Vigésimo domingo do tempo comum

    “Em troca da alegria que lhe era proposta, Jesus se submeteu à cruz, desprezando a vergonha, e se assentou à direita do trono de Deus”. É isto que celebramos em comunidade: a morte, ressurreição e glorificação de nosso Senhor. Ele ansiava por esse “batismo”, desejava que o fogo do Espírito Santo incendiasse o mundo inteiro. Por isso, foi até as últimas consequências de sua opção. E pediu de nós atitude semelhante: não uma fé de conveniência, não uma religião de tradição, mas uma opção por Ele consciente e conseqüente, corajosa e pessoal, pela qual, se necessário, dar a própria vida, à semelhança da ousadia profética de Jeremias.

    O tema do capítulo 12 da carta aos Hebreus é de exortação, lembrando que os destinatários deste texto andavam desanimados, sem fé e sem brilho no olhar. Depois de fazer desfilar os campeões da fé, São Paulo mexe com os destinatários, provocando-os com a imagem do atleta que, para correr veloz, desfaz-se de todo o fardo. O fardo a ser abandonado é “tudo o que nos atrapalha e o pecado que se agarra em nós”, como se o pecado fosse uma força contrária que impede o correr. Quem corre fixa o olhar na meta, sem se distrair, sem desistir, com perseverança. Para os cristãos, a meta na qual fixar o olhar é Jesus, autor e consumador da fé. O texto se detém na opção difícil de Jesus, submetido à vergonhosa morte de cruz e enfrentando a rejeição dos pecadores para entrar na glória de Deus. O autor lembra essas coisas “para que vocês não se cansem e não percam o ânimo.

    Jesus foi até o fim, até a paixão e o derramamento de sangue na cruz. O caminho dos seus seguidores – feito de perseverança – pode comportar até o martírio: “Vocês ainda não resistiram até o derramamento do sangue, na luta contra o pecado.

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