QUINTA-FEIRA DA SANTA: IGREJA CELEBRA AS INSTITUIÇÕES DA EUCARISTIA E DO SACERDÓCIO, OS SANTOS ÓLEOS E O INÍCIO DO TRÍDUO PASCAL

A Quinta-feira Santa na Igreja Católica é marcada por duas grandes celebrações, as quais possuem cada uma diversos significados e momentos únicos para a fé dos católicos. Pela manhã, o clero de todas as dioceses, padres e diáconos, celebram junto com seu respectivo bispo a Missa dos Santos Óleos, também conhecida como Missa da Unidade. À noite, nas comunidades paroquiais, é celebrada a Missa que dá início ao Tríduo Pascal, popularmente chamada de Missa de Lava Pés.

Santos Óleos

A Missa dos Santos Óleos, que reúne o bispo diocesano com seu clero, na catedral sede da respectiva arqui/diocese, é marcada pela recordação da instituição ministério sacerdotal, oportunidade de renovação das promessas sacerdotais. Na mesma liturgia, há a unção do óleo da unção dos enfermos (usado pelos presbíteros para ungir idosos e doentes), o óleo dos catecúmenos (usado pelos presbíteros e diáconos no Batismo) e o óleo do santo crisma (usado pelos diáconos e presbíteros no Batismo, e pelo bispo na Confirmação, nas Ordenações de bispos e de presbíteros, na Consagração de igrejas e altares).

De acordo com o bispo de Santa Cruz do Sul, dom Alberto Dilli, esta celebração da Missa do Crisma, presidida pelo bispo, “é considerada uma das principais manifestações da plenitude do seu sacerdócio e sinal de estreita união dos presbíteros com ele”.

Um dos elos que relacionam a celebração da manhã com a da noite é o destaque à instituição da Eucaristia por Jesus na última ceia, a qual é recordada pela Igreja de forma especial na Quinta-feira Santa. A Liturgia da Palavra, nas duas celebrações, recorda esse acontecimento.

Na missa da noite, da Ceia do Senhor, explica o bispo de Marabá (PA), dom Vital Corbellini: “a instituição da Eucaristia está bem presente na Carta de São Paulo aos Coríntios” (1 Cor 11, 23-26)”. O trecho do Evangelho, de João, dá destaque ao lava-pés.

“O lava-pés aludiu à atitude de Jesus que sendo Mestre e Senhor ensinou a todos a importância do serviço, de se lavar os pés uns dos outros, de buscar uma vida de pessoas serviçais, sempre prontos a ajudar os outros, para que todas as pessoas cumpram uma missão de servir, diante do povo e diante de Deus”, completa dom Vital.

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Início do Tríduo Pascal

O Tríduo Pascal, ápice da Semana Santa, tem início na noite da Quinta-feira Santa e segue até as segundas vésperas do Domingo de Páscoa. A primeira parte é a Celebração da Ceia do Senhor, seguida da Paixão de Cristo, na sexta-feira, e a Vigília Pascal, no sábado.

“A Última Ceia de Jesus, da qual fazemos memória nesta liturgia sagrada, isto é, a sua morte na cruz, que meditaremos na Sexta-Feira Santa à tarde, e a sua ressurreição (iniciando com a grande e solene Vigília Pascal), constituem os momentos de um mesmo mistério, o da Páscoa de Cristo, isto é, a sua passagem deste mundo para o mundo do Pai. Uma passagem dolorosa e alegre”, explicou o arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta.

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