Voltar a aprender a fé, reconvertemo-nos a uma fé profunda e educarmo-nos na fé. Adulta e madura é antes uma fé profundamente enraizadas na amizade com Cristo. Para essa fé devemos guiar o rebanho de Cristo, afirma o Papa Bento XVI (1).
O Papa Bento XVI inaugurará o Ano da Fé no próximo dia 11 de Outubro, cinqüentenário do início do Concílio Vaticano II, com uma celebração na presença dos padres sinodais empenhados na XIII assembléia geral de 07 a 28 de Outubro sobre o tema A Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã, informa o arcebispo Dom Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a promoção da Nova Evangelização.
Já existem experiências de nova evangelização em várias partes do mundo. O tempo passa, mas o entusiasmo que está a contagiar numerosas Igrejas espalhadas no mundo obriga-nos a olhar para o próximo ano com o objetivo de uma preparação verdadeiramente adequada ao alcance do acontecimento. Porque antes de qualquer iniciativa deve haver a consciência do povo de Deus de vivificar a própria fé, de compreender e experimentar melhor o encontro com Jesus, a fim de viver cada vez mais com o desejo de conhecer a fundo os conteúdos do cristianismo, disse Dom Rino Fisichella (2).
NOVA EVANGELIZAÇÃO
De 07 a 28 de Outubro de 2012 será realizada a XII assembléia geral ordinária do Sínodo dos Bispos sobre o tema; A Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã. Coincidirão com os trabalhos sinodais alguns eventos eclesiais, como o 50º aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica e o início do Ano da Fé, que o Santo Padre Bento XVI proclamou com a carta apostólica em forma de motu próprio Porta fidei. O arcebispo secretário-geral do Sínodo dos Bispos, Dom Nikola Eterovié iniciou com esta menção os trabalhos da sexta reunião do XII conselho ordinário da secretaria geral, realizada nos dias 22 e 23 de novembro. Participaram como convidados, nas respectivas funções de relator-geral e secretário especial da assembléia, o cardeal arcebispo de Washington, Dom Donald William Wuerl, o arcebispo de Montpellier Dom Pirre Marie Carré, e também o arcebispo Dom Rino Salvatore Fesichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.
O secretário-geral exortou à reflexão sobre a nova evangelização, como está delineada na exortação apostólica Evangelii nuntiandi e nos documentos do Concílio Vaticano II.
Procurou-se dar uma descrição adequada à expressão Nova Evangelização, evidenciando a necessidade de fundamentar sobre bases bíblicas e teológicas. A nova evangelização, dirigida às pessoas que já não seguem a prática cristã, diz respeito a toda Igreja, embora de modos diversos segundo as regiões. A Igreja procura responder às mudanças constantes que se verificam na comunidade humana no processo de globalização, num clima cultural e moral de secularização e agnosticismo. Face a estes desafios há a exigência de linguagens novas e meios renovados e, sobretudo, de testemunhas críveis para que a fé seja transmitida às jovens gerações nos novos contextos sociais, onde as comunidades naturais e tradicionais, como a família e a escola, voltem a assumir com particular urgência o seu compromisso educativo para a fé. A Igreja confia nestas cooperações para que a sua missão de evangelização conheça novos métodos e êxitos.
À Igreja abre-se o caminho para esta nova atitude missionário que deseja alcançar não só os batizados que abandonaram a profissão e a prática da fé, os não-crentes, os agnósticos, mas também os fiéis de outras religiões, num diálogo que torne possível o encontro ao redor de razões que descubram e expliquem o viver humano e a profissão da fé. (3).
O site Registro Nacional de Igrejas Evangélicas contabiliza 34.575 delas no Brasil (4).
Segundo o pesquisador Padre Oscar Quevedo, SJ, existem, só no Brasil, mais de 56 mil seitas e religiões.
Diante do pluralismo de ordem cultural e religiosa, diz o Documento de Aparecida: Muitos católicos se encontram desorientados frente a essa mudança cultural, n.480.
Realmente, é urgente o ensino da nossa fé católica com profundidade e contínua. Colocar todo esforço em prol da riqueza doutrinária da nossa fé para fundamentar o nosso povo em Cristo e na Igreja e também pela salvação das almas.
CONCLUSÃO
São Pedro Apóstolo exorta: Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo (2 Pd 3, 18).
No crescimento da graça temos as fortalezas para anunciar a Boa Nova e no conhecimento de Jesus Cristo o fundamento da nossa santíssima fé.
Graças à fé em seu nome, este homem que contemplais e a quem conheceis, foi o Seu nome que o revigorou; e a fé que nos vem por Ele (Jesus) é que deu a este homem a sua perfeita saúde diante de todos vós (At 3,16). A nossa fé não se apóia em sabedoria humana, mas em Cristo e no poder de Deus (1 Cor 2,5).
Sem Cristo, nada podemos e jamais teremos a salvação (Jo 15,5).
Fonte: Pe. Inácio José do Vale
Local:Volta Redonda