Na segunda-feira, dia 13 de janeiro, após a festa do Batismo do Senhor teve início o Tempo Comum. Esse é o tempo litúrgico mais extenso, são 34 semanas divididas em duas partes, a primeira inicia-se na segunda-feira após a festa do Batismo do Senhor e vai até a terça-feira de Carnaval, e a segunda parte inicia-se após a solenidade de Pentecostes e permanece até o sábado antes do Advento.
A cor litúrgica predominante ao longo do Tempo Comum é a verde que simboliza a esperança, a esperança do povo em um mundo melhor, mais justo e fraterno para todos. Ao longo do tempo comum acompanhamos Jesus em sua vida pública anunciando o Reino de Deus e somos convidados a fazer o mesmo nos dias de hoje. É também a Igreja na caminhada da história anunciando os mistérios da encarnação e redenção do Senhor.
Jesus inicia a sua vida pública após o batismo realizado por João, movido pelo Espírito Santo, Ele vence as tentações no deserto e motivado pelo mesmo Espírito Santo realiza os milagres e sinais ao longo de sua vida pública. Do mesmo modo cada um de nós no batismo recebemos o Espírito Santo e somos impelidos por meio desse Espírito Santo a edificar o Reino de Deus aqui na terra. E ainda, somos chamados a viver a santidade em nossas ações diárias.
Ao longo do Tempo Comum acompanhamos Jesus percorrendo toda a Judéia, desde a saída de sua terra natal (Nazaré), até entrar em Jerusalém para sofrer a paixão, morte e posterior ressurreição. Através do Tempo Comum caminhamos com Jesus e a cada dia acompanhamos um ensinamento.
O tempo comum inicia-se após o tempo do Natal e faz uma pausa para o tempo quaresmal e da Páscoa. A característica do tempo do Advento é a vigilância e da Quaresma é a penitência e a oração, o Tempo Comum é marcado pela esperança e nos ajuda a nos preparar melhor para vivenciarmos o tempo da Quaresma e posteriormente o tempo do Advento.
Algumas celebrações e solenidades importantes acontecem ao longo do Tempo Comum e marcam a vida da Igreja. Como por exemplo: Santíssima Trindade, Sagrado Coração de Jesus e Corpus Christi. No mês de agosto celebramos o mês vocacional e em outubro o mês missionário e do rosário, recordamos que cada batizado é chamado por Deus a construir o Reino de Deus aqui na terra e chamado para uma vocação especifica e ajudar a sua comunidade a crescer no discipulado de Jesus.
A Igreja é sábia e dispõe ao longo do ano litúrgico os tempos específicos e se observarmos bem seguem uma sequência. O ano litúrgico inicia-se com o tempo do Advento, onde nos preparamos para receber o Senhor no Natal, a primeira parte do tempo comum inicia-se após a festa do Batismo do Senhor, onde após sofrer as tentações no deserto Ele inicia a vida pública, no tempo da Quaresma recordamos as tentações que Jesus sofreu no deserto e após Pentecostes, que é a vinda do Espírito Santo, retoma o Tempo Comum. A celebração da paixão, morte e ressurreição de Jesus é o centro do calendário litúrgico.
Devemos viver e participar com fé e alegria das celebrações ao longo de todo ano litúrgico, pois em cada tempo litúrgico contemplamos uma parte da vida e ministério de Jesus. Ao passar por todo ano litúrgico contemplamos ainda em todos os momentos o mistério central da nossa fé que é a paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Ao longo do tempo comum o Senhor nos envia como discípulos e missionários para anunciar o Reino de Deus. Somos impulsionados pelo Espírito Santo para realizar a missão do mesmo modo que Jesus enviou os discípulos. Ao longo do tempo comum é despertado em nós o senso de pertença a uma comunidade e chamados por Deus a sal na terra e luz no mundo. A missão deve ser permanente e sempre podemos anunciar a Palavra uns aos outros.
Esse ano em especial a Igreja vive o ano jubilar da esperança, por isso, ao longo desse ano devemos encorajar aqueles que se encontram tristes, conduzir ao batismo aqueles que não são batizados e anunciar a todos a misericórdia de Deus. A cada vinte e cinco anos a Igreja vive o jubileu ordinário, e é sempre um tempo de muitas graças e esperamos que esse também seja.
Durante este tempo comum rezemos pelas necessidades da Igreja, pelo Papa Francisco, por nosso bispo diocesano, padres, diáconos e seminaristas. Rezemos para que nunca faltem pessoas dispostas para levar adiante a mensagem do evangelho. Que a Igreja conduzida por Francisco continue sendo sinal de salvação para todos.
Celebramos o mistério da Palavra de Deus encarnada ao longo desse Tempo Comum e peçamos que Deus nos guie na missão de discípulos e missionários de Jesus, sobretudo levando a esperança aos desanimados e anunciando a misericórdia do Senhor.
