Pai, acolhei-os em vossos braços

    Continuamos a rezar pelos falecidos durante estes tão estranhos tempos de pandemia. A dor das famílias e a consolação que vem do Senhor deve ser uma oportunidade de oração para todos nós. Peço a Deus Pai Misericordioso que os receba em seus braços para a ressurreição e glória da vida eterna. E que, também, traga conforto para as famílias enlutadas e restabeleça, prontamente, a saúde daqueles que estão travando uma dura batalha contra essa doença.

    Toda perda, de imediato, representa algo doloroso. Entre os milhares que faleceram, tinham pais de família, mães, filhos, amigos, familiares, padres e bispos brasileiros que tiveram suas vidas interrompidas nesta pandemia, entre eles o nosso predecessor o Cardeal Eusébio Oscar Scheid, SCJ. É uma tragédia de grandes proporções que, por muitos e muitos anos, será lembrada como um momento de grande luto e sofrimento.

    Além de cuidar da nossa vida e seguir todas as orientações dos órgãos de saúde e, também, se vacinar quando chegar a sua vez, necessitamos fortalecer o nosso espírito e a nossa fé. Isso é muito importante para enfrentarmos esse momento difícil, que é a perda de entes queridos e, muitas vezes, de famílias inteiras para a mesma doença. Em ocasiões assim precisamos alimentar nosso espírito com a certeza inabalável de que Jesus Cristo se doou por nós na Cruz, e nos alimenta com seu Corpo e Sangue, na sagrada Eucaristia e no céu nos prepara uma morada.

    O cuidado sempre tem permanecido em nossas Igrejas, mantendo a adoção de todos os protocolos, como o distanciamento social, realizando missas e celebrações on-line quando não puderem ser presenciais, pois a evangelização é parte fundamental do enfrentamento desse difícil período. Somente com a nossa fé alimentada é que conseguiremos superar essa pandemia, pondo um fim nessa doença, para que muito em breve a nossa vida possa minimamente voltar ao normal, tendo aprendido a importância da fraternidade em meio à nossa fragilidade.

    Peçamos a Nossa Senhora da Esperança, Consolo dos cristãos e auxílio nas doenças, que dê força suficiente para os profissionais da saúde, que trabalham na linha de frente do combate à pandemia. Com jornadas exaustivas, lutam incansavelmente para salvar mais e mais vidas. Agradeçamos pelas vidas salvas, que com certeza, são em quantidade infinitamente maior do que as mortes. Nas missas deste domingo, oremos especialmente para os profissionais da saúde, para que não se contaminem pelo vírus, e que possam voltar para as suas casas, todos os dias, com o coração cheio de alegria e amor por realizarem uma missão tão especial.

             A pandemia tem outra face cruel, além das perdas daqueles que amamos, que é a questão econômica. Muitas famílias foram impactadas pela pandemia e perderam renda e emprego, e muitos foram morar nas ruas das cidades. Não podemos nos esquecer de repartir o pão, pois Deus retribui em dobro. As ações em nossa Arquidiocese para arrecadar mantimentos, quentinhas, roupas, cobertores e outros objetos para as famílias carentes devem continuar e serem incentivadas entre os paroquianos e paroquianas. Não podemos aceitar que nenhuma vida exista sem dignidade. Tenho pedido a todos os párocos que fortaleçam as ações sociais em suas Igrejas, para que cada vez mais alimentos possam ser distribuídos e alcancem mais pessoas que tanto precisam.

    Consagremos nossa vida a Nossa Senhora, intercessora de seus filhos e filhas junto a Jesus Cristo. Que ela console os corações aflitos pelas perdas de seus entes queridos e conceda muitas bençãos a todas as famílias. Que a vacina chegue logo para todos, protegendo aqueles que amamos.

    São Sebastião, nosso advogado contra as epidemias, rogai por nós!

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