Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo

    (Mt 16,16)

    21º Domingo do Tempo Comum

    Celebramos no quarto domingo de agosto o vigésimo primeiro desse tempo comum, ainda dentro do mês vocacional, recordamos a vocação para os ministérios e serviços nas comunidades e, também, como último domingo deste mês, o Dia Nacional do Catequista. Na próxima quinta-feira, encerramos esse mês vocacional, mas não deixaremos de rezar pelas vocações. Que esse mês vocacional tenha produzido frutos em nossas comunidades e quem ainda não se encontrou em sua vocação, reze a Deus para que Ele mostre qual caminho seguir.

    Rezemos na celebração de hoje por todos os catequistas, para que perseverem em sua missão de anunciar Jesus Cristo às crianças, jovens e adultos. Os catequistas são o braço direito do padre, pois o primeiro catequista da paróquia é o padre, mas como ele não pode estar nas turmas de catequese devido as outras funções pastorais, os catequistas evangelizam em nome do padre em suas turmas de catequese.

    Que possamos fortalecer mais em nossas comunidades a catequese, iniciando com a pré-catequese e indo até a catequese de adulto. Algumas de nossas comunidades não têm uma dessas etapas, ou não têm a pré-catequese, ou não tem a catequese de adulto. Na maioria das vezes, é por falta de catequistas. Por isso, rezemos para que novas pessoas respondam ao chamado de Deus e aceitem abraçar esse ministério.

    Ser catequista não deve ser visto como status ou achar que é melhor do que o outro que não é. Deve assumir o ministério de maneira humilde e livre, acolhendo com alegria o chamado de Deus. O catequista não recebe nenhuma remuneração por isso, mas o faz como ministério, como um serviço. A remuneração que o catequista terá é o agradecimento dos catequisandos.

    A primeira leitura desse domingo é do livro do profeta Isaías (Is 22,19-23). O Senhor diz a Sobna, que era administrador do palácio, que o destituirá do cargo que ocupa e vai eleger Eliacim, filho de Helcias. O Senhor fará isso porque a administração de Sobna não estava de acordo com a vontade do Senhor. Ele governava segundo a sua própria vontade e menosprezava os mais humildes. Por isso, o Senhor escolherá o servo mais humilde, que lhe era fiel para assumir tal cargo. O Senhor o manterá no cargo e ninguém poderá tirá-lo, a não ser através de seu querer. Essa leitura nos ensina que qualquer cargo ou função que assumamos, seja na Igreja ou na sociedade, devemos entregar nas mãos de Deus e agradecê-lo por ter a oportunidade de assumir tal função. E, ainda, devemos exercer aquela função com justiça e retidão.

    O salmo responsorial é o 127 (128), que diz em seu refrão: Ó Senhor, vossa bondade é para sempre! Completai em mim a obra começada”. A bondade do Senhor é para sempre e a sua misericórdia é de geração em geração. O Senhor vai sempre interceder em favor do povo oprimido e vai colocar a frente de seu povo um governador que governe para todos e não só para alguns. O Senhor ouve a todos em suas necessidades, sobretudo ao povo quando clama por justiça.

    A segunda leitura desse domingo é da carta de São Paulo aos Romanos (Rm 11,33-36). Nessa leitura de Paulo à comunidade romana, ele diz que tamanha é a sabedoria do Senhor que ninguém pode medir a sua grandeza ou pensar como Ele pensa. Tudo o que fazemos é para o Senhor, a Ele devemos tudo o que temos, seja os bens materiais e espirituais.

    O Evangelho desse domingo é de Mateus (Mt 16,13-20). O Evangelho narra quando Jesus chegou na região de Cesaréia de Filipe e, ali, perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens ser o filho do homem”? Na verdade, Jesus sabia o que diziam a respeito Dele, mas faz essa pergunta para testar os discípulos. Os discípulos respondem: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. Jesus esperava uma resposta diferente dos discípulos, pois, eles conviviam diariamente com Jesus, e Ele não queria ouvir aquilo que os homens já diziam a seu respeito. Por isso, Jesus pergunta novamente: E vós, quem dizeis que eu sou”? Simão Pedro, como o líder do grupo dos doze responde: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Essa é a resposta que Jesus esperava. Ele felicita Pedro pela resposta e diz que não foi um ser humano que lhe havia revelado aquela resposta, mas o Pai que está no céu.

    A partir dessa resposta de Pedro, Jesus entrega as “chaves da Igreja nas mãos de Pedro”, e, a partir daquele momento, ele se torna o primeiro Papa da Igreja. Tudo aquilo que ligar na terra seria ligado ao céu e tudo aquilo que Ele desligasse na terra, seria desligado no céu.

    Meus irmãos, nos dias de hoje, Jesus faz a mesma pergunta para nós: “Quem é Ele para nós”? Temos que dar a mesma resposta que Simão Pedro deu: “Tu es o Messias, o Filho do Deus vivo”. Como daremos essa resposta ao Senhor? Por meio da oração, dobrando os nossos joelhos no sacrário. A partir de uma intimidade com o Senhor na vida de oração, poderemos dar essa resposta.

    Celebremos, com alegria, esse 21º Domingo do Tempo Comum e peçamos ao Espírito Santo a luz da fé para podermos dar a resposta à pergunta que Jesus faz hoje no Evangelho, quando Ele nos perguntar quem é Ele para nós, respondamos: “Tu és o Messias, o filho do Deus vivo”.

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