Neste domingo celebram os o 17º desse Tempo Comum, pedindo ao Senhor que nunca falte o pão em nossa mesa e, sobretudo, que nunca nos privemos da Eucaristia, que é o pão da vida que transforma a nossa vida. Que a partir da Eucaristia que comungamos, possamos partilhar com os mais pobres o pão material. Comemoramos também o dia mundial dos idosos e dos avós criado pelo Papa Francisco para o 4º domingo de julho, o mais próximo do dia de São Joaquim e Santana. Para os devotos de São Tiago e que fizeram o caminho em Compostela, neste ano jacobeu, esse domingo também marca um belo momento da experiência de fé.
No Evangelho deste domingo iniciamos o capítulo 6º de São João, inserido neste ano B (São Marcos), para completar os domingos, pois o evangelho deste ano é maios curto. Neste início de Jo 6, Jesus faz o primeiro milagre ou sinal diante do povo. Ele se compadece da multidão que sentia fome e realiza a multiplicação dos pães. Com esse gesto, Jesus quer nos ensinar que podemos repartir o pão com aquele que necessita. Que Deus nos conceda que nunca falte o pão de cada dia em nossa mesa e se temos, ajudemos aqueles que não têm.
O Senhor parte o pão da Palavra para nós e, da mesma forma, parte a Eucaristia. Para podermos entender o sentido da Eucaristia e o significado que ela traz, primeiramente temos que compreender a Palavra. Neste domingo, como dissemos acima, por um desejo do Papa Francisco, celebramos o “Dia Mundial dos Avós e dos Idosos”. Rezemos por todos os avós e idosos que convivem conosco e cuidemos deles. O trabalho da pastoral da pessoa idosa precisa ser ainda mais incrementado.
Deus cuida de cada um de nós e sabe das nossas necessidades e de tudo que precisamos. Hoje, Ele parte o pão para nós e distribui para aqueles que têm fome. Sobretudo, Ele distribui o “pão” da Palavra para aqueles que estão sedentos de Deus. O pão da palavra sacia a nossa sede de justiça e paz.
A Primeira Leitura (2Rs 4,42-44), fala sobre a distribuição e multiplicação de pães. A passagem bíblica nos relata que veio um homem de Baal-Salisa, trazendo em seu alforge para Eliseu, pães do primeiro fruto da terra. Eliseu diz ao servo para que distribuísse ao povo e o servo questiona Eliseu dizendo que era muito pouco para tantas pessoas. Eliseu insistiu com o servo e disse que distribuísse os pães e ainda sobraria, pois Deus providenciaria que sobrasse. E de fato deu e sobrou, conforme a Palavra do Senhor havia orientado. Assim em nossa vida devemos estar atentos ao que o Senhor nos ensina e distribuir o pão da Palavra a quem precisa.
No Salmo Responsorial 144(145), o salmista pede no refrão que o Senhor sacie o seu povo. Mais do que a saciedade de alimento, o que o salmista pede é que Deus sacie o povo de justiça e de paz.
Na Segunda Leitura (Ef 4,1-6) São Paulo exorta à comunidade a suportar uns aos outros com paciência no amor. Há um só Deus e uma só fé que sustenta a todos e essa fé deve nos unir no amor.
No início do capítulo 6º do Evangelho de João (Jo 6,1-15), Jesus se encontra na região de Tiberíades, e uma grande multidão o seguia, pois viam os milagres que ele realizava. A multidão o procurava não por causa de sua pessoa, mas por causa dos milagres que ele realizava. Isso vale para os dias de hoje. Não devemos procurar Jesus somente por causa dos milagres e sinais que ele realiza, mas o devemos procurar por conta daquilo que Ele representa para nós, em todos os momentos da nossa vida.
Jesus sentou-se no monte com os seus discípulos, levantando os olhos observa que uma grande multidão vinha em sua direção. Jesus observa que eles estavam com fome e pergunta a Filipe onde arrumaria pão para que eles pudessem comer. Ao dizer isso, Jesus coloca Filipe à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. Filipe responde que nem duzentas moedas de prata bastariam para comprar pão para tanta gente.
A resposta que Jesus esperava de Filipe era que fosse repartido entre todos o que tinha e Deus providenciaria o alimento, assim como acompanhamos na Primeira Leitura do segundo livro de Reis. André, irmão de Simão Pedro, diz que ali tinha um menino com cinco pães de cevada e dois peixes, e ele diz: “Mas o que é isso para tanta gente?”
O número sete, representado pelos cinco pães de cevada e dois peixes, significam a totalidade ou perfeição, e quer dizer que tudo o que Deus faz é perfeito, e dessa maneira Ele não abandonaria o povo que estava com fome, porque Ele é bom. Deus é bondade e amor.
Naquele local, sentaram-se cerca de cinco mil homens, sem contar as mulheres e crianças. Jesus pegou os pães, deu graças e distribuiu à multidão e fez o mesmo com os peixes. Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos para recolherem os pedaços que sobraram. Eles recolheram e encheram doze cestos com o que sobrou, outro número simbólico. O número doze remete às doze tribos de Israel e aos doze apóstolos, representando assim, a unidade do povo com o seu Criador.
Uma maneira de partilhar é, sobretudo, a oração em favor dos avós e dos idosos como pede o Papa Francisco hoje. Acompanhemos nossos avós e nossos idosos com nossa atenção, carinho e, principalmente, com a nossa oração. “Eu estou contigo todos os dias” é o tema enviado pelo Papa para este dia.
Jesus multiplica os pães no Evangelho deste domingo e com isso nos ensina a partilharmos o alimento com os que precisam, e ainda que Deus nunca vai deixar faltar o alimento na mesa de seus filhos, desde que ajudemos aqueles que necessitam. Neste tempo de pandemia, muitas pessoas estão sofrendo sem ter o que comer, pois perderam seus empregos. Ajude, levando alimento para a sua paróquia, para que ela possa ajudar às famílias carentes. Façamos a nossa parte e Deus nos ajudará.