Matrimônio e família

    Estamos no ano vocacional. Uma das vocações contemplada é a do matrimônio, para formar famílias cristãs. É bom recordar a beleza dessa vocação no segundo domingo de maio quando comemoramos o dia das mães. A crise da maternidade e da família acontece hoje de diversas maneiras. Cabe a nós valorizarmos a beleza dessa vocação e a alegria da família feliz no Senhor. Porém supõe-se, segundo o Papa Francisco um catecumenato matrimonial para ajudar nesse discernimento. De fato, nos dias de hoje, é preciso pensar bem antes de contrair união com uma outra pessoa, é preciso um tempo de namoro e ambos se conhecerem bem.

     É preciso superar o medo, pois ao abraçar o matrimônio e a maternidade, a mulher cumpre um mandato divino que podemos observar no livro de Genesis: “Então, o Senhor Deus mandou ao homem um profundo sono; e enquanto ele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne o seu lugar. E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. “Eis agora aqui – disse o homem – o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.” (Gn 2, 21-23).

    A maternidade é abençoada por Deus, é bonito ver em nossas paróquias as famílias presentes nas missas e atuando nas pastorais. Em um tempo não muito distante, as famílias eram numerosas, os pais tinham quatro, cinco ou até mais filhos, e hoje, apesar da propaganda em contrário começamos a ver casais com mais filhos. É claro que os tempos hoje mudaram, o preço das coisas teve um aumento considerável, mas que ao casar-se as mulheres junto com os seus cônjuges conversem e não tenham medo de abrirem-se à maternidade, com muitos filhos.

    Uma das coisas mais gratificantes para uma mulher é ouvir o filho ou filha a chamar de mãe. Estamos nos aproximando do Dia das Mães, uma data muito especial para as mulheres, sobretudo, aquelas que são mães. Nossa Senhora abriu-se à vontade divina e gerou Jesus. Mais do que ganhar o presente material no Dia das Mães, o maior presente para uma mãe é a presença física de seus filhos.

    Aqui vai uma palavra de encorajamento a todas as mulheres, para que não tenham medo de serem mães e nem de abraçar ao matrimônio. É claro, recomendo que conheçam bem o cônjuge que vai escolher para dividir a vida com ele, pois o matrimônio é algo para a vida toda, uma vez escolhido, deve ir até o fim. Para tomar a decisão pelo matrimônio, como qualquer outra decisão de nossa vida, requer maturidade e sabedoria, pois é um passo muito importante que se dá na vida.

    Que todos possam inspirar-se no exemplo da Sagrada Família de Nazaré, exemplo de família para todos nós. Não era somente flores, tinham os problemas e dificuldades como toda família. Só o fato de Maria ter que conceber Jesus fora de casa, num estábulo e depois a fuga para o Egito e, por fim, ter que morar em Nazaré, na Galileia. É claro que tudo isso era para cumprir-se a vontade divina, mas o caminho para a Sagrada Família não foi fácil. Por isso, as famílias devem confiar em Deus e tocar em frente e, juntos, superar todas as dificuldades. Não tenham medo, mulheres, de dividirem as suas vidas a dois e educarem os filhos para Deus.

    O coração se enche de alegria quando celebramos as bodas de casamento entre o esposo e a esposa. Infelizmente, diante da sociedade que vivemos, é gratificante e muitas vezes até surpreendente celebrar 25, 30 ou até 50 anos de união matrimonial. O segredo para uma vida matrimonial longa é ter, sobretudo, paciência um com o outro, amor e reciprocidade. Os momentos de dificuldade virão, mas com sabedoria e maturidade conseguirão juntos superar tudo. Do mesmo modo é qualquer outra decisão que temos que tomar em nossas vidas.

    Com certeza, o medo de ser mãe vai passar no primeiro contato que a mãe vai ter com o seu filho, logo após concebê-lo. Ao ver o seu filho pela primeira vez, o coração da mãe irá se encher de alegria e, depois, com o passar do tempo, acompanhando todos os passos do filho. Ao ver o primeiro sorriso, o primeiro dente, o engatinhar, o andar, o desenvolvimento na escola e, depois, os passos da vida adulta.

    Ser mãe é um presente de Deus, um dom, uma dádiva, que o Senhor concede às mulheres. Como toda vocação, a maternidade é um chamado que Deus faz e a mulher responde o “sim”. Ser mãe é dar o melhor sempre para ganhar o sorriso do filho, tirar do filho um muito obrigado, um “eu te amo”, ou ganhar um abraço apertado. De todas as riquezas que Deus colocou no caminho da mulher, a maior delas é ser mãe. Não há tesouro maior para a mãe do que o seu filho. Mesmo as que se consagraram vivem a beleza da maternidade espiritual e as que não conseguem ter filhos podem adotar e ter filhos nascidos “no coração” e fazer a diferença para essa criança.

    Apesar do medo que possa ter em abraçar o matrimônio e uma vida nova a dois que estará a caminho, esse medo deve ser passageiro, pois a partir do casamento, os dois serão uma só carne. O matrimônio e a maternidade andam lado a lado, um depende do outro e a nossa sociedade precisa de pessoas dispostas ao matrimônio e que gerem filhos para Deus, para que a geração familiar possa ter continuidade.

    Que a Sagrada Família de Nazaré interceda por todas as mulheres e por todas as famílias e que as mulheres estejam dispostas a dizer o seu sim ao matrimônio e a maternidade.

    Nossa Senhora do Parto, rogai por nós!

    Sagrada Família, rogai por nós!

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