A Salvação é Fato, Não Ideia – Cartas do Padre Jesus Priante

A história é a narrativa de fatos que, segundo o filósofo italiano J. Vico (séc. XVII) identificam-se com o ser das coisas. “Factum est esse”, o fato é o ser e vice-versa. Nada existe se não vier a acontecer ou se tornar fato, exceto Deus, que é Aquele que é (Javé) eternamente, não condicionado ao espaço e ao tempo, dimensões de todo fato… embora, em relação a nós e ao mundo criado, Deus existe porque também se fez homem (fato) na pessoa de Jesus de Nazaré.

A realidade, como fato, segue a lógica da Criação: “Deus disse” e Sua Palavra se fez de fato (Gn.1).

Há uma historia de fatos que conduzem à morte e uma outra que leva à vida, ambas, unificadas em Cristo. Nele, todo o acontecer da História é um devir eterno e vital. Esta história sublimada por Cristo Ressuscitado, chamada História da Salvação, é fato, e não uma mera conjetura. Antes deste fato acontecer, a realidade do mundo criado era contingente, puro “samsara”, na linguagem hindu, uma sucessão de fatos inconsistentes. Infelizmente nossos liturgistas não perceberam esta maneira de entender a História da Salvação, que não se detém na morte, e que é celebrada através de gestos ou sacramentos de maneira factual ou real na estrada do tempo.

A divisão desta história salvífica, que acontece na celebração litúrgica, em Tempo Comum ou Ordinário e em Tempo festivo ou Extraordinário, próprio do Advento, Natal, Quaresma, Páscoa e outras grandes festividades, escurece o verdadeiro sentido da História da Salvação, na qual o próprio Deus se faz presente transformando e glorificando nossas vidas e de toda a Criação. Em Cristo, a porção do tempo e do espaço de cada ente criado se faz Eterna e infinita. Cristo Ressuscitado é a nossa Salvação e o porvir glorioso da história “comum” do universo. Ele é memorial e monumento, passado , presente e futuro de toda a Criação. Sem Ele, tudo caduca; o passado é o naufrágio da vida e o futuro uma paixão inútil e ideia vazia. O tempo da Salvação é um “going”, um “ir” progressivo e permanente que se faz histórico (fato) de maneira concreta no dia de domingo, chamado “oitavo dia”, semana (inexistente no tempo ordinário), porque nos conecta com a eternidade. Neste dia irrepetível, acontece historicamente a Ressurreição de Cristo ressuscitado, e nossa Salvação torna-se fato.

A semana do tempo da morte é vitalizada gloriosamente pela energia da Ressurreição e nos faz partícipes da Vida Eterna a se manifestar na última tarde de nossa existência terrena.

Seria mais salutar e significativo se a Eucaristia fosse celebrada só aos domingos (entre o meio-dia de sábado ao meio-dia de domingo) pois todo fato neste mundo precisa de um tempo e espaço concreto, distinto dentro da globalidade existencial. A Liturgia deixaria de ser mero culto a Deus, próprio de todas as religiões, para se tornar “ação salvífica” de Deus. Todos esperaríamos cada Domingo, após a dura luta pela vida que o trabalho e as tribulações semanal nos impõe, como um acontecimento glorioso e salvador que, por ser fato, é irreversível, seguro e certo.

Com toda verdade, todos poderíamos dizer na Eucaristia dominical: vou celebrar minha Salvação, tornando presente nosso futuro eterno e glorioso.

“DEUS CRIOU O HOMEM PARA SER INCORRUPTÍVEL E IMORTAL, E O FEZ À SUA IMAGEM” (Sab. 2,12-23)

Sob a influência da filosofia platônica, surgiu pela primeira vez na cultura bíblica, no século primeiro a.C, na Alexandria, a ideia da imortalidade. Antes todo judeu pensava ficar no cemitério “dormindo” após a morte até o fim do mundo, quando ressuscitariam ou, melhor, retornariam à vida anterior. O que era mais parecido com uma reanimação, do que à Ressurreição brindada por Cristo, pela qual seremos gloriosamente transformados e divinizados.

Segundo a crença judaica, “ressuscitariam” não todos, mas apenas os “justos”, cumpridores da Lei, o resto das pessoas, os pecadores, seriam aniquilados.

Este texto da Sabedoria revela-nos que a Salvação dos “justos” é fato e não mera ideia, desejo ou suspeita, sentimento próprio das religiões e culturas de todos os povos. De fato, a ideia da imortalidade, além de ser nosso único consolo para os que temos nascido para morrer, é também um postulado da razão, incapaz de pensar a vida se de fato morrêssemos.

Nenhum povo foi capaz de morrer absolutamente. Por isso a religião é inerente ao ser humano. O normal é ser religioso e crente. O anormal ou anômalo é ser ateu. O ateísmo é um conceito vazio, pois ninguém pode matar a Deus e, por esta mesma razão, ninguém pode matar a vida, propriedade do próprio Deus. Podemos ser anti-teistas, contra Deus, mas não ateus, assim como não podemos ser radicalmente materialistas e mortais, porque “Deus criou o homem para ser imortal”. Isto explicaria a razão pela qual “ateus” ou , melhor anti-teístas como, Voltaire, Schopenhauer, Sartre, Borges, Unamuno e muitos outros famosos pensadores, confessaram no fim da sua vida, que mesmo querendo, não conseguiam morrer por dentro. Os supostos materialistas e ateus da elite cultural de Alexandria, no século primeiro a.C., desejavam saber se a imortalidade professada pelos judeus que ali viviam era de fato real: “Vejamos se é verdade o que os justos dizem, e comprovemos o que lhes acontecerá no fim da sua vida Condenemos-lhes à morte, pois esperam de Deus a vida”. É claro que até Cristo, essa prova era impossível de se constatar. Era mera ideia, conjetura ou crença que se tornou fato em Cristo. Até Ele, a morte retinha a todos, justos e injustos, no cemitério. Abraão, o Pai da Fé, disse Jesus, “desejou ver meu dia” (Jo.8).

A cultura grega nos legou três termos para expressar a vida: “Bios” (vida física), “Psyché” (vida psíquica) e “Zoé” (vida substancial ou imortal). A vida física ou corporal é mortal. A vida psíquica, lugar de nossos sentimentos, ideias, desejos e sonhos exige de nós equilíbrio e o cultivo das virtudes humanas para permanecer viva neste mundo. A vida substancial e imortal, que para Platão, sofria, prisioneira no corpo, seria feliz ao desencarnar, saindo do seu corpo no dia da morte, para ir ao Mundo livre e feliz das Ideias, que culminam no Bem. São Paulo recolhe este tríplice conceito de vida da cultura grega, distinguindo no ser humano corpo, alma e espírito. Mas o acontecimento da Ressurreição de Cristo lhe revela a verdadeira natureza da vida humana, unitária e indivisível. Fala, entretanto, de um “velho homem”, descendente de Adão, fadado à morte, e do “homem novo”, nascido eterno e glorioso em Cristo ressuscitado.

Corpo, alma e espírito são um todo único, pessoa singular, que na presente condição, até a sua Ressurreição, comparte corporalmente com todos os entes vivos o nascer e morrer e, como dotado de alma ou vida psíquica, tem sentimentos, ideias e desejos de imortalidade. Esta peculiaridade antropológica lhe faz sentir transcendente ou espírito, substancialmente imortal.

Mas o fundamento desta nossa real e substancial imortalidade radica no fato de Cristo ter ressuscitado. Sem este fato, nos diz São Paulo, toda fé ou filosofia de vida é inútil e vazia, mera ideia, desejo ou sonhos no mundo dos mitos e fantasias. Se morremos de vez, não existe nenhum progresso, e a vida seria mera emergência, impossível e ser pensada e vivida. ” Viva, diz Santo Agostinho, de tal maneira que na morte não morras”. A Fé é uma experiência de vida imortal, que nasce do fato de Cristo ter Ressuscitado e não como um postulado da razão que, para pensar a vida, precisa da ideia da imortalidade. A verdadeira definição do homem não é “animal racional” e menos ainda mortal.

Aristóteles (séc. IV a.C. ) usou o termo “zoon logon”, que significa vivente dotado de palavra, com a qual todos criamos e damos sentido ao que nos acontece, sentimos e pensamos.

São João identifica a palavra , Verbo, com Deus Criador e a vida.(Jo.1)

Tudo o que existe porta a vida de Deus. De fato, que sentido teria uma pedra inerte se nao estivesse vinculada à vida? Uma pedra existe porque pode se tornar casa, pavimento ou cálcio de um vivente. O universo existe como organismo vivo. Não sem razão as viagens espaciais têm por finalidade principal encontrar vida fora da terra. Embora desde a nossa Fé cristã, podemos afirmar com toda certeza, que apenas este planeta que habitamos é o escolhido por Deus, ao menos para albergar a vida humana, pois nela o mesmo Deus se encarnou, “recapitulando toda a Criação”.

Também devemos descartar a hipótese da vida ser uma composição molecular de quatro elementos fundamentais: Nitrogênio (Ni), Oxigênio (O), Hidrogênio (H), Carbono ( C) e mais de uma centena de outras moléculas em menor proporção, como ferro, potássio, magnésio, cálcio etc. Matéria, do latim “mater” tem o sentido de mãe, mas sem o sopro vital de Deus nenhum laboratório ou big-bang pode produzir a faísca da vida. A chamada “medicina molecular”, que alguns “médicos” charlatães praticam de maneira ilícita e enganosa (conheci alguns em São Paulo) interpretando a vida a uma composição molecular, carece de todo fundamento. Para fazer dinheiro qualquer teoria serve. A vida vem de Deus e, por isso, é imortal, feita gloriosa e feliz em Cristo ressuscitado.

“A VERDADEIRA SABEDORIA VEM DO ALTO” (Tg. 3,16- 18)

A sabedoria, na Bíblia, é personificada como criadora no Verbo de Deus, feito carne (fato histórico) na pessoa de Jesus de Nazaré. Ela não é um saber livresco, mas uma experiência vital que nos vem de Deus, que na vida presente só podemos ter no horizonte da “douta esperança”, assim denominada por um dos maiores teólogos do século XX, Moltmann”. Sabemos da vida e, por tanto, da realidade das mesmas coisas, na medida em que esperamos. E essa nossa sábia e “feliz esperança” é Cristo Ressuscitado, afirma São Paulo.

A cultura grega consagrou o termo “filosofia” para os amantes e amigos da sabedoria (filos= amigo, sofia= sabedoria). Ninguém é sábio, apenas somos amantes do saber. Entre outras definições, Filosofia é a procura do saber para resolver o problema da vida. E o problema de todos os problemas é a morte, pois se morremos tudo carece de sentido e a vida, como afirma Sartre, é “uma paixão inutil”.

Pensamos porque temos consciência da morte. Se o animal ou a planta tivessem essa consciência, também seriam filosofos. Platão considerava que todo nosso pensar humano passa, direta ou indiretamente, pela ideia da morte.

O povo hindú tem no sofrimento a origem do pensar. A Filosofia, assim como as ciências e as crenças religiosas buscam a imortalidade e a felicidade. Meta impossível de atingir humanamente, pois “a verdadeira sabedoria vem do alto”, que desceu a nós na pessoa de Jesus Cristo. Ele é toda a sabedoria que buscamos, porque Ele é a vida que esperamos.”

A sabedoria terrena, nos diz Tiago nesta carta, é animal e demoníaca”, pois uma vida apenas para este mundo não se justifica racionalmente, é animal e perversa. Não são poucas as pessoas que, num momento ou outro da vida, encontram no suicídio a única resposta ao problema da vida, como ecoa uma canção mexicana, “porque a vida não vale nada. Chorando começa a vida e chorando a vida se acaba”. No século XIX, no meio do sonho positivista do progresso científico, surge na Alemanha a chamada “ironia romântica”, isto é, uma maneira de encarar a vida fazendo de conta “que a vida é boa”, ou como se diz no Brasil, porque “se ficar melhor, estraga”.

Georges Bernanos certa vez disse: “A diferença entre um otimista e um pessimista está em que o primeiro é um imbecil feliz e o segundo um triste imbecil”. A grande mensagem do maravilhoso filme “A Vida é Bela” nos revela que só a esperança de viver não morre. Mas, só quem acredita na Ressurreição tem esperança e pode dizer com toda verdade que a vida é bela. Só o cristão pode ser autenticamente materialista, desfrutando deste mundo, sem as pressas do “carpe diem” de Epicuro. Só ele pode deixar a vida presente, sem saudades, no auge da maior festa, pois o que espera é bem maior e melhor que todos os prazeres e alegrias deste mundo.

A Estrada do Tempo

Caberia acrescentar aqui uma ideia, que é, ao mesmo tempo, fato, para experimentar com maior realismo e certeza nossa Salvação. A vida que no presente vivemos não será interrompida pela morte. Não seria correto dizer “outra vida” para se referir a vida celeste. Muitos americanos costumam dizer: “life after life”, num sentido de continuidade. Seremos nós mesmos, corpo, alma e espírito, integralmente, os que cruzaremos a porta da Eternidade logo que findar a estrada do tempo.

Por estes dias, um jogador de futebol da seleção espanhola, já retirado das canchas há alguns anos, e que dedica seu tempo a animar e dar sentido à vida de muitas pessoas deprimidas e carentes de esperança, dizia a quem lhe perguntou o que sentia, tendo perdido recentemente um dos seus filhos de apenas 12 anos: – “Não o perdi, apenas ele passou a viver definitivamente com Deus, como todos nós viveremos alegremente um dia”. A morte, dizia, é como passar pela porta de uma casa a outra.

O poeta espanhol , Arcipreste de Hita (séc. X) chamava à morte “dama da alba”. A morte não sei é o fim desta vida, é passagem necessária para a vida plena. Deixaremos apenas os “restos mortais” de nossas dores e lágrimas no cemitério, assim como a culpa de nossos pecados, para sermos revestidos da glória de Deus.

A morte tem de ser naturalizada sobrenaturalmente, familiar e transcendente. Mais do que inimiga, uma “irmã”, como a chamou São Francisco de Assis. Isto é possível se acreditarmos no fato da Ressurreição.

“O FILHO DO HOMEM VAI SER MORTO, MAS AO TERCEIRO DIA RESSUSCITARÁ” (Mc. 9,30-37)

Os discípulos, presenciando numerosos milagres, viram em Jesus o Messias esperado pelo povo de Israel. Aquele que instauraria neste mundo um Reino de vida e paz, isento de todo mal. A Ressurreição era uma ideia para eles ainda estranha, como continua a ser estranha para a maior parte das pessoas, inclusive cristãs, razão pela qual “passamos a vida inteira como escravos, pelo medo que temos de morrer” (Hb.2). Todos nós “curtimos”, de uma ou outra maneira, a ideia da imortalidade, mas não propriamente da Ressurreição, como fato acontecido pela primeira vez na História em Jesus de Nazaré para se tornar realidade universal: “Todos ressuscitarão” (At.24,15) Toda a Criação aguarda sua transformação ou Ressurreição (Rm.8).

O Filho do Homem

Jesus descarta um paraíso terrestre: “O Filho do Homem” (título do Messias triunfante e glorioso anunciado pelo profeta Daniel) tem que sofrer e morrer, mas ao terceiro dia irá Ressuscitar”. Esta é a única leitura possível para entender nossa existência sabiamente, segundo o plano criador e salvador de Deus.

“Jesus não condena nem despreza a vida terrena, que é tão sagrada como a Vida Eterna. “Eu vim para que tenham vida e uma vida plena” (Jo.10,10). Essa plenitude teremos na Ressurreição, fato irrepetível e irreversível acontecido em Cristo necessariamente, em favor de todos nós, como nos revela São Paulo: “pois se nos não ressuscitamos, também Cristo não ressuscitou e, se Cristo não ressuscitou, vazia é toda fé” ou ideia de imortalidade.

Se para pensar é preciso passar pela ideia da morte ou do sofrimento, para encontrar lógica e sentido no nosso pensar é preciso termos como fato real a Ressurreição.

O renomado teólogo francês, De Lubac, dizia que lhe resultava impensável entender que, tendo tão certa a morte, não postularmos racionalmente a Ressurreição. Ela não pode ser mera ideia como é a imortalidade, que não resolveria o problema da morte, pois a vida tem de ser divina, eterna, santa e feliz. A Ressurreição nos concede não só a imortalidade, como também nos diviniza. Eu sempre tive o costume de apresentar Cristo como “Aquele que tira o pecado e a morte”. Pela Ressurreição, pecado e morte são vencidos e nos tornamos santos e imortais. A vida eterna seria insuportável se nos acompanhasse a culpa de nossos pecados.

O intuito desta reflexão é incutir nos nossos leitores a certeza de nossa Salvação. Para termos essa experiência vital, é preciso considerar “fato”, irrepetível e irreversível, o acontecimento da Ressurreição, que, em Cristo, tornou-se universal.

“Contra fatos, não há argumento”.

As ideias se discutem, os fatos se aceitam. Toda explicação seria secundária. Todo fato exige testemunhas, do contrário seria mito ou mera ideia. Jesus escolheu doze pessoas para se tornarem testemunhas da Sua morte e Ressurreição, que teriam a missão de nos comunicar este fato singular do qual depende a esperança de todos os povos. Eles viram com seus próprios olhos que Jesus foi crucificado, morto e sepultado, na sexta-feira, mas na manhã de domingo se lhes apareceu vivo, mostrando Suas chagas para certificar Sua identidade. É claro que estas aparições de Jesus Ressuscitado não correspondem à realidades de um Ressuscitado, pois revestidos da glória de Deus, como alguém seria capaz de suportar Sua luz, assim como, neste mundo, não podemos ver a Deus. Jesus “apareceu”, transpareceu, deu-Se a conhecer vivo após a Sua morte. Não deixou Seus restos mortais no cemitério porque, na mentalidade judaica das Suas testemunhas, a Ressurreição deixaria de ser fato, para se tornar mera ideia ou expectativa de um futuro possível, próprio de todas as crenças religiosas.

Não é verdade a tese que alguns teólogos defendem: “o último fato histórico foi que o sepulcro onde o corpo de Cristo foi sepultado estava vazio”. Suas aparições foram também históricas, do contrário a Ressurreição deixaria de ser fato e nossa Salvação incerta.

São Paulo diz que Ele apareceu a mais de quinhentos irmãos e, finalmente, a ele, Paulo. Fato que transformou a vida de São Paulo, que uma simples teoria ou ideia seria incapaz de produzir com tanta convicção e radicalidade. Da mesma sorte seria inexplicável que os apóstolos, quase todos rudes e semianalfabetos pescadores, pudessem anunciar a Boa Notícia da Salvação ao mundo, sofrendo e morrendo mártires por esta causa, se a Ressurreição de Cristo não tivesse sido um fato testemunhado por eles.

Historicamente, há mais razões para aceitar a Ressurreição como fato do que argumentos para negá-la.

Se de fato Cristo Ressuscitou, também nós todos, de fato, Ressuscitaremos. Ninguém mais pode morrer, nem ser morto. E a Vida Imortal que levamos em vasos de barro, aparecerá gloriosa e feliz na areia do tempo que desliza pelos dedos das horas, no dia da nossa Ressurreição, que acontecerá no mesmo dia e hora em que alguém, ainda na história espaço-temporal diga de nós: “morreu”. Nós ouviremos isso como um passado sem saudades que preparou nosso futuro, agora glorioso e eterno.

É bom repetir as palavras de Paulo na véspera da sua morte, ao seu discípulo Timóteo: “Lembra-te de Jesus Cristo Ressuscitado. Ele é a nossa Salvação”. Este memorial nos faz realmente imortais.

Padre Jesus Priante
Espanha
(Edição e intertítulos por Malcolm Forest. São Paulo.)
Copyright 2021 Padre Jesus Priante.
Direitos Reservados.
Compartilhamento ou citação livre, mencionando o nome do autor.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here