Sexto Domingo da Páscoa

             Temos a graça de celebramos neste domingo, o sexto domingo do tempo da Páscoa. A Palavra de Deus que escutamos nesta liturgia do VI Domingo da Páscoa coloca-nos precisamente neste clima. Com um coração fiel e recolhido, contemplemos o mistério que o Evangelho de hoje nos revela! Meditemos nas palavras do Senhor Jesus: “Não vos deixarei órfãos. Eu virei a vós. Pouco tempo ainda, e o mundo não mais me verá, mas vós me vereis, porque eu vivo e vós vivereis. Naquele dia sabereis que eu estou no meu Pai e vós em mim e eu em vós. Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama, será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14, 18-21).

             Na primeira leitura – At 8,5-8.14-17 – a Igreja de Jesus é perseguida em Jerusalém, mas ela renasce espalhando-se por todo mundo! – Dirá Tertuliano: “O sangue dos mártires é semente de novos cristãos!” Quem morre por Cristo e como Cristo, ressuscita. Os Apóstolos, Pedro e João, participaram da missão de Felipe, na Samaria, impondo as mãos sobre os convertidos para receberem o Espírito Santo, o “advogado” prometido por Jesus, para consolar e defender os seus discípulos. Ele permanece sempre junto deles e dentro deles! Que bela e poderosa companhia. Jesus não nos deixa órfãos e nem sozinhos no trabalho da evangelização. Ele caminha conosco pelas estradas da vida missionária.

             Na segunda leitura – 1Pd 3,15-18 – os cristãos devem santificar Jesus Cristo em seus corações, ou seja: revelar, por seu comportamento, a vida e a ação do próprio Jesus Cristo, que está presente na vida de quem sofre por sua causa. Jesus revive e está presente no corpo de quem sofre!  Jesus está presente no corpo de quem sofre por sua causa!

             No Evangelho – Jo 14,15-21 – Jesus prolonga seu amor por seus discípulos enviando-lhes o Espírito Santo que permanecerá sempre eles.  Não apenas junto dos discípulos, mas dentro do coração deles: Ele permanecerá junto de vós e estará dentro de vós! (…) Naqueles dias sabereis que eu estou no meu Pai, vós em mim e eu em vós!” Que intimidade maravilhosa”! A fé nos fortalece e a esperança não engana!

             O amor dos fiéis se manifesta na fidelidade ao mandamento do amor que Jesus nos lega. Com vistas, a isso, Jesus vai pedir ao Pai alguém que, na sua ausência, nos ajude: um “outro Paráclito”. O termo tem uma ampla escala de significados, que não devemos restringir indevidamente. O Significado básico é o auxílio e o apoio. O Pai enviará um continuador do primeiro auxílio, que foi Jesus mesmo, na sua missão terrestre (portanto, não como em 1Jo 2,1). É o Espírito da Verdade, que vem de Deus para conservar-nos na verdade que Jesus nos dá a conhecer em sua própria pessoa. O mundo não é capaz de conhecê-lo, mas os fiéis o conhecem, o experimentam, porque permanece neles. Jesus pede esse Espírito ao Pai, porque é o mesmo Espírito que permaneceria sobre ele na sua vida terrestre. O mestre transmite seu espírito aos discípulos: Eliseu pede que, na hora da despedida de Elias, Deus lhe conceda o dobro de seu espírito (2Rs 2, 9-15).

             Os Apóstolos, que se tinham entristecido com a predição das negações de Pedro, são confortados com a esperança do Céu. A volta a que Jesus se refere inclui a sua segunda vinda no fim do mundo e o encontro com cada alma quando se separar do corpo. A nossa morte será precisamente o encontro com Cristo, a quem procuramos servir nesta vida e que nos levará à plenitude da glória. Será o encontro com Aquele com quem falamos na nossa oração, com quem dialogamos tantas vezes ao longo do dia.

             O pensamento do Céu, agora que estamos próximos da festa da Ascensão, deve levar-nos a uma luta decidida e alegre por tirar os obstáculos que se interpõem entre nós e Cristo, deve estimular-nos a procurar sobretudo os bens que perduram e a não desejar a todo custo as consolações que acabam. Contudo, meus irmãos e irmãs ao celebrar este domingo, queremos colocar a nossa vida e o nosso coração em Jesus, pois, sabemos que já está próxima a sua subida aos céus, mas, Ele não deixará ninguém órfão, enviará o Santo Espírito.

    Nesta liturgia queremos colocar todas as mães. As que já estão no céu junto de Deus. Não esquecemos de rezar, também, pelas vovós falecidas, tesouro que nos transmitiram a fé. Rezemos, com muita alegria, pelas mães que caminham conosco e nos apontam para o Cristo Ressuscitado! Deus abençoe todas as mães! Peçamos ao Senhor, com esta liturgia que focalizemos a nossa caminhada e a nossa vida naquilo que é o nosso início e fim, ou seja, o céu. O céu é viver a comunhão total com Deus.

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