“Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mc 3,35)
A Liturgia do X Domingo do Tempo Comum nos traz, em sua centralidade, a identidade de Jesus e da comunhão que ele nos propõe em vivenciar a comunhão com Deus, a qual anseia em estabelecer com todos aqueles que ouve a Sua Palavra e põe em prática. Também, esclarece que Jesus não tem qualquer aliança com o Demônio e com o poder do mal.
No Evangelho de Marcos (Mc 3,20-35), Jesus demonstra que a libertação do mal a qual ele realiza é por obra do Altíssimo, desvinculando toda e qualquer suspeita daqueles que falavam que Jesus tinha algum tipo de pacto com o Demônio, afinal “como é que Satanás pode expulsar a Satanás? Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se” (cf. Mc 3,23b-24). Ora, Jesus traz a libertação dos homens e mulheres para que todos possam vivenciar a promessas eternas e, principalmente, fazer parte da Família de Deus, pois “quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (cf. Mc 3,35).
Na Primeira Leitura extraída do Livro do Gênesis (Gn 3,9-15), é nos demonstrado, através de Adão e Eva, que somos chamados a pactuar com Deus e não com o Maligno, rejeitando quaisquer tentações que possam aparecer em nossa caminhada, principalmente, aquelas que nos afastam de vivenciar o Paraíso de Deus. E, baseado no Evangelho de hoje, é dado o sentindo que Jesus Cristo é aquele que ferirá a cabeça da serpente, por ser o descente dos primeiros pais e o Libertador para todos.
A Segunda Leitura, extraída da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios (2Cor 4,13-18.5,1), Paulo nos demonstra a importância de permanecer autênticos discípulos de Cristo, através do sustento de nossa fé pelo prêmio da Glória Eterna, pois “o volume insignificante de uma tribulação momentânea acarreta para nós uma glória eterna e incomensurável” (cf. 2Cor 4,17). “De fato, sabemos que, se a tenda em que moramos neste mundo for destruída, Deus nos dá uma outra moradia no céu que não é obra de mãos humanas, mas que é eterna” (cf. 2Cor 5,1).
Imersos na Palavra desta Liturgia, possamos sempre buscar o desejo íntimo de estar em Comunhão com Deus, através do Evangelho de Jesus Cristo. Assim, praticando a Boa Nova neste mundo, possamos aclamar como o salmista: “No Senhor ponho a minha esperança, espero em sua palavra. A minh’alma espera no Senhor mais que o vigia pela aurora” (cf. Sl 129,5-6).
Saudações em Cristo!