Leigos missionários são convocados para a Missão na Amazônia

O Conselho Missionário Regional (Comire) do Estado de São Paulo, em sintonia com o Projeto Regional Sul 1 – Norte 1 da CNBB e apoiado pelo Centro Missionário de São Paulo enviou, Helena Pereira de Lima e Antônio Belchior, para uma visita à cidade de Tefé (AM) com o objetivo de descobrir formas de ajudar aquela prelazia.

A visita dos missionários leigos aconteceu no mês de novembro e proporcionou uma experiência riquíssima em contato com as comunidades ribeirinhas da região.

Na chegada a Manaus os missionários foram acolhidos pelos padres combonianos italianos, Valter Borghesi e Fausto Beretta, e padre Bruno Nzigiye, natural de Uganda, que lhes descreveram a realidade da paróquia e das comunidades. No dia seguinte já na cidade de Tefé foram acolhidos pelo padre Valdemar Aparecido enviado pelo Projeto Sul 1 – Norte1 da CNBB, missionário há oito anos na prelazia.

Tefé é um município no interior do estado do Amazonas, distante 523 km da capital Manaus, e 2.304 km de Brasília (DF). A área do município, nos primórdios era habitada pelos povos indígenas, em especial pelos Tupebas ou Tapibas que deu origem ao nome Tefé. Devido às condições geográficas há apenas duas maneiras para se chegar à cidade, de barco ou de avião. Na cidade os missionários se deslocam de moto-taxi, meio de transporte comum no local. Tefé parece uma cidade como tantas outras do nosso Brasil, mas aos poucos, vai se descobrindo as grandes dificuldades que ela concentra pelas desigualdades sociais.
De Tefé os Helena e Belchior rumaram para Uarini, município distante duas horas de barco. O local é conhecido pela farinha em sua qualidade e quantidade. A paróquia Divino Espírito Santo que pertence à prelazia de Tefé, conta com 32 comunidades ribeirinhas e são assistidas pelo padre Sidiomar Patrício Nunes. Segundo dados do IBGE a população de Uarini soma mais de 12 mil habitantes, sendo que oito mil estão concentrados no vilarejo e os demais espalhados nas pequenas comunidades ribeirinhas.

Segundo Belchior, “a presença do leigo é fundamental na vida das comunidades ribeirinhas onde os padres têm muita dificuldade de chegar tanto pela distância como pelos custos das viagens. Em muitas localidades a visita dos padres acontece uma vez por ano. Por exemplo, para se chegar à cidade Itamarati, que ainda está dentro da prelazia, é preciso uma semana de barco”.

Helena explica que, “a participação dos leigos enviados pelo Projeto cumpre o papel de marcar presença nas comunidades, enquanto o padre está ausente, evitando a proliferação de ‘seitas’ e ajudando na formação das lideranças locais para assumirem os trabalhos pastorais e a realização da Celebração da Palavra. Nessa região essas lideranças são chamadas de catequistas”.

O papa Francisco, nos convida: “…Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo (…) prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas a uma Igreja enferma pelo fechamento e comodidade de agarrar as próprias seguranças” (EG 49). E diz mais: “Convido a todos a serem ousados e criativos nesta tarefa de repensar os objetivos, as estruturas, o estilo e os métodos evangelizadores das respectivas comunidades” (EG 33).

A prelazia de Tefé, em suas comunidades ribeirinhas, pede socorro, por isso os cristãos que desejam ajudar no Projeto Sul 1 – Norte 1 e que tenham disponibilidade e vocação para atender ao chamado missionário devem buscar formação missionária. O Centro Cultural Missionário (CCM) de Brasília (DF), organismo vinculado à CNBB, em parceria com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e a Comissão Episcopal para Amazônia, oferece cursos com enfoque na Amazônia, para leigos e leigas, religiosos e religiosas, diáconos e presbíteros.

Mais informações sobre cursos: www.ccm.org.br

Comunicação Comire, Regional Sul 1.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa