De zeloso Pároco para Bispo Auxiliar

    O Papa Francisco, neste dia 04 de dezembro, memória de São João Damasceno, Presbítero e Doutor da Igreja, nomeou para Bispo Titular de Aulona e para bispo auxiliar do Rio de Janeiro, o Monsenhor ZDZISLAW STANISLAW BLASZCZYK (Pe. Tiago Estanislau), Pároco da Paróquia São Pedro do Mar, do Vicariato Jacarepaguá, em nossa Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ.

    Alegra-me a nomeação de um pároco, que trabalha em nossa Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, para nosso Bispo Auxiliar. É um sinal visível do Papa Francisco pelos párocos zelosos que gastam a sua vida em favor da santificação do povo de Deus, na celebração dos sacramentos, na vizinhança com os fiéis e na disposição total em favor dos seus paroquianos. Está há 19 anos em nossa Arquidiocese servindo ao nosso povo. Foi eleito pelos seus irmãos sacerdotes do vicariato Jacarepaguá para representá-los no Conselho de Presbíteros, do qual até agora fazia parte.

    Pe. ZDZISLAW STANISLAW BLASZCZYK, conhecido como Pe. TIAGO, é filho Boleslaw Blaszczyk e Wanda Blaszczyk, nascido em 08/08/1969, Gdów, em Malopolska, Polônia. A sua  ordenação diaconal foi aos 08/05/1993, em Cracóvia, pelo Cardeal Franciszek Macharski e a sua Ordenação Presbiteral em 14/05/1994 (25 anos), em Cracóvia, pelo Cardeal Franciszek Macharski. É Incardinado na Arquidiocese de Cracóvia, na Polônia. Formação Eclesiástica: Filosofia pela Papieska Akademia Teologiczna (1988-1990); Teologia na Papieska Akademia Teologiczna (1990-1994) Mestrado em Teologia/Psicologia com a tese: “O Padre na opinião dos Jovens” (1990). Como sacerdote, exerceu os seguintes ofícios na Arquidiocese do Rio de Janeiro: Vigário Paroquial na Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ipanema (nomeado em abril 2001); Vigário Paroquial na Paróquia São Judas Tadeu, em Bangu (nomeado em julho 2001); Pároco da Paróquia São Judas Tadeu, em Bangu (nomeado em dezembro 2004); Pároco da Paróquia São Pedro do Mar, no Recreio dos Bandeirantes (nomeado em abril 2013). Atualmente, Pe. Zdzislaw Stanislaw Blaszczyk (Pe. Tiago Estanislau) é Pároco da Paróquia São Pedro do Mar, no Recreio dos Bandeirantes, Vicariato Episcopal Jacarepaguá.

    Uma das virtudes de um bispo é a capacidade de ouvir e dialogar com todos, sem privilegiados, ao contrário construindo o consenso na diferença de diálogos que nos tornam todos um em Cristo Senhor.

    O Bispo deve ser um homem aberto a relacionar-se e a dialogar com as pessoas. Neste tempo pobre para fazer amizades a primeira e mais importante tarefa do Bispo é tornar-se ponte para estabelecer diálogos e construir comunidades. A abertura ao relacionamento é pois, uma condição essencial para o episcopado.

    Antes de sentir-se um líder da comunidade para a qual foi enviado o bispo é chamado a sentir-se pertencente a esta comunidade, pois, pertence ao povo de Deus, do meio deste foi “separado”. O bispo é alguém chamado, consagrado para ser “presença” do Cristo, Bom Pastor, junto a seu rebanho.

    O bispo é aquele que é o primeiro a aproximar-se dos humildes na caridade. Relembra o Papa Francisco que: “Proximidade com o vosso povo. As três proximidades do bispo: a proximidade com Deus na oração – este é o primeiro trabalho –, a proximidade com os presbíteros no colégio presbiteral e a proximidade com o povo. Não vos esqueçais que fostes tirados, escolhidos, do rebanho. Não vos esqueçais de vossas raízes, daqueles que vos transmitiram a fé, que vos deram a identidade. Não renegueis o Povo de Deus.” (cf. https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019-10/papa-ordenacao-bispos-anunciar-verdadeira-palavra-proximidade.html, último acesso em 03 de dezembro de 2019).

    O bispo é servo da vida. Aproximar-se dos leigos e leigas, valorizando-os e convidando-os à comunhão pois, a comunhão é um dos nomes da misericórdia. A proximidade do Pe. Tiago Estanislau do povo de Deus, hoje nomeado bispo, se faz sentir no carinho que a comunidade o trata e o considera.

    As palavras proferidas pelo Papa Francisco, na missa de ontem, dia 03 de dezembro, na Capela Santa Marta, no Vaticano podem ser uma luz a iluminar o caminho de nosso novo bispo auxiliar, Mons. Tiago e também de todos os batizados: “Numa comunidade cristã onde os fiéis, os sacerdotes, os bispos, não tomam esta estrada da pequenez, falta futuro, ruirá. Foi o que vimos nos grandes projetos da história: cristãos que buscavam se impor, com a força, a grandeza, as conquistas… Mas o Reino de Deus brota no pequeno, sempre no pequeno, a pequena semente, a semente de vida. Mas a semente sozinha não pode nada. E há outra realidade que ajuda e que dá a força: “Nascerá uma haste do tronco de Jessé e, a partir da raiz, surgirá o rebento de uma flor; sobre ele repousará o espírito do Senhor.” O Espírito não pode entrar num coração soberbo: “O Espírito escolhe o pequeno, sempre”, destacou ainda Francisco, porque não pode entrar no grande, no soberbo, no autossuficiente”. É no coração pequeno que acontece a revelação do Senhor” (cf.https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019-12/papa-francisco-missa-santa-marta-igreja-elogio-pequenez.html, último acesso em 03 de dezembro de 2019.)

    A missão fundamental do pastor, segundo o papa, é a do “o verdadeiro pastor seja ele sacerdote, bispo, papa, cardeal, qualquer que seja, se ele não se tornar pequeno, ele não é um pastor”. “Do que tem uma função que parece mais importante na Igreja, à pobre velhinha que faz as obras de caridade em segredo”. O Papa Francisco esclareceu então uma dúvida que poderia surgir, isto é, que o caminho da pequenez conduz à pusilanimidade que é fechar-se em si mesmo, ao medo. E diz que, pelo contrário, “a pequenez é grande” é a capacidade de arriscar “porque não tem nada a perder”. E explicou que é precisamente a pequenez que leva à magnanimidade, porque nos torna capazes de ir além de nós mesmos, sabendo que a grandeza a dá Deus. E citou uma frase de São Tomás de Aquino, contida em sua Suma teológica, que explica como deve se comportar um cristão que se sente pequeno, diante dos desafios do mundo, para não viver como um covarde: São Tomás diz assim, o resumo é o seguinte: “Não ter medo das coisas grandes – São Francisco Xavier hoje, nós o vimos – não ter medo, seguir em frente; mas levar em consideração as pequenas coisas, juntas, isto é divino”. Um cristão parte sempre da pequenez. Se eu na minha oração me sinto pequeno, com as minhas limitações, meus pecados, como aquele publicano que rezou no fundo da igreja, envergonhado: “Tenha piedade de mim que sou pecador”, você irá para frente. Mas se você acredita ser um bom cristão, rezará como aquele fariseu que não saiu justificado: “Dou-te graças, Deus, porque sou grande”. Não, agradeçamos a Deus porque somos pequenos.”

    (cf.https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019-12/papa-francisco-missa-santa-marta-igreja-elogio-pequenez.html, último acesso em 03 de dezembro de 2019.)

    O Papa Francisco tem insistido que o Episcopado é nome de um serviço, não honorificência. O Santo Padre Francisco enfatizou que “é Cristo que no ministério do bispo continua a pregar o Evangelho de salvação e a santificar os crentes, mediante os sacramentos da fé. É Cristo que na paternidade do bispo acrescenta novos membros ao seu corpo, que é a Igreja. É Cristo que na sabedoria e prudência do bispo guia o povo de Deus na peregrinação terrena até à felicidade eterna”. (cf. https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019-10/papa-ordenacao-bispos-anunciar-verdadeira-palavra-proximidade.html, último acesso em 03 de dezembro de 2019)

    A oração e o anúncio da Palavra: tarefas do bispo. Ao bispo compete anunciar a Palavra em qualquer ocasião, oportuna e inoportuna, frisou o Santo Padre, acrescentando: “Anunciai a verdadeira Palavra, não discursos monótonos que ninguém entende. Anunciai a Palavra de Deus. Recordai que, segundo Pedro, nos Atos dos Apóstolos, as duas principais tarefas do bispo são: a oração e o anúncio da Palavra. Depois todos os atos administrativos. Mas essas duas são as colunas.” (cf. https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019-10/papa-ordenacao-bispos-anunciar-verdadeira-palavra-proximidade.html, último acesso em 03 de dezembro de 2019).

    Ao início do Advento inaugurando o novo ano litúrgico o Santo Padre nos concede um auxiliar para dividir o trabalho nessa grande cidade. Estamos no tempo proposto em nossa Festa da Unidade de aprofundamento da consciência cristã de: batizados: sempre missionários! É a missão permanente! Mons. Tiago Estanislau tem um entusiasmo impar com o seu povo e fará um bem muito grande como bispo auxiliar. Sua ordenação episcopal ocorrerá em nossa Catedral Metropolitana de São Sebastião, no dia 25 de janeiro de 2020, sábado, festa da conversão de São Paulo, às 8:30 horas e desde já convidamos a todos.

    Desejo ao Monsenhor Tiago Estanislau que a sua chegada, como importante colaborador de nossa missão de arcebispo metropolitano, nos ajude a ter um compromisso com uma Igreja missionária em saída, comprometida com os pobres, necessitados, com os que vivem em situação de miséria ou de vulnerabilidade, e disponível, totalmente voltado para o anúncio da Palavra de Deus, o testemunho vivo do Evangelho da Vida e um compromisso com uma Igreja acolhedora e misericordiosa formando comunidades eclesiais missionárias. Deus abençoe o seu ministério entre nós!

    1 COMENTÁRIO

    1. As felicitações a D. Tiago Stanislaw pela grande iniciativa de promover a adoção espiritual, numa época em que a Vida é tão desprezada em todo o mundo.

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