QUARTA-FEIRA DE CINZAS DA QUARESMA

    Hoje, Quarta-Feira de Cinzas, inicia-se o Tempo da Quaresma que se estende até a Quinta-Feira da Semana Santa. Neste período, somos convidados a vivenciar a penitência, renovar e reavivar em nossos corações as promessas do nosso Batismo, a fim de preparar-nos para vivenciar a Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

             Como é sabido, “este dia e a Sexta-Feira Santa são os únicos dias em que é pedido a todos os adultos que jejuem em sinal de disponibilidade e solidariedade” (cf. Missal Dominical – Missal da Assembleia Cristã). E, também, somos convidados a refletir sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021 através do tema FRATERNIDADE E DIÁLOGO: COMPROMISSO DE AMOR, cujo lema é “Cristo é nossa Paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2,14a), como o objetivo geral “as comunidades de fé e pessoas de boa vontade a pensarem, avaliarem e identificarem caminhos para superar as polarizações e violências através do diálogo amoroso, testemunhando a unidade na diversidade” (cf. Texto-base CFE-2021, p.8)

    Na Primeira Leitura extraída da Profecia de Joel (Jl 2,12-18), o profeta exorta ao povo em vivenciar a oração e a conversão. “Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos; rasgai o coração, e não as vestes; e voltai para o Senhor, vosso Deus; ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo” (cf. Jl 2,12-13), pois somente através da conversão é que a misericórdia pode pairar sobre a vida daqueles que a buscam.

    A Segunda Leitura retirada da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios (2Cor 5,20-6,2), Paulo exorta para que o povo reconcilie a Deus, pois a graça deve ser recebida e impetrada em nossos corações e que, esta mesma graça, não seja recebida em vão. Pois o próprio Deus diz: “No momento favorável, eu te ouvi e no dia da salvação, eu te socorri” (cf. 2Cor 6,2a), assim o desapego e renúncia das satisfações temporárias, dá-se o espaço maior para a liberdade interior.

    O Evangelho de Mateus (Mt 6,1-6.16-18), Jesus nos mostra a maneira a qual devemos proceder quando praticamos as obras de penitência tais como o jejum, a oração e a esmola, visando permanecer tais atos em seu coração, apenas com o intuito que somente Deus saiba das ações feitas, pois “quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa”, (…) “quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”, (…) “Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto” (cf. Mt 6,3.6.17-18).

             Façamos nesta Quaresma as obras de penitência, sob a Luz do Evangelho e orientados na reflexão da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021, para vivenciarmos seriamente os dias da Paixão do Senhor e, infundidos pelo fogo do Espírito Santo, sejamos conduzidos e guiados pelo deserto da penitência até o encontro do manancial da conversão.

    Saudações em Cristo!

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