Tijolo a tijolo, o templo da nossa história vai ganhando forma. E temos que pedir desculpas pelos transtornos causados
Parece que o mundo gira em torno dos nossos desejos e o outro é apenas um detalhe… E, assim, vamos causando transtornos.
Esses tantos transtornos mostram que não estamos prontos, mas em construção. Tijolo a tijolo, o templo da nossa história vai ganhando forma. E o outro também está em construção – e também nos causa transtornos. Às vezes, um tijolo cai e nos machuca. Outras vezes, é a cal ou o cimento que sujam nosso rosto. E quando não é um é o outro.
E o tempo todo nós temos que nos limpar e cuidar das feridas, assim como os outros que convivem conosco também têm de fazer.
Os erros dos outros, os meus erros. Os meus erros, os erros dos outros.
Esta é uma conclusão essencial: todas as pessoas erram. A partir dessa conclusão chegamos a uma necessidade humana e cristã: o perdão.
Perdoar é cuidar das feridas e sujeiras. É compreender que os transtornos são muitas vezes involuntários. Que os erros dos outros são semelhantes aos meus erros e que como caminhantes de uma jornada é preciso olhar adiante.
Se nos preocupamos com o que passou, com a poeira, com o tijolo caído, o horizonte deixará de ser contemplado e será um desperdício.
O convite que faço é que você experimente a beleza do perdão. É um banho na alma! Deixa leve!
Se eu errei, se eu o magoei, se eu o julguei mal, desculpe-me por todos esses transtornos… eu estou em construção!