Pe. Luiz Roberto Teixeira Di Lascio
A arte de escolher envolve riscos, pois a tomada de decisões podem nos levar ou para o céu ou para o inferno. A formação de uma pessoa é resultado de suas escolhas. Feliz de quem aprende a arte de escolher e não se deixa levar pela influência de outros na ideologia do ”deixa a vida me levar”.
Existem pessoas que vivem nos seus castelos suntuosos como se isso bastasse para serem felizes. Têm boa posição social, riquezas, seguranças, estão cercados de gente… Possuem boa formação intelectual, sólida carreira profissional… Mas no fundo são infelizes. Isso está bem evidenciado no seu modo de pensar e de agir. Vivem neste mundo rodopiando em elucubrações inconsequentes e se perdem na verborréia que, afinal, se torna indigesta nos seus relacionamentos.
Estamos aqui neste mundo para aprendermos a arte de amar e ser amado. Pois temos um corpo habitado por um espirito que se chama Amor. Um espírito constituído de inteligência, vontade e liberdade, atributos estes que constituem a natureza divina e que, uma vez enxertados na natureza humana, promovem o grande milagre: o surgimento da Pessoa Humana, imagem e semelhança de Deus.
Não existe uma receita pronta para sermos felizes. A felicidade é algo que se conquista à medida que vamos aprendendo a fazer a lição de casa na convivência e interação com outros humanos, sentindo-nos em perfeita sintonia com a Obra da Criação e na comunhão com o Divino. O segredo da felicidade está em buscar, encontrar e fazer a vontade de Deus. Esse Deus Criador que nos molda diariamente e quer que sejamos felizes e contribuamos para que o nosso próximo também seja feliz.
Viver é uma aventura fascinante. Cada minuto é um milagre que não se repete. Portanto devemos procurar sempre o que é reto, digno, verdadeiro, bom, alegre, justo, valoroso, edificante, saudável. Tudo o que edifica e promove o bem e a vida em todas as suas dimensões.
“Viver e deixar viver”… Essa é a máxima da liberdade. Talvez a carência do mundo moderno é de pessoas que amam a vida e se sintam pertencentes (e, portanto comprometidos) a este Planeta Terra, nossa Casa Comum. Esse recanto que exige que cuidemos dele com carinho e gratidão, criado e a nós disponibilizado pela .misericórdia e providência divina.
Tudo flui sob uma harmoniosa interação. O “outro” não nos ameaça. Ele é o parâmetro, o termômetro pelo qual nos avaliamos. Sua ação nos ajuda a nos conhecermos e nos redirecionarmos para a nossa meta de Vida. Somos criados para amar, louvar reverenciar o Deus Vivo e Amoroso que vive em nós e nos impulsiona a servir aqueles que se aproximam de nós. A felicidade é isso: é o fruto da escolha que fizermos para valorizar, defender e promover a Vida em qualquer circunstância e etapa da sua evolução.
Todo passa. Somente o Amor permanecerá. Ele será o nosso testemunho quando fizermos a travessia deste mundo para a eternidade e nos ajudará a julgar por nós mesmos que lugar queremos ocupar no Reino de Deus. Quem aprendeu a arte de viver neste mundo como um peregrino livre, despojado e agradecido pelo dom da Vida, fortalecido e convencido pelo amor de Deus e fascinado pela compaixão, com certeza encontrou a Felicidade.
Existe uma pessoa que passou por este mundo e continua arrastando multidões e conquistando seguidores ao longo da história da humanidade. Eles foram tocados pelo seu jeito de ser, seus ensinamentos e principalmente pelo exercício da compaixão. Ele entregou-se pela humanidade para que todos tenham Vida e Vida em abundância e encontrem o sentido de viver sem medo de ser feliz…
Esse homem chama-se Jesus Cristo. Ele, o Filho de Deus, passou por este mundo fazendo o Bem e ensinando o “segredo para ser feliz”, que pode ser encontrado nos livros da Sagrada Escritura em particular nos Evangelhos. Ele continua passando e chamando: “Venham e Sigam-me! Eu os levarei ao encontro da Felicidade”.
Pe. Luiz Roberto Teixeira Di Lascio
Arquidiocese de Campinas – São Paulo
