A fase diocesana da causa de canonização do Papa João Paulo I (1912-1978) chegou esta quarta-feira ao fim, no aniversário da eleição pontifícia de Abino Luciani.
Concluída esta fase do processo de beatificação, foi elaborada a ‘positio’, um compêndio dos relatos e estudos realizados pela comissão jurídica, por um relator nomeado pela Congregação para a Causa dos Santos (Santa Sé).
Entre a documentação inclui-se um testemunho do Papa emérito Bento XVI, considerado “único”, adianta o jornal ‘Avvenire’, da Conferência Episcopal Italiana.
O anúncio foi feito pelo bispo de Beluno Feltre (Itália), diocese natal de João Paulo I, D. Giuseppe Andrich.
Albino Luciani, nascido a 17 de outubro de 1912, foi ordenado como bispo por São João XXIII, em 1958; o Beato Paulo VI nomeou patriarca de Veneza em 1969 e criou-o cardeal em 1973.
A 26 de agosto de 1978 foi eleito Papa, assumindo o inédito nome de João Paulo; a 28 de setembro, viria a ser encontrado sem vida, no seu quarto.
No trigésimo aniversário da morte de João Paulo I, Bento XVI recordou o seu grande ensinamento de “humildade”.
“Foram suficientes 33 dias para que o Papa Luciani entrasse no coração do povo. Nos discursos usava exemplos tirados de acontecimentos de vida concreta, das suas recordações de família e da sabedoria popular”, indicou.
Segundo o agora Papa emérito, a “simplicidade” de João Paulo I era “veículo de um ensinamento sólido e rico”.
Fonte: Agência Ecclesia