Quarto domingo da quaresma

    “O cego foi, lavou-se e voltou vendo”.(Jo 9,7)

    O milagre do cego de nascença é contado somente pelo evangelista João(Jo 9,1-41). O autor diz que escreveu seu Evangelho para que crêssemos que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e, crendo tivéssemos a vida em seu nome.

    Assim, com a narração do cego de nascença, quer mostrar que Jesus é a vida e a luz do mundo: dá a luz ao cego de nascença, em contraste com a cegueira espiritual dos judeus.
    Percebe-se, no interior da narrativa, a argumentação encadeada para levar o leitor a adorar Jesus como o Filho de Deus.

    O texto era destinado à catequese dos que iam ser batizados. Da sujeira e da lama do pecado, erguiam-se os novos cristãos, depois de se terem lavado – como o cego – nas águas puras do Batismo. Evidentemente, não havia o rito do Batismo em si. Era necessária a fé em Jesus e a adesão irrestrita a sua doutrina, acreditando na preexistência e acreditando que Ele é a palavra na qual o Pai se revelou.

    É preciso ser humilde para reconhecer as próprias cegueiras. Precisamos parar para verificar as trevas que carregamos e nos libertar delas.

    É necessário também fazermos um exame de consciência e entendermos que, quando Jesus aponta as falhas dos judeus, está apontando as nossas próprias falhas. Quantas vezes sabemos enxergar os erros dos nossos semelhantes e não enxergamos os nossos erros?

    Para isto existe a Quaresma, tempo de penitência que nos leva à luz divina que nos ajuda a enxergar que estamos caminhando de maneira tortuosa e que podemos caminhar, seguindo os exemplos de Jesus, aclarando a nossa mente e ajudando a aclarar a mente de nossos irmãos e irmãs.

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