Sagrada Família

    “Felizes os que temem o Senhor e trilham os seus caminhos” (Sl 127/128)

    Celebramos nesta sexta-Feira, dia 30 de dezembro, a Festa da Sagrada Família. Esse ano a Festa da Sagrada Família ocorre no sexto dia da oitava do Natal. Normalmente a Festa da Sagrada Família ocorre no domingo seguinte ao Natal, mas nesse ano, devido o calendário, essa festa é celebrada nesta para sexta-feira e, no domingo, acontece a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, encerrando a oitava do Natal.

    A Sagrada Família deve ser uma inspiração para nós. Foram perseguidos, residiram no exílio, e viveram tantas outras situações, mas temos que aprender com a Sagrada Família a enfrentar as dificuldades diárias. Conseguiremos vencer essas dificuldades por meio da oração e da fé em Deus. Em nenhum momento José e Maria titubearam na fé. Mas, por meio da fé, eles conseguiam passar pelos momentos difíceis. Outra coisa que não faltava na Sagrada Família era o amor — o amor mútuo que um tinha para com o outro e esse amor levava a compreensão e, juntos, buscavam a solução para os problemas. Eles tinham Jesus Cristo, no centro da vida o que é para nós o exemplo de vida.

    Sigamos o exemplo da Sagrada Família e que em nosso lar não falte o amor e a fé. Podemos ter em casa uma imagem da Sagrada Família, para que a família de Nazaré abençoe o nosso lar. Que a nossa família seja a Igreja Doméstica, ou seja, ensinemos aos filhos e netos as orações cristãs, ensinando a rezar o terço e a ler a Bíblia. Com certeza, Nossa Senhora ensinou a Jesus as orações e José ensinou sobre a Torah. O mundo precisa de paz e essa paz pode começar a ser construída a partir da nossa família, com os sinais de Deus rezando pelo mundo inteiro. Que assim como a Sagrada família, a nossa família possa ser exemplo de fé e de amor a Deus para as demais.

    A primeira leitura da missa da Sagrada Família podemos escolher entre duas opções. Reflitamos sobre a do livro do Eclesiástico (Eclo 3, 3-7. 14-17a). Essa leitura fala sobre o quinto mandamento da lei de Deus, e diz que devemos honrar pai e mãe e cuidar deles até o leito de morte. Não podemos abandonar os pais quando eles chegarem na velhice ou começarem a perder a lucidez, mas devemos estar junto deles até ao dia de sua morte. Honrando e cuidando dos pais até a morte, receberemos a recompensa da vida eterna. Aquilo que desejamos para nós devemos fazer para o próximo, com certeza não queremos que os filhos nos abandonem e esqueçam de nós. Por isso, a mesma atitude deve ser feita aos pais. Os pais são o exemplo para os filhos. Se cuidar bem de seus pais, os seus filhos cuidarão bem de você, se maltratar e não cuidar de seus pais, os filhos terão a mesma atitude.

    O salmo responsorial é o 127 (128). O refrão do salmo diz: “Felizes os que temem o Senhor e trilham os seus caminhos”. Temer ao Senhor não é ter medo de Deus, mas respeita-lo e respeitar os mandamentos que Ele colocou para nos orientar. Trilhar os caminhos do Senhor é respeitar os mandamentos e um desses mandamentos é honrar pai e mãe. Respeitando os mandamentos da lei de Deus, seremos felizes e aqueles que estão ao nosso lado também serão.

    O Evangelho dessa missa é de Mateus (Mt 2, 13 -15. 19-23). Esse trecho do Evangelho de Mateus relata a fuga para o Egito, ou seja, após a visita dos pastores ao menino Jesus e Herodes ficar sabendo que os pastores fizeram outro caminho e não retornaram a ele, Herodes manda matar todas as crianças do sexo masculino, de zero a dois anos, a fim de encontrar numa dessas crianças o menino Jesus. São os chamados “Santos Inocentes”, que morreram sem sequer poderem se defender.

    O Anjo do Senhor aparece a José e pede para que ele pegue Maria e o menino Jesus e que fujam para o Egito e fiquem por lá até que ele mande regressar, esperando a fúria de Herodes passar. José ficou lá com Maria e Jesus até a morte de Herodes e, para se cumprir a profecia: “Do Egito chamei meu filho”. Após a morte de Herodes, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e disse para ele voltar com Maria e o Menino para a terra de Israel, pois quem queria matar o Menino morreu. José pegou Maria e o Menino e entrou em Israel. José ficou sabendo que quem estava governando Israel era Arquelau, filho de Herodes. Com medo dele também querer matar o Menino, José vai para a Galileia,  para a cidade de Nazaré. Isso aconteceu para que também se cumprisse a profecia que dizia: “Ele será chamado Nazareno”.

    José era aquele que cuidava da família de Nazaré, era o “chefe da casa”, o pai zeloso, que cuidava com amor e carinho da mãe e do filho. Que nas famílias de hoje possam existir muitos “Josés”, que cuidam com amor zeloso de suas famílias. Que nas famílias de hoje possam existir de igual modo muitas “Marias”, que meditam e guardam tudo em seu coração e que cuidam com amor de seu marido e filhos. E, ainda, que nas famílias de hoje, os filhos possam respeitar com amor e carinho os seus pais, cuidando e zelando deles até na velhice.

    Celebremos com alegria a Festa da Sagrada Família de Nazaré, se possível participando da celebração Eucarística nesse dia. E que a Sagrada Família nos inspire para que o nosso lar seja repleto de paz, amor e compreensão.

    Jesus, Maria e José, a nossa família vossa é!

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