Solenidade da Assunção de Nossa Senhora

    Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre (Lc 1,42)

     Celebramos neste domingo, dia 21 de agosto, a solenidade da Assunção de Nossa Senhora, cuja data foi transferida aqui no Brasil do dia 15 para o domingo seguinte. Isso ocorre para que um maior número de fiéis possa participar dessa solenidade. A Mãe de Deus tem um lugar importantíssimo na liturgia e no coração de cada um de nós, por isso ela é celebrada no domingo Dia do Senhor.

             A Solenidade da Assunção de Nossa Senhora é um dogma, ou seja, uma verdade de fé em que a Igreja recomenda aos fiéis que acreditem nessa verdade. Esse dogma foi promulgado em 1950 pelo Papa Pio XII. Acredita-se que Nossa Senhora foi assunta ao céu de corpo e alma, ou seja, seu corpo não na pereceu na Terra, mas está incorruptível e glorioso no céu. Diferentemente da ascensão de Jesus, Ele subiu por força própria ao céu e na Assunção de Nossa Senhora cremos que Ela foi levada pelos anjos ao céu.

             Nesse domingo, na perspectiva do mês vocacional, recordamos a vocação a vida consagrada e religiosa. Peçamos a Deus que, a exemplo de Nossa Senhora, todos os religiosos e religiosas possam dar o seu “sim” a Deus e a fazer sempre a sua vontade. Na vida religiosa, é fundamental renovar diariamente o “sim” a Deus, rezar constantemente e servir aos mais pobres. A vocação não nos pertence, mas pertence a Deus. É Ele quem nos chama e quer que todos os dias renovemos o nosso “sim” e o entusiasmo em anunciar o Reino de Deus.

             É bem propício, todos os anos, celebrarmos o mês vocacional aqui no Brasil. Além de ser uma oportunidade para, a cada ano, renovar o chamado que Deus nos fez, também podemos pedir à Senhora da Messe que envie novos operários para a vinha.

    Peçamos, nessa missa, que muitos jovens sintam no coração o chamado para a vida consagrada e religiosa. O anúncio do Evangelho não pode ser calado e tem que ser anunciado diariamente.

    A primeira leitura da missa deste domingo é do livro do Apocalipse de São João (Ap 11, 19a; 12, 1-3 -6a. 10ab). São João cita a visão que teve. Uma mulher vestida de Sol, tendo a Lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. Ele vê um outro sinal no céu: um dragão cor de fogo. Tinha sete cabeças e, sobre as cabeças, sete coroas. O dragão parou de frente da mulher pronto para devorar o filho que ela estava esperando. Ela deu à luz ao filho que governou todas as nações com cetro de ferro. O Filho foi levado para junto de Deus e seu trono. A mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe havia preparado um lugar. João ouve uma voz do céu que dizia: “Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder de seu Cristo” (Ap 11,10).

    Essa mulher que João vê é Maria que estava a ponto de dar à luz a Jesus. É também a Igreja na geração de uma nova humanidade. A coroa de doze estrelas faz referência as doze tribos de Israel. O dragão é figura do mal que queria impedir que ela descesse a luz ao seu filho. O Filho nasce e governa todas as nações com cetro de ferro e, apesar da rejeição de muitos, morreu na cruz para redimir a humanidade inteira. O Filho foi para junto de Deus.

    O Salmo responsorial 44 (45), faz referência a uma rainha, que podemos comparar a Nossa Senhora, que se encontra à direita junto de Deus, intercedendo por cada um de nós. Junto ao Pai.

    A segunda leitura é extraída da primeira carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor 15, 20-27a). Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram, ou seja, Ele morreu para abrir caminho para ressurreição, assim como Ele ressuscitou, todos nós ressuscitaremos um dia. Como em Adão, todos morrem. Em Cristo, todos ressuscitarão.

    O Evangelho é extraído de Lucas (Lc 1,39-56). Lucas narra a passagem em que Maria para na casa de sua prima Isabel e fica três meses com ela. Assim que Maria saúda Isabel, o filho que Isabel esperava, que era João Batista, pula de alegria em seu ventre. E Isabel e o filho que ela esperava ficam cheios do Espírito Santo.

    Isabel profere lindas palavras a Nossa Senhora, que estão contidas na Ave Maria: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”. (Lc 1,42). Em seguida, Nossa Senhora recita o cantico que hoje conhecemos como “Magnificat”. Nessa oração, Nossa Senhora recorda as maravilhas que Deus operou em favor do seu povo e como a escolheu para ser a Mãe do Salvador. Em Jesus todo povo de Israel devia confiar, pois ele veio conduzir muitos filhos à Deus.

    Neste Domingo dedicado a Mãe de Jesus peçamos que ela nos conduza sempre ao seu Filho e que possamos, assim como ela, guardar e conservar tudo no nosso coração. Lembremo-nos das maravilhas que Deus fez na vida de cada um de nós, assim como Ele fez com o povo de Israel.

    Peçamos que todos os religiosos e consagrados recordem as maravilhas que Deus operou em suas vidas e que possam diariamente renovar o seu “sim”. Sejam consagrados para amar e servir, sobretudo aos mais pobres.

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