Patrimônio: Edição especial da revista Invenire dá a conhecer brilho das iluminuras em Portugal

Publicação do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja acolhida com grande entusiasmo

O Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja (SNBCI) decidiu lançar anualmente um número especial da revista ‘Invenire’, para “especializar” os conteúdos da publicação, e começou pelas iluminuras em Portugal.

“O primeiro número especial é dedicado a um conjunto de estudos sobre manuscritos iluminados em Portugal, uma área de investigação no nosso país que tem vindo a ser bastante desenvolvida nos últimos anos”, explicou Sandra Costa Saldanha, diretora do SNBCI e da publicação, em declarações à Agência ECCLESIA.

Na apresentação da primeira edição especial, no Mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa, a responsável observou que a iluminura é um tema “muito interessante e fascinante” pela sua qualidade e beleza, tendo conseguido aliar “naturalmente, a qualidade e um leque excelente de investigadores”.

Neste contexto, Sandra Costa Saldanha assinala ainda a recepção positiva da edição «Fiat Lux: Estudos sobre manuscritos iluminados em Portugal», que “ao fim de um mês se encontra esgotada”.

A revista conta com uma coordenação científica e uma comissão científica especializada para “avaliar e avalizar a qualidade” desses conteúdos, informou a diretora do SNBCI.

Fernanda Maria Guedes de Campos, coordenadora do número especial começa por explicar que iluminura é “tudo que é a pintura que consta nos livros ou nos documentos manuscritos da Idade Média”, uma arte de pintar em consonância com a expressão – “uma imagem vale mais do que mil palavras” – que na época tinha o mesmo sentido, “explicar um texto que podia ser mais ou menos difícil para as pessoas”.

À Agência ECCLESIA, contextualizou que “as catedrais podem ter sido pintadas” mas atualmente “só se distingue a escultura” e estes manuscritos “conservam a cor”.

A coordenadora da edição especial considera que “faltava” uma obra que levasse esta pintura aos leitores, tanto ao conhecedor, porque “são artigos de muita qualidade”, como a quem não conhece, porque “fica a conhecer”.

Henrique Leitão, físico e vencedor do Premio Pessoa 2014, apresentou a nova revista e comentou que a ideia é levar ao “grande público” um tema no qual há um conjunto de especialistas portugueses “a fazer trabalho do mais alto nível”.

“Os artigos são alguns deles de grandíssima qualidade mas ao mesmo tempo tem de ser um tema que seja visualmente, esteticamente, muito apelativo, que também é o caso”, observou.

Os 14 artigos abrangem cronologicamente do século XII ao XVI, e houve dos autores e da comissão científica a “preocupação” de não fazer um “número hermético do ponto de vista acadêmico e científico”.

“Do ponto de vista científico informações o mais rigorosas possível sempre com a ideia que estávamos a trabalhar para o público em geral. A vertente pedagógica dos textos tinha de estar presente”, explicou Catarina Barreira.

Para 2016, o SNBCI vai apresentar as Catedrais Portuguesas, num número cujo alinhamento está “em fase de conclusão”, adiantou Sandra Costa Saldanha.

Fonte: Agência ECCLESIA

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