre 25 e 28 de maio. A emocionante descoberta do negativo fotográfico revela com incrível precisão a figura do Homem do Sudário. Iniciam-se estudos e pesquisas, especialmente médico-legais.
1931 – Durante a exposição por ocasião do matrimônio de Umberto de Sabóia, o Sudário é fotografado novamente por Giusepe Enrie, fotógrafo profissional.
1933 – Exposição em comemoração do XIX Centenário da Redenção.
1939 – 1946 – Durante a Segunda Guerra Mundial, o sudário é escondido na abadia de Montevergine (Avellino).
1969 – De 16 a 18 de junho é feito um reconhecimento da relíquia por uma comissão de estudos nomeada pelo Cardeal Michele Pelegrino. Primeiras fotografias em cores, feitas por Giovanni Battista Judica Cordiglia.
1973 – Primeira exposição pela televisão (23 de novembro)
1978 – Celebração do IV centenário da transladação do Sudário de Chambéry para Turim, com exposição pública, de 26 de agosto a 8 de outubro, e congresso internacional de estudos. Nessa ocasião, muitos artistas italianos e estrangeiros, na maioria americanos, durante cento e vinte horas consecutivas, efetuam medidas e análises da relíquia para realizar uma pesquisa científica multidisciplinar.
1980 – Em 13 de abril, exposição particular para o Santo Padre João Paulo II.
1983 – Em 18 de março morre Umberto II de Sabóia; em testamento, doa o Sudário à Santa Sé. Por decisão do Papa, a relíquia continua em Turim e é confiada à guarda do Cardeal-Arcebispo Anastásio Ballestrero.
1988 – É retirado do Santo Sudário um pedaço como amostra para ser submetido à datação pelo método do C-14. Com base nesta análise, o Sudário seria da Idade Média, atribuído a um período entre 1260 e 1390 d.C. As modalidades da operação e a confiabilidade do método para tecidos contaminados como o Sudário não são consideradas válidas por muitos estudiosos. Em 1995, o cientista russo Dmitri Kouznetsov demonstra experimentalmente o que já havia firmado num congresso realizado em Roma, em 1993, isto é, que o incêndio de 1532 modificou a quantidade de carbono radioativo presente no Sudário, alterando sua dataçào, que pode ser do século I d.C.
1992 – Em 7 de setembro, efetua-se um reconhecimento do tecido pelos peritos convidados, a fim de sugerirem iniciativas e providências apropriadas para garantir melhor a sua conservação.
1993 – Em 24 de fevereiro, o Sudário é transferido temporariamente para trás do altar-mor da catedral de Turim, para que se realizassem os trabalhos de restauração da capela de Guarini.
1995 – O cardeal Giovanni Saldarini, arcebispo de Turim e curador do Sudário, anuncia duas exposições: uma, em 1998, para comemora o centenário da primeira fotografia, e a outra, em 2000, para a celebração do Jubileu.
1997 – Na noite de 11 para 12 de abril de 1997 um incêndio causa danos gravíssimos à capela do Sudário, e se alastra pelo interior da catedral. Os bombeiros foram obrigados a quebrar o vidro à prova de bala para salvar o Sudário. No dia 14 de abril uma comissão de peritos, composta também pelo cardeal Giovanni Saldarini, examinou o estado do lençol. Constatou-se que não houve nenhuma danificação, e o cardeal confirmou as exposições programadas para 1998 e para o ano 2000.
1998 – De 18 de abril a 14 de junho de 1998 o Sudário foi exposto em Turim, na celebração do qüinquagésimo aniversário da congregação da Catedral de Turim e do primeiro centenário da exposição de 1898, por ocasião da qual foi feita a primeira fotografia, que contribuiu de forma determinante para o encaminhamento das pesquisas científicas sobre o Sudário.
2000 – A exposição do Sudário de Turim no ano 2000, de 29 de abril a 11 de junho, quer oferecer uma ocasião especial de santificação do Jubileu dos 2000 anos do nascimento de Jesus com uma peregrinação penitencial.
Sobre o sentido das exposições o Cardeal Saldarini, curador do Sudário, diz: “As exposições surgem da natureza religiosa e da história. Nesse lençol bendito vêem-se imagens que lembram com uma eficácia excepcional o mistério inefável de nossa redenção, em particular a paixão de Jesus. A exposição pública tem a finalidade de oferecer ao homem de hoje um amplificador do anúncio da salvação, que vem só do Senhor Jesus, de seu amor. Há séculos essa mensagem tem produzido frutos de conversão e de santidade. Nas próximas exposições, pediremos ao Senhor que nos conceda os mesmos frutos com abundância. Também a mensagem do Sudário pode participar da nova evangelização, para a qual o papa chama a atenção muitas vezes. Estou convencido de que essa mensagem tem uma modernidade particular por causa de sua natureza de imagem a ser contemplada. Em nenhuma das épocas precedentes a notícia transmitida pelas imagens influiu tanto na informação e nos comportamentos. As experiências pastorais acumuladas especialmente nos últimos anos confirmam o quanto as pessoas são sensíveis ao anúncio desse testemunho mudo.”

História do Sudário

O evangelista João conta que Nicodemos e José de Arimatéia pegaram o corpo de Jesus e o envolveram, com perfumes, em faixas de linho, do modo como os judeus costumavam sepultar (Jo 19, 38-40). Mateus diz que José de Arimatéia tomou o corpo de Jesus e o envolveu num lençol limpo, colocando-o num túmulo novo (Mt 27,29-60). Marcos e Lucas referem-se ao fato, usando a expressão “envolveu-o no lençol” (Mc 15,46; Lc 23,53).
O Santo Sudário, ao longo de quase dois mil anos, passando por vicissitudes, percorreu extenso caminho. De Jerusalém, fugindo da perseguição, os primeiros cristãos o levaram para a cidade de Edessa, hoje sul da Turquia.Depois de vários séculos passou para Constantinopla atravessando o interior da Turquia, onde ficou até 1204, sendo então levado pelos Cruzados até Paris.
Em 1453 chega à Chambéry, sul da França, como legado dos Duques de Savóia, de cuja casa saíram os reis da Itália. Em 1532, ocorre um incêndio na Capela do Castelo de Chambéry, onde o Sudário estava encerrado numa caixa de prata, sofrendo várias danificações que são as manchas brancas verticais que se percebe ao longo do corpo. As partes queimadas foram corrigidas por remendos feitos pelas Irmãs Clarissas, em forma de triângulos imperfeitos ou de U maiúsculo. Observam-se também as manchas de água ao se apagar o incêndio.
Em 1578 uma peste assola a Europa. O arcebispo de Milão, Carlos Borromeu, faz a promessa de ir a pé até Chambéry em sinal de penitência e suplicando pelo término da peste. Para facilitar ao arcebispo o cumprimento do voto, o Duque Emanuel Phillibert, da família Savóia, leva o Sudário à Turim, onde se encontra até hoje, guardado em caixa forte com alarmes eletrônicos. Em 1983, o ex-rei Humberto da Itália transferiu os seus direitos sobre o Sudário ao Vaticano.

Explicativo das partes do Santo Sudário

Explicativo das partes do Santo Sudário

Mistério

Durante exposição, em 1898, o fotógrafo amador e advogado Secondo Pia fotografou pela primeira vez o Sudário. Ao revelar o filme, percebeu que as impressões do corpo começaram a assumir nitidez e profundidade inesperadas. A imagem foi impressa, inexplicavelmente, em negativo, ou seja, as partes sombrias tornaram-se claras e as luminosas, escuras. Nenhum artista poderia tê-la pintado assim. A partir daquela descoberta casual seguiram-se muitos estudos e exames fotográficos, fotométricos, radiológicos, químicos e médico-legais.
A ciência apurou que não se trata de uma pintura, que as manchas de sangue contêm verdadeiro sangue humano, e que as feridas do corpo martirizado atestam uma crucificação romana.
Para os cientistas, o Sudário é um mistério, pois as impressões daquele Homem estão gravadas em negativo com efeito tridimensional, enquanto as manchas de sangue são gravadas em positivo. Seguramente o lençol envolveu o cadáver de um homem martirizado, flagelado, coroado de espinhos, crucificado com cravos, com o lado traspassado, apresentando escoriações no joelho esquerdo, causado por queda, feridas, inchaços, sangue coagulado no rosto e septo nasal quebrado.
Existem muitas coincidências entre as narrações dos Evangelhos e a imagem do Sudário, razão pela qual a piedade cristã viu nele um testemunho da paixão e morte de Jesus. O pesquisador Luigi Gonella, consultor científico do Cardeal Anastácio Ballestrero, ex-arcebispo de Turim, afirma: “A ciência jamais poderá demonstrar que o homem do Sudário seja Jesus Cristo, uma vez que não existe um registro em arquivo algum que possa confirmar tal identidade. A ciência diz apenas que é extremamente provável que se trate de Jesus, dado o número impressionante de coincidências com os relatos de sua paixão no Novo Testamento.”

Instrumentos que provocaram as Chagas de Jesus Cristo

Instrumentos que provocaram as Chagas de Jesus Cristo

Coroa de Espinhos
Cravo
Flander
(Chicote)
Lança
Martelo

Como o Sudário teria embrulhado o corpo de Jesus

O quadro mostra como o Sudário teria embrulhado o corpo de Jesus

O rosto de Jesus estampado no Santo Sudário

O rosto de Jesus estampado no Santo Sudário

Sangue no Tecido do Santo Sudário

Sangue no Tecido do Santo Sudário

Imagem tridimensional do Santo Sudário

Imagem tridimensional do Santo Sudário

Explicativo do lugar onde está guardado o Santo Sudário

      Explicativo do lugar onde está guardado o Santo Sudário

Templo do Santo Sudário

Templo do Santo Sudário

Negativo e Positivo do Santo Sudário

Negativo e Positivo do Santo Sudário

Moedas que foram colocadas na pálpebra de Jesus Cristo

Moedas que foram colocadas na pálpebra de Jesus Cristo

O corpo de Jesus

O corpo de Jesus

Opiniões

O Pe. Giuseppe Ghiberti, teólogo de Turim, assim se manifestou sobre as pesquisas de 1966: “Creio que, antes de mais nada, toca à ciência avaliar esta última descoberta. Se fôr tida como genuína, as conseqüências da mesma não serão desprezíveis. Ter-se-á uma nova modalidade de evidência histórica que até hoje nenhum documento escrito e nenhuma peça arqueológica nos proporcionaram”.

O Cardeal de Turim e Guardião do Santo Sudário, Giovanne Saldarini, após as pesquisas, declarou: “Ninguém jamais tentou servir-se do Sudário de Turim para provar a fé cristã. A fé não se funda sobre imagens, nem sobre relíquias, nem sobre descobertas científicas. Doutro lado, se se pode demonstrar que o Sudário reproduz realmente a imagem de Jesus Cristo, os não crentes terão mais dificuldade para sustentar a incredulidade”.
“A imagem, acentua o Cardeal, nos apresenta o seguinte problema: estamos nós contemplando mera criação artística, ou, ao contrário, a verdadeira figura de Jesus como era após a sua Paixão e Morte? Esta não é uma questão de fé. Os fiéis gozam de absoluta liberdade para crer ou não crer nos dados fornecidos.”

Ítalo A. Chiusano – escritor
“Para mim, depois da publicação do resultado do negativo do exame com o C-14, a questão do Sudário se torna uma questão aberta. Agora o ônus da prova compete aos cientistas. Tocará a eles explicar-nos todas as questões: dos pólens, da tridimensionalidade, do negativo, das coincidências históricas e arqueológicas, das moedas de Pôncio Pilatos sobre os olhos do cadáver, da ausência de decomposição, da impossibilidade de que ele tenha sido pintado etc. Os cientistas terão, portanto, muito trabalho. Trabalho tão longo que, antes que termine, talvez apareça uma prova de que esse lençol é do tempo de Cristo. E então não comemoraremos vitória como fizeram os carbonistas (do carbono-14), mas agradeceremos humildemente ao Senhor e saberemos que essa é, em todo caso, só uma imagem do Filho de Deus, que não tem necessidade de imagem porque seu Sudário está dentro da alma de cada um de nós.”

Lamberto Schiatti – Jornalista e Sacerdote
“Resta a pergunta: E vós, quem dizeis que eu sou? Por isso, o Sudário continua a apaixonar a opinião pública, desafiando a ciência e provocando crentes e não-crentes com o fascínio de um mistério que cada um queria ver definitivamente descoberto. No silêncio da morte, o Homem do Sudário interpela a humanidade como Cristo, há dois mil anos: E vós, quem dizeis que eu sou? A resposta não é fácil, porque reconhecer Cristo morto e ressuscitado significaria abalar a existência. O Sudário, como Cristo, não tem pressa. Parece não temer o tempo. O sinal de Jonas não se impõe. Tem paciência e espera. Não pode ser cancelado. É mudo, mas interroga-nos com seu silêncio. O Sudário se cala, mas faz a ciência falar.”

Ignazio Del Vecchio – padre passionista
“Podemos também acrescentar que, para os tempos modernos, o Sudário é o que foram a estupendas catedrais e maravilhosas esculturas e pinturas para os tempos passados: um grande livro , mediante o qual todos, indistintamente, são introduzidos e levados à compreensão do maior mistério da humanidade, o do amor e do sofrimento de Deus”.
“Parece, – continua o Padre passionista, – que Jesus repete aos estudiosos atônitos as palavras que dirigiu ao incrédulo Tomé, na noite da oitava de Páscoa: Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos; estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê (Jo 20,27). Nessa altura, é necessário que o espanto da ciência dê lugar às maravilhas da fé. Não basta preparar a lista dos sinais dos sofrimentos presentes no Homem do Sudário. Não basta a veracidade das marcas, e não é suficiente afirmar que a figura impressa nesse lençol é a do Jesus histórico. É necessário acrescentar, por exigência de honestidade, que se trata do Cristo da fé, daquele que venceu a morte e ressuscitou. É certo que o Sudário nunca pretendeu provar a ressurreição de Cristo. Sabemos que a prova decisiva da ressurreição nos vem exclusivamente da Sagrada Escritura, da tradição apostólica e da Igreja, à qual damos nossa adesão de fé. Mas, desde que o Sudário se apresenta corno o pano autêntico que envolveu o corpo de Cristo descido da cruz, já não podemos tirar-lhe um título, ao qual ele tem direito: se ele conheceu Cristo morto, conheceu também Cristo ressuscitado. Seu papel pode, pois, ser chamado de testemunhal. Será talvez por isso que o mistério da ressurreição, acolhido por um ato de fé, atinge-nos com vibrações novas e com intensidade ampliada. Deve-se, por isso, admitir que é necessário estabelecer com o Sudário um diálogo assíduo, sincero e livre de qualquer recusa preconceituosa. Um verdadeiro diálogo de fé. É necessário ouvir o convite de Jesus aos seus contemporâneos incrédulos: Crede, ao menos, por causa dessas obras (Jo 14,11). E as maravilhosas obras de Deus não são nem poucas, nem pequenas. O Sudário oferece uma resposta documentada e providencial à profunda necessidade de devoção cristológica moderna . A nós, cristãos, cabe o dever de acolher, preservar e difundir esse testemunho.”

Papa Paulo VI
“Olho esse rosto e todas as vezes que o olho, o coração me diz: é Ele. É o Senhor.” Dizia ainda: “Grande sorte, portanto, a nossa, uma vez que essa figura do santo Sudário nos permite contemplar alguns traços autênticos da adorável figura física de nosso Senhor Jesus Cristo e socorre o nosso desejo, hoje tão ardente, de poder conhecê-lo também visivelmente! Recolhidos diante de tão preciosa relíquia, crescerá em nós, crentes ou profanos, o fascínio misterioso dele, e ressoará em nossos corações a admoestação evangélica de sua voz, convidando-nos a procurá-lo onde ele ainda se esconde e se deixa descobrir, amar e servir em figura humana: Cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes (Mt 25,40)”.

Cardeal Anastásio Ballestrero
“Sabemos que, no Sudário, a imagem misteriosa do homem crucificado impressiona. É um sinal ao qual podemos nos referir para tomarmos mais viva nossa meditação sobre a paixão e a morte do Senhor. Um sinal no qual podemos inspirar-nos para vermos nesse homem crucificado não só o Senhor Jesus, no qual cremos e que amamos e adoramos, mas também todos os irmãos crucificados, aos quais estamos ligados pela caridade do Evangelho e nos quais podemos e devemos amar o Salvador.” … “A torturada imagem do Sudário pode tomar-se o retrato de cada pessoa que vive na fé sua paixão pessoal, aceitando sua dor, e compreendendo o fermento de esperança e o poder de transfiguração que a Cruz oferece à vida. O Homem do Sudário, nu, sem nenhuma soberba, sem nenhuma arrogância, sem nenhuma violência, interpela-nos com a sacralidade da dor e com a majestade da paz, e, por assim dizer,constrange-nos a sermos melhores. Esse rosto nos traspassa e nos seduz!”

Papa João Paulo II
“Uma relíquia extraordinária e misteriosa, e, – se aceitarmos os argumentos de muitos cientistas, – uma testemunha singularíssima da páscoa, da paixão, da morte e da ressurreição. Testemunha muda e, ao mesmo tempo, surpreendentemente eloqüente!”.

Escritor Françóis Mauriac
“Naquela mísera carne, saída de um abismo de humilhações e de torturas, Deus resplandece com uma grandeza suave e terrível, e aquele rosto venerável pede talvez mais adoração do que amor.”

Doutor José Humberto Resende (Anatomista e cirurgião plástico.  Com três livros escritos sobre o assunto, ele é o atual presidente do Centro Sindonológico do Brasil e criou a Associação do Santo Sudário de Jesus, localizada na Ilha de Guaratiba (RJ).)

“O Santo Sudário é a prova da ressurreição. Tem grande importância para toda a cristandade, pois é a última prova viva, palpável, da ressurreição de Jesus Cristo. Não temos outra prova que não seja o Santo Sudário. O linho tem as marcas de um homem de frente e de costas com detalhes anatômicos precisos, gravados com sangue AB, Rh negativo, e impressos uniformemente de um único homem. O Sudário tem 4,36m x 1,10m e não havia na época anticoagulante para que alguém o pintasse sem ter coagulado o sangue. É a prova da ressurreição, porque deixou as marcas com sangue que restou do homem que sofreu o flagelo e o suplício, mas deixou somente as marcas do sangue, sem ossos e músculos. Hoje, os cientistas já admitem que ciência e fé podem conviver perfeitamente juntas, pois fé é questão de acreditar ou não que não depende só da ciência, que já comprovou fatos impossíveis ocorridos no Santo Sudário que são incapazes de serem reproduzidos. Deus nos enviou Seu filho Jesus com este propósito e com o consentimento do médico que mais curou na terra e instituiu o que chamamos de milagre. (Cristo) Que viveu como homem, morreu como homem e ressuscitou como Divindade.