A morte social — Mistanásia e bioética

Com o objetivo de resgatar a dignidade de viver e morrer, o autor propõe uma análise sobre o conceito de mistanásia — a morte infeliz causada pela exclusão social

O viver sofrido quase sempre leva a morrer fora do tempo ou antes da hora.

Lançado pela PAULUS Editora, A morte social — Mistanásia e bioética é resultado do pós-doutorado do autor Luiz Antonio Lopes Ricci, que apresenta o conceito de mistanásia (morte social, precoce e evitável), pelo viés da bioética social, cotidiana, crítica, latino-americana e integrativa. Segundo o autor, a bioética, como ética aplicada, situada num contexto social injusto e plural, visa contribuir para a defesa e a promoção da vida humana, sobretudo, a vulnerada e exposta à possibilidade de morte mistanásica.

O livro está dividido em cinco capítulos, e, como ponto de partida, o autor discorre sobre o modo de ser latino-americano como ambiente favorável para o surgimento do conceito de mistanásia, seguido de uma proposta de mística para a bioética. Na sequência, são apresentados os cenários históricos que precederam o termo, e depois a apresentação do conceito, sua difusão e contribuição para o deslocamento de acento em bioética.

Para Luiz Antonio, por meio deste novo conceito, o Brasil tem algo novo a dizer ao mundo: “Assim como alargar o horizonte da reflexão com a ‘voz’ mistanásia, que pode ser integrada à sinfonia da bioética global, transnacional e plural, objetivando o bem viver, a justiça e a vida digna para os empobrecidos e vulnerados. Por essa razão, ao abordar questões vitais e centrais para uma vida digna e com qualidade, o conceito de mistanásia deve ser algo transversal na produção da bioética, não um tema isolado”, conclui.

Leo Pessini, professor Doutor no Programa de Bioética do Centro Universitário São Camilo e também responsável pela apresentação da obra, diz que o autor teve coragem de ousar ao propor uma nova visão bioética das questões de final da vida. “Não se trata da morte de alguém apenas, mas da morte de muitos que, antes de sua morte física,
praticamente já estão mortos socialmente, numa sociedade que descarta as pessoas, principalmente as mais vulneráveis — do ponto de vista social —, como descarta coisas imprestáveis”, explica Leo.

Luiz Antonio Lopes Ricci é professor de Ética Teológica e Bioética na Faculdade João Paulo II (FAJOPA), em Marília (SP). Tem mestrado e doutorado em Teologia Moral, pela Pontifícia Universidade Lateranense — Academia Alfonsiana de Roma, e pós-doutorado em Bioética pelo Centro Universitário São Camilo, em São Paulo. É sacerdote da diocese de Bauru (SP) e pároco da paróquia São Cristóvão.

Ficha Técnica
Título: A morte social — Mistanásia e bioética
Autor: Luiz Antonio Lopes Ricci
Coleção: Ethos
Acabamento: Brochura
Formato: 13.5 (larg) x 21 (alt)
Páginas: 96
Áreas de interesse: Boiética, Filosofia

 

Fonte: Editora Paulus

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