Neste final de semana, celebramos o XXV Domingo deste Tempo Comum. Após ouvirmos nestas últimas datas, a liturgia ressaltar a importância do perdão, sobretudo o perdão que eu recebo gratuitamente de Deus e dou para o meu próximo.
A liturgia ressalta a importância do Reino de Deus, que nada mais é do que a extensão do perdão. O Reino de Deus é justiça, paz, amor e perdão, ou seja, é tudo aquilo que Jesus Cristo anunciava. Nós somos convidados a construir esse Reino aqui na Terra e a vivê-lo de maneira concreta na vida eterna.
Por isso, ouvimos, durante algumas semanas, falar de maneira concreta sobre o perdão e, agora, sobre o Reino de Deus. Aos poucos, conforme vamos chegando ao final do ano litúrgico, Jesus Cristo vai deixando claro o que é, Ele próprio, esse Reino de Deus e como podemos vivenciá-lo. Ele deixa claro que veio para anunciar a misericórdia de Deus por meio do Reino de Deus. Ele também mostra que esse Reino não vem de maneira ostensiva, mas é construído no silencio e sua principal “arma”, que é o amor.
Que a liturgia deste final de semana renove em nós o desejo e o compromisso de anunciarmos esse Reino e de ser sal da terra e luz do mundo, cumprindo assim a missão que recebemos com o nosso batismo e a vocação para a qual Deus nos chamou.
Na primeira leitura (Is 55,6-9), o alerta é para que busquemos o Senhor enquanto há tempo. O autor sagrado dirige sua mensagem para os ímpios e injustos, para que deixem as ações que desagradam ao Senhor e que o busquem de todo coração, pois o Senhor é generoso no seu perdão — novamente aqui o alerta sobre a importância do perdão por meio do qual se constrói o Reino de Deus.
O Salmo Responsorial – 144 (145) – nos diz em seu refrão: “O Senhor está perto da pessoa que o invoca”, ou seja, o Senhor está perto daquele que o invoca lealmente, pedindo o seu perdão generoso e anunciando o Reino de Deus, praticando a justiça e a misericórdia, que é aquilo que de fato o Senhor é.
Na segunda leitura (Fl 1,20c-24.27a), o apóstolo anuncia as duas dimensões do Reino de Deus: o já e o ainda não — ou seja, construí-lo aqui na Terra vivendo o evangelho no dia a dia e de maneira concreta no céu.
No evangelho (Mt 20,1-16a), Jesus Cristo explica o que é o Reino dos céus e conta-lhes uma parábola sobre um patrão que sai em busca de empregados para trabalhar em sua vinha. Depois, acerta a conta com esses empregados começando com quem foi contratado por último. É claro que, quem foi contratado primeiro, não gosta de receber a mesma quantia de quem foi contratado por último e questiona o patrão. O patrão diz que queria dar a mesma quantia para todos.
O que Jesus Cristo nos ensina com essa parábola? Que os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros e que todos têm lugar no Reino dos Céus e que receberemos a nossa recompensa na vida eterna de acordo com as ações que fazemos aqui na Terra. Se nós construímos o amor, a justiça e o perdão, receberemos tudo isso na vida eterna.
Vivamos na esperança de alcançar o Reino dos Céus e que o Senhor nos retribua de acordo com a nossa conduta, ou seja, devemos construir esse Reino aqui, para vivê-lo de maneira plena no céu. Abramos o nosso coração à Palavra de Deus nesse mês dedicado à ela (mês da Bíblia). Que à medida que a ouvimos, possamos colocá-la em prática na nossa vida diária.
Deus nos abençoe e nos ajude a começar a construir aqui na Terra o seu Reino, e que possamos ser recompensados de acordo com nossas obras na vida eterna. Vamos acompanhando a cada domingo o que o Senhor quer nos dizer na liturgia, mostrando o caminho do amor e do perdão.