A Pastoral Carcerária anunciou que deixará de integrar o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura ao final do atual mandato, que se encerra este mês.
Em nota pública, a Pastoral recorda que o Comitê foi idealizado como um instrumento inovador, mas “rapidamente caiu na vala comum das políticas fictícias de ‘participação popular’ na administração pública, que nos últimos anos deu luz a um cem número de conselhos, colegiados e conferências, que continuamente reduzidos em escopo, poder decisório, autonomia, prerrogativas de atuação e estrutura de trabalho, tornaram-se pouco mais do que palcos de disputas de vaidades e discursos inflamados, onde os mesmos atores parecem se revezar (ou sequer se revezam) no exercício de um pequeno poder, com pouco ou nenhum significado para a luta concreta dos excluídos”.
Todavia, a Pastoral Carcerária garante que continuará atenta, “fiscalizando e colaborando com as atividades do Comitê e do Mecanismo sempre que entendermos haver espaço para algum avanço, mas certos de que a melhor contribuição que podemos dar na atual conjuntura é estar junto com o povo preso, seus familiares e os milhares de agentes da Pastoral Carcerária espalhados pelo Brasil”.
Ouça aqui a motivação para a saída da Pastoral Carcerária do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura:
Fonte: Rádio Vaticano