O início do diálogo com os anglicanos

Completa cinquenta e cinco anos, o diálogo católico-anglicano. Em 2 de dezembro de 1960, antes mesmo do início do Concílio, realizou-se o encontro no Vaticano entre o Papa João XXIII e o primaz da Comunhão Anglicana, Geoffrey Francis Fisher. Uma visita de cortesia estritamente privada – como evidenciado por Francesco Gagliano no “Sismógrafo” – “que teve um impacto mundial, assumindo, assim, o caráter de um evento histórico”.

Afinal, eram cerca de 500 anos que um arcebispo de Cantuária não colocava os pés no Vaticano e era desde 1558 que, entre a Igreja Católica e a Igreja da Inglaterra não existiam mais relações diretas, depois que, em 1534, tinha se consumada definitivamente a ruptura devido aos complexos eventos do casamento de Henrique VIII.

Após aquele primeiro sinal de degelo passaram-se cerca de seis anos antes que, Concílio concluído, o novo arcebispo de Cantuária, Arthur Michael Ramsey, pudesse encontrar, desta vez oficialmente, Paulo VI, no Vaticano. Era o dia 23 de março de 1966.

“Vemos finalmente – afirmou naquela ocasião Papa Montini – o valor propriamente espiritual e religioso da nossa mútua busca de uma comum profissão de fé em Cristo e de uma antiga e nova oração, que harmonize os corações e as vozes para celebrar a grandeza de Deus e do seu desígnio de salvação em Cristo para toda a humanidade”.

No dia seguinte, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, foi assinada uma “declaração conjunta” que sancionava, também oficialmente, o início de um diálogo que hoje continua entre o Papa Francisco e o Primaz Justin Welby.

Fonte: Rádio Vaticano

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