O semeador da esperança

Pe. Reginaldo Miranda de batina (à direita na foto) andando pela comunidade paulistana Jardim Elba. Pe. Reginaldo Miranda de batina (à direita na foto) andando pela comunidade paulistana Jardim Elba.

Na periferia da cidade de São Paulo, onde a realidade destoa do progresso e desenvolvimento comum da metrópole, está o bairro Jardim Elba. Como em muitas comunidades urbanas, os moradores enfrentam todos os dias problemas com carência de itens básicos, dificuldades com os serviços públicos e o domínio do tráfico de drogas na região.

Mas esses desafios nem de longe abalam a alegria do povo da Paróquia Nossa Senhora das Graças que, agora, com o apoio da Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), têm mais motivos para comemorar. Graças à doação dos benfeitores a reforma da igreja não é mais um sonho da comunidade. As obras, além de garantir um lugar mais apropriado para as celebrações, animam ainda mais os paroquianos e atraem novos fiéis.

É por isso que tem trabalhado padre Reginaldo Miranda, pároco da comunidade há dois anos. Ele conhece bem a realidade dos moradores pois, de batina, ele passeia sempre pelas ruas do bairro, a pé ou de transporte público, desde que vendeu o carro da paróquia para ajudar nos gastos da obra, abençoando as casas e comércios locais.

Padre Reginaldo sempre sonhou com a vocação ao sacerdócio, inclusive brincando na infância de “rezar missa” com seus primos. Anos depois resolveu atender a esse chamado. Foi para a África onde viveu uma experiência missionária, fez Filosofia em Toulouse, na França e se ordenou padre diocesano em São Paulo.

Além da reforma da igreja, o padre pretende chamar atenção da comunidade para uma participação mais ativa promovendo encontros, festas da padroeira e até cinema com a juventude. Ele vê que seu maior desafio é semear a esperança no coração das pessoas que, desanimadas com a pobreza e violência, não criam expectativas de uma vida melhor.

Antigo doador da ACN, padre Reginaldo agora é que agradece a generosidade dos benfeitores. Ele diz ter percebido que, após a doação da ACN para o início das obras, os paroquianos se animaram e colocaram também suas forças, trabalhando e doando. Por fim, reconhece que os benfeitores são como “as viúvas do Evangelho” pois, mesmo tendo pouco, oferecem tudo às obras de Deus.

 

Fonte: ACN

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