Sexta-feira Santa (Jo 18, 1-19, 42)

    Texto referencial: Pilatos perguntou: “Então Tu és rei?” Jesus respondeu: “Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz”. Pilatos, então, acrescentou, querendo livrar-se da responsabilidade de condenar um justo: “Eu não encontro Nele, nenhum motivo de condenação”. (Jo 18, 37-38)

    “O que é visto, é visto a partir do vidente.”. Há sempre algo de subjetividade em tudo. Nos evangelistas, também. Os quatro viram Jesus, ouviram-No e participaram de sua caminhada. Mas cada qual ouviu, a partir de sua subjetividade. É interessante perceber, como Matheus, o mais judeu, retrata a “passio” de Jesus. Marcos enxerga tudo, com os olhos de Pedro, a quem é achegado, e de certo modo, é secretário. Lucas é o mais culto e experenciado. Retrata a paixão de Jesus como médico que era. João é a águia que tudo vê do alto em profundidade e mais extensivamente

    Para João, Jesus, mesmo preso e executado, é, ainda, o Senhor da história. Não é executado: dá sua vida em função de nossa salvação. Cumpre com sua missão, livre e amorosamente assumida. 2.1- Quando Jesus respondeu, aos que o interrogavam, esses caíram para trás, como que fulminados. Caindo, mostram toda sua fragilidade, diante do Senhor e Mestre. 2.3- Diante do Pai, Jesus não grita: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Mas, constatando que tudo tinha sido realizado, meticulosamente, entrega seu Espírito, inclinando a cabeça. 2.4- João apresenta Jesus, mesmo prisioneiro, como Senhor, e até do alto da cruz, Ele determina as coisas. 2.5- Comparemos, agora, a vida de Jesus, com a nossa, de todos os dias. Não teríamos muitíssimo, a aprender?

    Que a Sexta-Feira Santa, não seja, apenas, um dia de jejum e abstinência, mas de profunda meditação, para a melhor descoberta da grandeza do mistério salvífico de Jesus Cristo.

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