SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS

“Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro.” (Ap 7,14)        

         Celebramos na Liturgia de hoje a Solenidade de Todos os Santos. Numa só festa, recordamos os méritos de Todos os Santos, daqueles que nos precederam na fé ou, até mesmo, contemporâneos que são exemplos “da geração dos que O procuram [Senhor], e do Deus de Israel buscam a face” (cf. Sl 23,6). A qual, esta solenidade, resume-se a uma única palavra: SANTIDADE.

Na Primeira Leitura, extraída do Livro do Apocalipse de São João (cf. Ap 7,2-4.9-14), descreve a visão daqueles que são abençoados e protegidos de Deus. Acentuando a universalidade da salvação, através da busca de Deus perpassado pela “grande tribulação”. Ora, aqueles que buscam a SANTIDADE, não estão isentos de vivenciar a perseguição e as provações. Porém, os que buscam esta SANTIDADE, sabe onde encontrar a força no “sangue do Cordeiro”. Afinal, “a salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro” (cf. Ap 7,10b).

A Segunda Leitura, retirada da Primeira Carta de São João (1Jo 3,1-3), demonstra que através da filiação adotiva que temos com Deus, somos capacitados à glória dos Céus. Afinal, através desta filiação de uma coparticipação da natureza divina, em que, “quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. Todo o que espera nele, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro”(cf 1Jo 3,2b-3).

O Evangelho, extraído de Mateus (Mt 5,1-12a), traz o sermão das Bem-aventuranças, em que o Cristo demonstra um código de felicidade profunda, incomparável e interior. E estas, pertencem aos pobres e deserdados, em que se souberem pôr sua confiança no Senhor, “verão a Deus” e “serão chamados filhos de Deus”.

Em sua Exortação GAUDETE ET EXSULTATE, o Papa Francisco nos dá uma grande chave para seguirmos o caminho da Santidade: “Deixemo-nos estimular pelos sinais de santidade que o Senhor nos apresenta através dos membros mais humildes deste povo que «participam também da função profética de Cristo, difundindo o seu testemunho vivo, sobretudo pela vida de fé e de caridade».[5] Como nos sugere Santa Teresa Benedita da Cruz, pensemos que é através de muitos deles que se constrói a verdadeira história: «Na noite mais escura, surgem os maiores profetas e os santos. Todavia a corrente vivificante da vida mística permanece invisível. Certamente, os eventos decisivos da história do mundo foram essencialmente influenciados por almas sobre as quais nada se diz nos livros de história. E saber quais sejam as almas a quem devemos agradecer os acontecimentos decisivos da nossa vida pessoal, é algo que só conheceremos no dia em que tudo o está oculto for revelado».” (GAUDETE ET EXSULTATE – Papa Francisco; http://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20180319_gaudete-et-exsultate.html#Os_santos_ao_p%C3%A9_da_porta – acesso em 27 de out de 2020).

Que possamos nos fortificar em vivenciar as Bem-aventuranças em nosso dia-a-dia; na vivência e na busca de uma sociedade melhor a todos; pela busca e sede de justiça; nos atos misericordiosos; na promoção da paz (…), “porque será grande a vossa recompensa nos céus” (cf. Mt 5,12a). 

“A Santidade não é o fruto do esforço humano, que procura alcançar a Deus com suas forças, e até com heroísmo; ela é dom do amor de Deus e resposta do homem à iniciativa divina” (cf. Missal Dominical – Missal da Assembleia Cristã)

Saudações em Cristo!

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