Fabricio Peloni – Vatican News
Desde a sua eleição, o Pontífice realizou 438 reuniões às quartas-feiras com a presença de cerca de 7 milhões de pessoas.
E a primeira surpresa do dia foi para as crianças do Instituto Don Milani de Cerveteri quando, na entrada da Praça São Pedro, o bispo de Roma quis algumas delas com ele no papamóvel. Todas muito empolgadas e um tanto tímidas com o convite inesperado, vestiam uma camiseta com a inscrição “o mundo conta comigo”, em letras grandes.
Com eles ao seu lado, e acompanhado pela música do coro da St. Louis University High School – do Missouri -, o Pontífice deu a volta na praça para saudar os fiéis presentes.
O presépio de sabão e farinha doado pelos internos de Locri
Um sentimento de surpresa também foi experimentado pelos internos da prisão de Locri que participaram da Audiência para doar um presépio ao Papa.
A obra foi considerada a mais merecedora das 63 criadas pelos detentos de várias prisões italianas. De fato, os presos de Locri venceram o “concurso de presépios” anunciado no ano passado pela Inspetoria Geral de capelães do departamento de administração penitenciária e do departamento de justiça juvenil.
“Usando toda a sua imaginação e criatividade, eles criaram um presépio verdadeiramente original, usando materiais ‘naturais’ como sabão e farinha“, diz Caterina Arrotta, diretora da prisão, acompanhada pelo comissário Giuseppe Ramundino. O alto funcionário confidenciou com que emoção e engenho os próprios reclusos também prepararam a vitrine para transportar o presépio para a Praça de São Pedro.
O capelão militar, P. Crescenzio De Mizio, comentou a importância do susto experimentado pelos presos “quando se deram conta de que havia um gesto de atenção para com eles, neste caso até do Pontífice, que nunca se esquece dos últimos”. O sacerdote recordou então como essas pessoas vivem em “uma atmosfera caracterizada pela expectativa de liberdade e redenção”.
A taça dos últimos na maratona de Roma
O Papa Francisco abençoou a Taça dos Últimos que – domingo de manhã por ocasião da Maratona de Roma – será entregue ao último corredor que passará na praça de São Pedro – praça Pio XII, no km. 16 da prova, quando faltam cerca de 26km. A iniciativa foi promovida pela Athletica Vaticana e “L’Osservatore di strada”. Erwin Alfredo Bendfeldt Rosada, de origem guatemalteca, que mora no abrigo da Caritas em Ponte Casilino, fez o troféu “com material pobre” e o entregou a Francisco esta manhã. Com ele Francesco China, “anjo da guarda” de Erwin Alfredo, e Piero di Domenicantonio, editor do jornal “L’Osservatore Romano”, que dedicou a edição de março precisamente ao esporte visto e vivido pelos pobres. Inclusive com uma “carta aberta” aos maratonistas com quem dividem a estrada.
E pronta foi a resposta da organização da Maratona de Roma – 30.000 participantes – através de uma série de iniciativas solidárias e inclusivas para tornar visíveis os invisíveis. Os dirigentes da maratona doaram a medalha e a camiseta para Francisco. E contou sobre os encontros que estão tendo com os mais pobres no Dispensário Santa Marta e com as pessoas acolhidas no Palazzo Migliori pela Esmolaria Apostólica e pela Comunidade de Sant’Egidio.
Grupos de leitura da Palavra da diocese de Bérgamo
Para celebrar o 50º aniversário de atividade, os grupos eclesiais de leitura contínua da Palavra de Deus da diocese de Bérgamo compareceram à Audiência Geral esta manhã. Com efeito, nasceram em 1973, poucos anos depois do fim do Concílio Vaticano II, graças a algumas pessoas que, tendo acolhido os documentos conciliares, em particular a Dei Verbum e a Lumen gentium, sentiram a necessidade de aprofundar o conhecimento do texto bíblico e, ao mesmo tempo, o desejo de comunicá-lo aos outros.
A intenção, ” é enxergar a Palavra como a bússola essencial do ser cristão, é propor uma leitura contínua do Gênesis ao Apocalipse, para mergulhar na história da salvação que tem seu começo e seu fim, na concretude da vida que se estende ao longo tempo», dizem, explicando que as reuniões dos pequenos grupos são guiadas por um ou dois animadores leigos, não “especialistas”, mas pessoas preparadas e empenhadas. Esta “não especialização”, que assinalam “não significa superficialidade ou aproximação”, é intencional, pois constitui “motivo de maior mediação, de transição mais fácil entre o trabalho dos estudiosos da Bíblia e o do povo”.
O curso, de frequência semanal, dura vários anos, para que “a frequência das Escrituras, não seja algo esporádico, mas nos dê acesso à ‘sublime ciência de Deus’ e nos ensine a entrar no caminho que leva a Cristo, no caminho que é Cristo”.
De Magenta para recordar Santa Gianna Beretta Molla
Representantes das cinco paróquias da comunidade pastoral “Santa Gianna e San Paolo VI” de Magenta, na arquidiocese de Milão, vieram pedir a bênção do Papa para a conclusão do ano jubilar anunciado pelo centenário do nascimento de Gianna Beretta Molla, marcada para 28 de abril, memória litúrgica da santa e 61º aniversário de sua morte. Os promotores pretendem destacar a figura da mulher, que nasceu na cidade lombarda, e sua obra também nas vizinhas Pontenuovo di Magenta e Mesero.
As irmãs dos idosos abandonados
Elas foram as primeiras a encher o lado direito do adro esta manhã. Estamos falando de 45 religiosas das Pequenas Irmãs dos Idosos Abandonados. Elas se reuniram em Roma nos últimos dias para celebrar o XXVI Capítulo Geral no qual, no domingo, elegeram Ir. Julia Vinuesa como a nova superiora geral. Vindo principalmente da Espanha e da América Latina, para muitas foi a primeira vez em uma Audiência Geral. É fácil entender o entusiasmo e a grande expectativa pela saudação e foto com o Papa Francisco.