“Oração contra o coronavírus”: um dos termos mais procurados no Google

Um estudo mostra que 68% da população mundial recorreu à fé para enfrentar a adversidade da pandemia

O termo “oração contra o coronavírus” é um dos mais procurados de todos os tempos no Google. É o que mostra uma pesquisa com dados diários das buscas feitas em 95 países na plataforma de pesquisa.

A professora Jeanet Sinding Bentzen, da Universidade de Copenhague é uma das coordenadoras do estudo. Ela descobriu, de fato, que o aumento no número de consultas sobre a “oração contra o coronavírus” era um fenômeno global.

Assim, pode-se dizer que as pesquisas no Google refletem o interesse das pessoas em tempo real. Em março de 2020, quando a OMS declarou a pandemia, as pesquisas pela palavra “oração” registraram o nível mais alto já registrado. Superou as consultas por termos ligados a eventos religiosos importantes, como Natal e Páscoa, por exemplo.

De fato, as buscas aumentaram em todos os cantos do planeta, inclusive no norte da Europa, onde poucas pessoas recorriam à oração antes da existência do vírus. O interesse atingiu, portanto, em todos os continentes e em todas as denominações religiosas.

O aumento maior, entretanto, aconteceu na América do Sul e na África. Como se sabe, essas são algumas das regiões mais religiosas do mundo.

Além disso, o estudo mostrou que o aumento pelo termo “não aconteceu simplesmente como substituo dos serviços das igrejas físicas, que fecharam as portas para evitar a propagação do vírus. O aumento se deve, pois, a uma demanda intensificada pela religião: rezamos para enfrentar a adversidade”. 

Deste modo, conclui-se que momentos difíceis como o que o mundo está atravessando provocam um despertar da consciência. As fortes experiências são capazes de abrir a mente e o coração a Deus,  em busca da paz interior, consolo e explicação. Os resultados, então, revelam que muitas pessoas em todo o mundo rezam e buscam uma relação mais próxima a Deus.

Oração e fé ao redor do mundo

Mais da metade da população mundial fez alguma oração contra o coronavírus. A fé, portanto, atua como um verdadeiro escudo que nos protege em tempos de crise.

A partir da perspectiva cristã, a fé tem como base a vulnerabilidade humana. E ali há uma grande força. Deus, em Cristo, assume o sofrimento, o abandono e a morte. Assim, não há nada que podemos experimentar que não tenha sido experimentado por Ele. Isso é uma força poderosa de consolo que nos une de modo especial com os que mais amamos nos tempos de dor.

Ao mesmo tempo, a fé tem componentes positivos que trazem o bem-estar físico e espiritual. As transmissões ao vivo da missa, meditações e atividades virtuais, por exemplo, fizeram com que a Igreja deixasse de ser apenas uma atividade dominical. Ela passou a ser, então, uma atividade diária para pessoas que antes da pandemia diziam estar muito ocupadas.

O legado das crises

Por outro lado, a evidência demonstra que as crises fortaleceram o papel da religião em todo o mundo de forma permanente. Embora esse aumento tenha sido imediato, indica um resíduo que será transmitido por anos para as futuras gerações, como aconteceu depois da Segunda Guerra Mundial, por exemplo. 

Em suma, a tragédia desperta uma consciência que dá lugar a um sentido mais profundo de Deus. É, sem dúvida, um convite a explorar o mundo interior, a conectar-se consigo mesmo, a tirar proveito de todo o seu potencial, a a ajudar os outros e abraçar a vida com mais esperança. Só o tempo mostrará que isso realmente aconteceu durante a crise da Covid-19.

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