Talitá cum

    Celebramos o 13º domingo do Tempo Comum e, mais uma vez, somos chamados a nos reunir como comunidade e ouvir a Palavra de Deus. Vale ressaltar que o domingo é dia de irmos à missa e, se faltarmos na missa dominical, temos de procurar o sacerdote para confessarmos. O domingo é o dia por excelência para nós católicos, dia em que Cristo ressuscitou. Se quisermos ter uma semana de paz na presença de Deus, temos que ir à missa.

    A participação na missa dominical só é facultativa para aqueles que se encontram doentes e impossibilitados de ir à Igreja. Sobretudo, agora, nesse tempo de pandemia em que muitos idosos não foram à Igreja para evitar o contágio. Na liturgia de hoje, somos convidados a meditar sobre o poder da fé. Tudo aquilo que quisermos pedir ao Senhor com fé, Ele nos concederá. Peçamos uma vez mais, enquanto comunidade reunida, que o Senhor envie do céu o Santo Espírito e tão logo possamos ficar livres dessa pandemia da Covid-19.

    Ouçamos nesse domingo o que o Senhor tem a nos dizer, por meio da sua Palavra. Essa Palavra que enche o nosso coração de esperança e acende para nós a luz do sentido da vida. A Primeira Leitura da missa de hoje é extraída do livro da Sabedoria (Sb 1,13-15;2,23-24). O autor sagrado diz que Deus não criou a morte, mas criou o homem a sua imagem e semelhança e o criou para a imortalidade. A morte entrou no mundo por inveja do diabo, quando entrou o pecado da inveja no mundo. Experimentam a morte os que a ele pertencem.

    No Salmo Responsorial 29(30), o salmista exalta ao Senhor por livra-lo das mãos dos inimigos e preservá-lo da morte. O louvor ao Senhor deve ser eterno, seja enquanto peregrinamos nesse mundo, até contemplá-lo eternamente no céu.

    Na Segunda Leitura (2Cor 8,7.9.13-15), Paulo inicia elogiando a comunidade que caminha muito bem tendo fé em abundância, eloquência, zelo para tudo e a caridade que serviu de exemplo para eles. São Paulo alerta a comunidade que todos devem ser iguais, nenhum é melhor do que outro e um deve ajudar a suprir a necessidade do outro. Assim devemos viver nos dias de hoje também, ajudando aqueles que necessitam mais do que nós.

    No Evangelho deste domingo (Mc 5,21-43), Jesus atravessa novamente na barca para a outra margem. Uma numerosa multidão se reúne em volta dele, e aproxima-se de Jesus um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, ele prostra-se aos seus pés e pede com insistência que Jesus vá ver a sua filha que está nas últimas e pede para Jesus ir até a casa dele, colocar as mãos sobre a menina para que ela viva e Jesus o acompanha. Uma numerosa multidão o comprimia. No meio dessa multidão, havia ali uma mulher que sofria há 12 anos de uma hemorragia, tinha sofrido nas mãos de diversos médicos e gastado muito dinheiro e, ao invés de melhorar, piorava cada vez mais.

    No meio da multidão, ela toca na roupa de Jesus, pois ela pensava “se ao menos eu tocar na roupa dele, ficarei curada”. A hemorragia parou de vez e a mulher se sentiu curada. Jesus percebeu que uma força havia saído dele e perguntou “Quem me tocou?” Ele olhou ao redor para ver quem havia feito aquilo. A mulher cheia de medo e tremendo, cai aos pés de Jesus e contou-lhe toda a verdade. Jesus lhe diz: “Filha, a tua fé te curou, vai em paz e fica curada dessa doença”. Jesus ainda estava falando quando vieram da casa do chefe da sinagoga e disseram a ele que a menina estava morta e não deveria mais incomodar o mestre. Jesus diz ao chefe da sinagoga para não ter medo e ter fé. E não deixou que ninguém o acompanhasse a não ser Pedro, Tiago e João.

    Quando Jesus entra na casa, as pessoas estavam atordoadas e chorando e Jesus questiona o motivo do choro e diz: “A criança não está morta, mas está dormindo”. Começaram então a caçoar dele, mas ele pediu que todos saíssem, exceto o pai e mãe da menina. Ele entra no quarto que estava a menina e diz: “Talitá cum”, que quer dizer: “Menina, levanta-te” e, imediatamente, ela começa a andar, pois tinha 12 anos. Ele mandou dar de comer à menina e que não contassem sobre aquilo a ninguém.

    A liturgia de hoje nos ensina é a ter fé e que o nosso tempo não é o tempo de Deus. Podem passar anos, devemos continuar pedindo com insistência que um dia a graça virá. Muitas vezes pedimos uma graça a Deus, mas reclamamos, achando que está demorando, porque queremos algo imediato. Mas Deus está usando de paciência para conosco e nos atenderá, porque ele não abandona nenhum de seus filhos.

    Continuemos pedindo pelo fim da pandemia da Covid-19 e que chegue a vacina para todos. Não cansemos de pedir e que tão logo a nossa vida possa voltar à normalidade. Tenhamos a mesma fé e persistência desses dois personagens do Evangelho de hoje. O chefe da sinagoga que não era cristão, mas recorreu a Jesus pela cura da sua filha. E a mulher que há doze anos sofria de uma hemorragia e a sua fé foi tamanha que, ao tocar na roupa de Jesus, fica curada.

    Que o Espírito Santo suscite em nós cada vez mais o poder da fé e de nunca desistir de nossos objetivos.

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