Sentido da Quaresma.

    Texto inspirante: “Chegou o tempo de penitência, de conversão e salvação” (Antífona da liturgia das horas). “Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lagrimas e gemidos…” (Joel 2,12).

    Jesus, nos deixou um modo de ser e agir: ser filhos, diante de Deus, irmãos uns dos outros, admiradores e administradores da natureza: dom divino. De fato, Ele afirmou: “vós todos sois irmãos”, “e olhai os lírios do campo…” (Lc 12,27). Jesus apreciava as realidades, a nós deixadas, por Seu e nosso Pai. Soube tratar bem os apóstolos, que eram um tanto rudes… Fê-los superar o espírito de mesquinhez e de inveja. Amou sua terra, sem ater-se às atitudes tacanhas dos fariseus, essênios, ou doutores da lei etc.

    Jesus esteve bem atento, aos sinais dos tempos, mas nunca, pediu que nos lembrássemos da data do seu nascimento, ou de sua morte na cruz. Foi a Igreja que instituiu um dia para o Natal (25/12), e o advento, como tempo de preparação. Mostrou que a Páscoa é o maior acontecimento para os cristãos: sua vitória sobre o mal e o pecado. Bem cedo, pediu aos seus filhos, que fizessem preceder a Páscoa, pela quaresma. Nela, deveríamos lembrar e celebrar os mistérios de sua vida, por nós oferecida. Lembramos nossos heróis nacionais, não vamos, então, lembrar-nos do Salvador, de sua evangelização, dedicação aos mais pobres, às crianças, às mulheres e até aos pecadores? Lembramo-Lo, como o bom pastor, sumo sacerdote e o celebramos na Eucaristia, obedecendo ao que mandou: “fazei isto em memória de mim” (Lc 22.19; 1Co 11.24).

    Portanto o sentido da quaresma é de preparação para a Páscoa, vivenciando o mistério, do seu sofrimento e morte na cruz. De certo modo, como Maria acompanhou Jesus para o calvário, assim nós, queremos acompanhá-Lo, em nossa vida. Jesus não pagou um resgate em dinheiro, pela nossa salvação, mas deu Seu sangue, Sua vida por nós. Isso deve ser recordado, e vivido intensamente e para sempre. De nada, teria adiantado, Jesus ter se encarnado, se morrendo, não ressuscitasse. Jesus não nos deixou um catecismo: mas sua vida como exemplo.

    Por isso, a quaresma deve ser vivida, de modo todo particular. A Evangelização deveria ser mais profunda, vivencial e eclesialmente retomada. Não é, certamente, preciso ir ao calvário e nem à Jerusalém, mas ao mais profundo do mistério da vida de Jesus: isso é necessário. Felizes os cristãos que o fizerem: pois vivenciarão o sentido da quaresma.

    E a Campanha da Fraternidade de 2023, como vai?

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