O significado de uma Catedral e o seu simbolismo

    As Catedrais primeiramente são as Igrejas “mães” das Dioceses, ou seja, a Igreja principal onde acontecem as principais celebrações feitas pelo Bispo Diocesano, como: as ordenações diaconais, presbiterais e episcopais, a Missa dos Santos Óleos na Semana Santa, dentre outras. Nas Igrejas Catedrais fica a “cátedra”, ou seja, a sede de onde o Bispo preside as Missas naquela Igreja particular, que governa como Sucessor dos Apóstolos, em comunhão com o sucessor de São Pedro, o Papa; nesta cátedra ele ensina, governa e santifica, exercendo assim a plenitude do tríplice múnus.

    O Bispo Diocesano preside aquela igreja particular, por isso ele é como se fosse o pároco daquela Catedral, mas como ele não pode estar ali diariamente é nomeado um padre para tomar conta da Catedral, esse padre é conhecido como “Cura da Catedral”, pois ele cuida e zela daquela Igreja, como pároco, naquelas catedrais que são paróquias, já que existem as que não o são.

    Normalmente, o Bispo preside as principais missas da diocese na Catedral Metropolitana. Da “cátedra”, ou seja, de sua sede o Bispo Diocesano catequiza os fiéis daquela Igreja particular. O Papa é o sucessor de São Pedro e os bispos são sucessores dos apóstolos, por isso, ele preside a Missa da cátedra e ensina o caminho do bem e da fé a todos os fiéis.

    É recomendável aos fiéis conhecerem a Catedral Metropolitana, fazerem peregrinação, romaria e conhecer a história, arquitetura e os simbolismos da Catedral. Aqui no Rio de Janeiro temos também as antigas catedrais, ou como nós chamamos, Antiga Sé. Além de participarem da celebração da Santa Missa. Seria interessante, de fato, algumas vezes por ano os fiéis participarem das missas presididas pelo Bispo Diocesano na Catedral. Ao realizar a peregrinação até a Catedral Metropolitana, se aproximando do sacramento da reconciliação e participando da Santa Missa, o fiel recebe a indulgência plenária, ou seja, a remissão das penas temporais.

    As Catedrais trazem elementos do “berço do cristianismo”, ou seja, do início da fé cristã. Sejam eles, elementos arquitetônicos ou de engenharia, lembram algumas coisas que remetem ao início do cristianismo e dão significados a nossa fé. Costumeiramente as Catedrais estão localizadas no ponto central da cidade; a localização dessas Catedrais é como se estivesse subindo ao monte para encontrar o Senhor. Do mesmo modo que os profetas faziam no Antigo Testamento e Jesus fez muitas vezes. Por isso, toda vez que nos dirigirmos a uma Catedral, sobretudo as que estiverem no ponto alto da cidade é como se estivéssemos indo ao encontro do Senhor, que sempre vem ao nosso encontro, mais que deseja que nos disponibilizemos a encontrá-lo sempre também.

    Na maioria das vezes a padroeira ou padroeiro da Catedral é o mesmo padroeiro da diocese ou arquidiocese. Como por exemplo, a Catedral da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro tem como padroeiro São Sebastião, que é, concomitantemente, o padroeiro da arquidiocese e da cidade, sendo a Senhora Santana, a co-padroeira da Arquidiocese. Em São Paulo, a Catedral tem como padroeira Nossa Senhora da Assunção e como co-padroeiro São Paulo Apóstolo, que é padroeiro da cidade. Enfim, uma ou outra catedral não tem como título o padroeiro ou padroeira daquela cidade ou diocese.

    A Catedral está sempre de portas abertas para acolher os fiéis diocesanos e peregrinos que vão visitar a cidade e a Igreja diocesana. Na maioria das catedrais, sobretudo as maiores, há monitores que guiam a visita pelos principais pontos da Catedral. Na Catedral inclusive acontecem vários horários de Missa para que os peregrinos, diocesanos e visitantes possam participar. Aqui no Rio é o segundo local mais visitado, depois do Redentor. Nas Catedrais também estão disponibilizados vários horários para a confissão sacramental, com alguns padres atendendo, para os fiéis que desejarem se confessar e inclusive obter a indulgência plenária que dissemos no início.

    Para a visita a Catedral seria interessante olhar todos os detalhes, mas não com um olhar qualquer, mas com o olhar que brota do coração. Ao entrar na Catedral é necessário contemplar todos os detalhes, seja da arquitetura, as pinturas nas paredes, as capelas (do Batismo e do Santíssimo Sacramento) e sobretudo contemplar o altar, onde é celebrado o Santo Sacrifício. É necessário também contemplar as paredes e observar que nas paredes, além da via-sacra, encontramos doze velas, sobre uma cruz, que representam os doze apóstolos, sinal de que ela recebeu o rito da dedicação de uma igreja. Na verdade, toda igreja que é dedicada tem as doze velas, e não somente as catedrais, elas costumam ser acessas no dia em que se recorda a consagração e mesmo nas maiores solenidade do ano litúrgico. Os vitrais de nossa catedral do Rio de Janeiro são bem significativos.

    Nas Catedrais costuma-se estar também a cripta, que é localizada na parte subterrânea da Igreja, onde são sepultados os bispos diocesanos que passaram pela diocese. A cripta normalmente é subterrânea e tem horários próprios para visitação. A cripta é sobretudo um local de oração e silêncio.

    Por fim, é bonito de ver nas Catedrais os confessionários em que os sacerdotes estão sempre dispostos a atender a confissão dos fiéis. A Igreja Catedral acolhe a todos, está sempre de portas abertas, é um espaço agradável para todos aqueles que querem rezar e meditar. No silêncio do espaço sagrado encontramos Deus. Não só a Catedral Diocesana, mas toda Igreja, deve ter um ambiente silencioso proporcionando para aquele que entrar para rezar um momento de paz e de encontro com Deus.

    Convido a quem ainda não conhece, visitar a nossa Catedral Metropolitana de São Sebastião e quem sabe fazer a visita monitorada que temos em nossa Sé Metropolitana. Escolha um dia da semana ou final de semana e participe de uma das Missas que temos na Catedral, ou vá até a Catedral de sua diocese ou arquidiocese. É bom, conhecer a Igreja-mãe de sua diocese ou arquidiocese, pois você faz parte dessa Igreja. Que todos possam se sentir parte de sua Igreja Particular. Juntos somos mais fortes e edificamos a Igreja de Cristo e o anúncio do Reino de Deus.

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