Solenidade da Imaculada Conceição de Maria: 08/12/2022 (Lc 1,26-38)

    Texto inspirador: O anjo entrou, onde, ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”. Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim, segundo a tua palavra!”

    Maria é, sempre, Maria: a mãe escolhida para Jesus, pelo Pai desde toda eternidade. Sendo Cristo Deus, ela por sua vez, é ipso fato, mãe de Deus, como da Igreja e nossa. Ela esteve sempre, presente na história eclesial: participando de sua vida. Não podia ser diferente. Se Cristo é a cabeça da Igreja, ela sendo sua mãe, é chamada também de mãe da Igreja. Nós, não a idolatramos, e nem a adoremos, porém, sempre a veneramos. Nós, lhe atribuímos, até um culto especial: o de hiperdulia. O culto supremo é sempre e somente dirigido a Deus: é o de adoração.

    Maria é amada, pelo povo de Deus. Não poucas nações a tem como padroeira. Por exemplo, em Portugal, é venerada como a Imaculada, desde 1636, também, como N.S. de Fátima. No México: Nossa Senhora de Guadalupe (Padroeira principal da América Latina), no Chile: Nossa Senhora do Carmo, no Brasil: Nossa Senhora Aparecida, na Argentina e Uruguai: Nossa Senhora de Luján, na Rússia: Nossa Senhora de Czestochowa, na França Nossa Senhora de Lourdes. O povo de Deus entendeu, logo sua importância. Basta ler Lucas 1,26-38, conhecer melhor a história, para entende-lo e constatá-lo. Além do mais, um dos primeiros dogmas, é o da mãe de Deus (Theotokos). Ela, quando interpelada por Deus, para uma missão especial, disse logo: sim. “Eis-me aqui”. Então, o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Deus quis precisar de Maria. Poderia ter feito, tudo diferente, pois é o todo poderoso. Quis, no entanto, a encarnação do Filho, através de Maria, a Imaculada. Por isso, preservou-a do pecado das origens, através dos méritos do Salvador, de toda a humanidade.

    Maria assumiu sua missão maternal em relação à Igreja. Nem poderia ser diferente: gerando a Jesus Cristo, amou e assumiu também Sua obra. Entre elas, a Igreja (cf. Ef 1.22; 5,23). Aliás, os santuários marianos, em todo mundo, são verdadeiras cátedras de Evangelização, autênticas maternidades de novos cristãos. O religioso apego a ela (Maria), significa fidelidade a Cristo e ao Reino. 3.1 Maria nunca esqueceu, o que o Filho moribundo na cruz, lhe disse: “mulher eis aí teu Filho” e a João: “eis aí tua mãe” (cf. Jo 19,25-27). João a levou para sua casa e ela o adotou como filho. João, hoje, somos: eu, você, todos nós. Maria levou, sempre, bem a sério, tal missão. E nós, hoje, somos outros tantos filhos, como João, que a levou para as dificuldades e lutas da vida? Quem o fez e faz, nunca, se arrependeu e jamais há de se arrepender.

    Conclusão. Por Maria, a Jesus e por Ele ao Pai, à Trindade. Jesus é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6). Desta vida, ela é a sinalizadora, por excelência. Não só sinaliza, mas também, a mostra, pela sua vivência. É mãe e modelo.  Outrora, gerou Cristo, para nós, e hoje, como sempre, quer levar todos a Ele. É a verdadeira bela (boa) pastora, a maior servidora depois, do seu Filho Jesus. Quem mostrou mais fé e esperança do que ela? Quem mais amou, depois, de Jesus e melhor procurou servir? Ela. Sempre, ela:  Maria.

     

    + Dom Carmo João Rhoden – SCJ

    Bispo Emérito de Taubaté –SP

    Presidente da Pró Saúde.

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