Pe. Luiz Roberto Teixeira Di Lascio
Neste momento histórico de grandes conflitos e guerras ao redor do mundo, somente nos restam duas alternativas: ou ficarmos na indiferença, ou fazermos parte da Rede de Solidariedade pela Causa da Paz.
Todos somos responsáveis direta ou indiretamente pela busca de caminhos que levem a imediatas e eficazes soluções para essa terrível realidade mundial. Assustadora e preocupante realidade que é o dia-a-dia de populações de mais de trinta regiões ao redor do mundo, com destaque nas terras do Oriente Médio.
É inconcebível que, em pleno século XXI, assistamos “ao vivo e em cores” tais episódios dolorosos, exacerbados ainda mais pelas narrativas da imprensa dúbia em escala mundial. O desfile do poderio militar das armas e bombas de alta eficiência tecnológica e os fantásticos drones com seus sistemas de alta precisão sobrevoando os céus, tudo isso, mostrado pela mídia… Rastros de violência, dor e desespero por onde quer que trilhe essa barbárie, impulsionada pela força do ódio e da vingança, arraigada nos corações dos senhores demônios da guerra.
Inacreditável e surreal é que infrutífero tem sido todo esforço para entrada da diplomacia, para a permissão de abertura dos corredores de ajuda humanitária com alimentos e medicamentos para salvar vidas. Vidas que eram saudáveis, pessoas que tranquilamente habitavam em suas moradias, administrando os frutos de seu trabalho, e que, de repente, sem mais nem menos, um dia desses são violentamente surpreendidas pelo horror da guerra.
Mentes e corações doentios desses líderes sanguinários, fazem despertar a sede de revanche e acirrada perseguição contra o “inimigo”. Acende-se o estopim da anarquia brutal por parte de grupos fanáticos que, sentindo-se provocados e desafiados no seu egoísmo idólatra, partem para o tudo ou nada, sem peso e sem medida, gerando um estado de guerra com consequências imprevisíveis para a Paz mundial.
Cabe a nós, como cristãos, a seguinte reflexão: que o verdadeiro caminho para a Paz somente será viável através do diálogo e da compaixão, que deverão impulsionar os abnegados Construtores da Paz para frear esses “Golias”, gigantes de ferro, e suas poderosíssimas e sofisticadas armas de guerra.
Essas guerras estão acontecendo em diferentes regiões de nossos continentes, e são um alerta para o perigo iminente do extermínio impiedoso, uma avassaladora varredura de grande parte da humanidade, principalmente os povos mais vulneráveis e empobrecidos, sem chance de defesa.
O Planeta Terra está gritando de dor, gemendo pelas vítimas inocentes que estão sendo sacrificadas e dizimadas pelos exércitos inimigos da humanidade, cuja barbárie impiedosamente destrói a obra-prima da Criação Divina, o Homem, criado à imagem e semelhança de Deus.
Todos podemos fazer algo pela Causa da Paz, a começar pelas orações fervorosas de súplica pela Misericórdia Divina sobre aqueles que detêm o poder de decisão sobre
os povos e nações. Orações pela conversão dos pecadores e pelo livramento da Humanidade das garras do Maligno e
suas legiões, que alimentam o ódio no coração do homem e assim fomentam a guerra, a destruição, a morte.
A força da oração é capaz de derrubar muralhas e transformar corações duros e empedrados em corações de compaixão. O amor é a arma mais poderosa de transformação.
Assim sendo, abracemos a Causa da Paz em nosso peito e deixemos que o Amor de Deus, que é Pai Misericordioso, limpe os nossos corações de toda maldade, e faça crescer em nós e, a partir de nós se alastrar o verdadeiro Amor ensinado por Jesus, Seu dileto Filho: “Amai os vossos inimigos e uns aos outros, como eu vos tenho amado.”
A Paz se constrói com determinação e fé no poder do Deus Altíssimo, através do diálogo entre os homens e as mulheres de bem, realmente comprometidos com a causa da Verdade e da Justiça. O arsenal bélico na construção da cultura da Paz, não são as armas, e sim a força e coragem dos grupos que se levantam ao redor do mundo e que, movidos pela mística da não-violência, se empenham no resgate da dignidade humana, defendendo a vida em todas as suas dimensões.
QUEREMOS um mundo sem guerras, sem fome, sem violência, sem doenças, sem discriminação e sem qualquer tipo de preconceito, sem prisões, sem ódio e sem vingança. Sejamos verdadeiros ARAUTOS DA PAZ.
Pe. Luiz Roberto Teixeira Di Lascio
Assessor da Pastoral Carcerária da
Arquidiocese de Campinas
E mail: padredilascio@uol.com.br
Fone: (19) 99704-7070
Padre Luiz Roberto Di Lascio, mas uma vez nos inspira e provoca em nós a reflexão sobre a necessidade de sermos arautos da paz.
Comecemos com a oração e, depois com atitudes concretas.