Troca de dons

    No Advento ficamos diante do imenso dom da salvação, no convite ao povo de Deus, no sentido de agradecermos a Ele, que é boníssimo e altíssimo. Claro que o centro do Advento é a espera do Senhor. Ele vem, considerados os aspectos do Antigo Testamento sobre a vinda do Messias, tão esperado. Assim falam as profecias, apresentadas na Liturgia da Igreja neste tempo precioso e santo do Advento, desejando despertar no coração dos fiéis uma profunda necessidade da presença de Deus, na direção do dom maior a nos envolver: a salvação.

    Revestidos da força do alto, voltemo-nos para Deus, que nos fala através de sua palavra salvífica, a qual quer revelar os caminhos divinos, exortando-nos a uma permanente vigilância. Que na nossa preparação para o Natal do Senhor, ocasião para bem interiorizarmos a encarnação da salvação no mundo, em que estamos inseridos, deixemo-nos guiar pela luz do Salvador, que, segundo Santo Afonso Maria de Ligório, desceu das estrelas.

    Caminhamos, na penumbra da fé, ao encontro da procedente “troca de dons entre o céu e a terra”, dentro de um ambiente nem sempre favorável, mas compreendido, no aviso divino, para os bons entendedores, como no recado de Dom Helder Câmara: “Quando houver contraste entre a tua alegria e um céu cinzento, ou entre a tua tristeza e um céu em festa, bendiz o desencontro, que é um aviso divino de que o mundo não começa e nem acaba em ti”.

    Que nossos passos sejam guiados, tendo, diante dos olhos e do coração, a visão do profeta Isaías: “Acontecerá, nos últimos tempos, que o monte da casa do Senhor estará estabelecido no ponto mais elevado das montanhas e reinará nas colinas” (Is 2, 2).

    Que a vinda do Salvador encontre espaço e acolhida favoráveis no coração de cada irmã e de cada irmão, na certeza de que a história da humanidade caminha rumo à feliz eternidade, na esperança do definitivo, de vermos novas todas as coisas. Assim seja!

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