4º Domingo da quaresma 19/03/2023 (Jo 9, 1- 41)

    Textos inspiradores: Jesus soube que eles o haviam expulsado. Veio então encontrar-se com ele e lhe disse: “Crês no filho do homem”? E ele respondeu: “Quem é ele Senhor, para que eu creia nele”? Jesus lhe disse: “Pois, então tu já o viste: é aquele que te fala”. O homem lhe disse: “Creio Senhor, e se prostou diante dele”. (Jo 9, 35-38).

    A quaresma é uma caminhada eclesial, que termina na Páscoa da ressureição. O período quaresmal é um tempo de meditação, conversão, de busca da vida e do aprofundamento da missão de Jesus Cristo, bem como, da nossa. Ser cristão é seguir Cristo, vivenciando Sua missão. Ela (a quaresma), nos mostrou no 1º domingo, a vitória do Cristo sobre o tentador, no 2º (domingo), apareceu o texto da transfiguração: Cristo é o Senhor. No 3 º (domingo) houve o encontro de Jesus, com a samaritana. Ele lhe pede água. Ela estranha. Ele então lhe oferece água viva, para sua sede de Deus. No presente domingo, Jesus se apresenta, como luz, curando um cego. No entanto, existencialmente falando, todos os seres humanos, pelo pecado, são cegos, total ou ao menos parcialmente. Como Jesus faz falta, também hoje.

    Os pais do cego, testemunham que ele era cego, mas temem de mostrar o que são, por causa dos fariseus. Poderiam de fato, ser expulsos do templo, ou da comunidade religiosa. Tinham medo e mostram-no. Foram, até covardes, pois agraciados, pelo milagre da recuperação da visão do filho, ainda não haviam entendido o sinal de Deus. O filho ficou curado, e os pais não se comprometeram, tornando-se, então eles, espiritualmente cegos. Não souberam enfrentar o mundo e os outros cegos: fariseus, doutores da lei etc… A situação não mudou, muito de lá, para cá. Também, nós somos medrosos e omissos, quando não covardes. Vivemos no intimismo religioso e não assumimos nosso batismo. (missão) Fugimos da autêntica vivência de nossa fé, ou seja, de sermos discípulos ou discipulas. Assim, as seitas aumentam, vivaldinos crescem, oportunistas surgem e ateus despontam. Falamos muito em “sinodalidade”, mas não valorizamos irmãos(ãs), nem assumimos nossos carismas. Somos omissos. Covardes? A resposta fica para os leitores…

    O cego mudou: Não só, porque começou a ver, mas principalmente, porque assumiu sua missão. Deu testemunho explícito e público. Não só discutiu com os fariseus e outros cegos, (Espiritualmente) mas tornou-se, autêntico discípulo. Acreditou em Jesus Cristo e prostando-se, adorou-O.  Belo progresso, em tão pouco tempo: viu em Jesus o profeta, o Senhor: o Cristo. Deu uma guinada na sua vida. Não teve medo. Não foi covarde. Nossos tempos são difíceis. Por isso, precisamos de homens e mulheres determinados: que amem a Jesus Cristo e O sigam alegres, felizes e sem medo. Isto, não nos está faltando?

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