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sexta-feira, 3 maio, 2024.
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Cristã paquistanesa é jogada do 2º andar de prédio após recusar conversão ao Islamismo

Mais um caso de violência contra a mulher no Paquistão. Desta vez aconteceu com Binish Paul, cristã de apenas 18 anos que frequenta a escola pública. Em 22 de agosto, um jovem muçulmano chamado Taheer Abbas atirou-a do telhado do segundo andar de uma loja; tudo porque a jovem se recusou a casar com ele e se converter ao islamismo. Conforme relata o advogado de Binish Paul, Tabassum Yousaf, em entrevista à Fundação Pontifícia ACN.

“Durante meses, Taheer pressionou Binish a se converter ao islamismo, mas ela sempre se recusou. Isso culminou no ato violento, através do qual a jovem sofreu severas fraturas em suas pernas e espinha. Frequentemente, em ocorrências semelhantes, a família fica numa posição difícil. Os pais da jovem chamaram a patrulha local, mas os policiais se recusaram a apresentar acusações. Além disso, o diretor do hospital recusou-se a emitir o relatório médico necessário para documentar os ferimentos. Ademais, receberam sérias ameaças da família do agressor. Se o caso não fosse encerrado, todos seriam acusados de blasfêmia”, disse o advogado, que também é cristão. Felizmente, o defensor apresentou as acusações diretamente ao tribunal para que o hospital fosse obrigado a fornecer um relatório médico; o que tornou possível prender o homem em 24 de agosto”.

Minoria religiosa teme ameaças e aguarda assistência jurídica

“O principal problema é que, quando ataques semelhantes acontecem em nossa comunidade eclesial, os cristãos no Paquistão, que geralmente pertencem aos grupos sociais mais pobres, não estão cientes de seus direitos. Por exemplo, quase ninguém sabe que você pode apresentar acusações nos tribunais. A recusa da polícia em abrir um caso, juntamente com ameaças dos parentes e amigos dos criminosos, garante que muitas famílias nem sequer denunciem os crimes que sofreram”, disse Yousaf.

Há muitos casos de jovens cristãs sendo forçadas a se converter; no entanto, isso nunca chega ao conhecimento público. O próprio advogado sofreu repressão quando ainda estava na faculdade de Direito. “Também fui pressionado por um jovem muçulmano, amigo meu. Felizmente, minha família e meus irmãos me protegeram. Mulheres cristãs e jovens, vêm de circunstâncias simples; no entanto, são impotentes contra seus agressores”, disse. De acordo com Yousaf, apenas na cidade de Karachi (sul do Paquistão), a cada ano ocorrem cerca de 15 a 30 casos semelhantes aos experimentados por Binish. E o número de vezes que incidentes como esse são relatados à polícia, pode ser contado em uma mão. “Muitas pessoas têm medo porque a comunidade muçulmana ameaça estuprar ou matar as mulheres dessas famílias”, informa.

“No Paquistão, é difícil receber justiça se você é membro de uma minoria religiosa”, disse Yousaf. Os juízes estão sob pressão dos partidos políticos. “Eles não oferecem aos nossos irmãos e irmãs na fé, uma assistência jurídica adequada e justa. Muitos membros de grupos minoritários nem sequer sabem que têm os mesmos direitos que os muçulmanos. Como solicitador católico, considero importante que eles tenham acesso a mais informações nessa área e recebam assistência legal. Eu estou prestando este serviço para Deus e minha Igreja!”.

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