O Papa Francisco quer a Igreja de Cristo

    Frei Beto, com vocabulário libertário, faz uma proposta anacrônica e nada evangélica. Pior ainda, pois diz estar em sintonia com o Papa Francisco, o que não se constata ao analisarmos suas premissas.
    É anacronismo para a Igreja de Francisco – que insiste no diálogo, no encontro, na comunhão e na misericórdia -alimentar uma visão ideológica do leigo em oposição ao Clero, propor à Igreja o namoro com o socialismo para livrá-la do capitalismo, propugnar pela anomia canônica, anular a criatividade da graça opondo sacramento e luta contra as injustiças, romper com a unidade ao aceitar Francisco por conveniência e rejeitar Bento XVI e João Paulo II, separar profano e sagrado como se o Reino fosse somente construção da “cidade terrena”, pensar liturgia e vida como realidades desencontradas , identificar a moral da Igreja com moralismos, desmerecer  o martírio de tantos homens e mulheres da Igreja que não cederam a privilégios estatais e ideologias, apresentar-se como “dono da verdade”. Suas palavras denotam conhecimento e não sabedoria!
    Definitivamente, não há nada mais anacrônico que propor o “nós” sem o “eu” (socialismo) para debelar o “eu” sem o “nós” (Capitalismo).
    Diante desses falsos profetas e sabichões, eu fico com o profetismo testemunhal dos verdadeiros homens de Igreja como Hélder Câmara: “nem pobres, nem ricos: mas irmãos! Nem socialismo, nem capitalismo: mas o Evangelho!
    Frei Beto, acorde desse sonho eclesial idílico e livre-se dessa visão maniqueísta de Igreja e de mundo divididos entre o bem e o mal.
    O Papa Francisco tanto trabalha para a unidade, a comunhão, o encontro, não seja você escândalo promovendo desunião e sectarismos na Igreja católica.
    “Ecce quam bonum et quam jucundum habitare fratres in unum (Sl 132).

    + Darci Jose, CSsR
    Arcebispo de Diamantina MG

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