O Senhor é minha luz, minha luz e salvação

    Estamos trilhando com a Igreja esse caminho quaresmal e, assim, nos preparando para, dentro de alguns dias, celebrarmos a Páscoa do Senhor. Na verdade, em toda a Eucaristia, recordamos a Páscoa de Jesus, mas somos convidados durante esse tempo quaresmal por meio da oração, jejum e caridade a nos prepararmos melhor para o grande domingo de Páscoa. Somos chamados a “fazer Páscoa”. E ainda mais: a nos confrontarmos com o tema social da Educação na Campanha da fraternidade.

    Somos convidados durante esse tempo quaresmal a nos reconciliar com Deus, através do sacramento da penitência. Estamos no tempo dos “mutirões de confissões” em nossas Paróquias. Muitas vezes, participamos da celebração eucarística ou até comungamos sem ter confessado, com algum pecado dentro de nós. Para a grande celebração pascal somos convidados a nos aproximar da mesa do Senhor renovados, perdoados, reconciliados. O tempo quaresmal é conhecido como o tempo de conversão.

    Jesus, neste 2º domingo da quaresma sobe ao Monte Tabor e chama três discípulos para estarem com ele, se transfigura diante deles e ensina que o caminho do cristão não tem somente “glórias”, é preciso antes passar por sofrimentos e pela cruz para poder entrar na glória eterna. Hoje, Jesus chama cada um de nós para subir ao monte com Ele e fazer a mesma experiência. Cada vez que vamos à Igreja, fazemos essa experiência. O Senhor nos chama para subir ao monte com Ele, se transfigura diante de nós através da eucaristia e através da eucaristia que comungamos, conseguimos carregar a nossa “cruz” do dia a dia, rumo à glória eterna.

    A primeira leitura da missa deste 2º Domingo da Quaresma é do livro de Genesis (Gn 15, 5-12.17-18: O Senhor diz para Abraão olhar para as estrelas e crer N’Ele, pois Deus tornaria a descendência de Abraão tão grande, quanto as estrelas do céus. Deus, primeiramente, faz aliança com Abraão e depois faz uma aliança com o povo de Israel. Infelizmente, o povo de Israel não foi fiel a essa aliança de Deus e, depois, faz uma nova tentativa enviando o seu filho Jesus, no qual selaria uma aliança eterna, para todo o sempre.

    Abraão ainda pede uma prova de que de fato era Deus que lhe falava, e o Senhor pede a Abraão que levasse uma novilha de três de anos, uma cabra de três anos, um carneiro de três anos, além de uma rola e uma pombinha. Ao final da tarde, apareceu uma tocha fumegante na qual queimou os animais por dentro. Ou seja, Abraão oferece os frutos da terra ao Senhor, que são os animais que servirão de alimento para os homens. Com isso, Deus sela a aliança com Abraão e com a terra de Israel.

    O salmo responsorial é o 26 (27). O refrão do salmo diz que o Senhor é nossa luz e salvação, devemos sempre confiar N’Ele. O Senhor ilumina as trevas da nossa vida e nos guia no caminho do bem. Se estivermos sob a luz do Senhor, nenhum mal nos atingirá.

    A segunda leitura é da carta de São Paulo aos Filipenses (Fl 3, 17-41) e Paulo diz à comunidade para que eles sejam seus imitadores e sigam o exemplo daquilo que ele ensina. Devido a alguns comportamentos inimigos da cruz de Cristo é que Paulo disse isso à comunidade. Devemos praticar o amor, a misericórdia e o perdão, que é o que nos ensina a Cruz de Cristo. Nós somos cidadãos do céu e almejamos a glória eterna, por isso temos que fazer aqui na terra tudo aquilo que agrada ao Senhor.

    No evangelho dominical (Lc 9, 28b-36), Lucas nos relata a transfiguração de Jesus no Monte Tabor. Jesus chama três discípulos para subir ao monte com ele para rezar.

    Jesus se transfigura diante dos discípulos, seu rosto muda de aparência e suas roupas ficam mais brancas do que a neve. Jesus chamou esses três discípulos, pois eram aqueles em que Ele mais confiava e quis mostrar a eles aquilo que iria acontecer com Ele após a sua morte na cruz. A morte não teria a última Palavra, mas Ele venceria a morte e entraria na glória eterna.

    Jesus quis ensinar aos discípulos que o caminho daquele que o segue, nem sempre é somente de glórias, mas tem as “cruzes” pelo caminho. Os discípulos não compreendiam dessa maneira, inclusive Pedro já queria ficar na glória. Mas Jesus ensina que antes de entrar na glória é necessário passar por muitos sofrimentos.

    Assim como Paulo disse na segunda leitura, a glória eterna não é para todos, mas para aqueles que aqui na terra foram seguidores da Cruz de Cristo e que souberam amar o seu semelhante.

    O tempo da quaresma é um período de conversão. Que possamos nos converter e mudar as nossas atitudes em relação a Deus e ao próximo. Mudemos as nossas atitudes e se elas não condizem com a Cruz de Cristo, façamos o esforço de que assemelhem a Cruz salvadora. Aproveitemos que esse é um tempo de escuta e escutemos o que o Senhor tem a nos falar e trilhemos sempre o caminho do bem, do amor e da justiça.

    Continuemos o nosso retiro quaresmal junto com a Igreja, e através do jejum, oração e caridade, possamos fazer o esforço para celebrarmos de uma maneira renovada a Páscoa do Senhor.

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Please enter your comment!
    Please enter your name here