Celebramos o 4º do Tempo Comum e aos poucos vamos acompanhando Jesus em seu início de vida pública, anunciando o Reino de Deus e escolhendo os seus colaboradores nessa missão. Hoje nós somos convidados a ser os colaboradores de Jesus na missão de anunciar o Reino de Deus no ambiente em que vivemos.
Que nessa liturgia de hoje possamos deixar Jesus nos curar de tudo aquilo que nos paralisa e nos impede de servi-lo verdadeiramente. Que não deixemos os “espíritos maus” nos guiarem por outros caminhos, mas que o Espírito Santo de Deus nos guie pelo caminho do bem e da verdade, do amor e da justiça, que advém por meio de Jesus Cristo. Como diz o apóstolo Paulo: “não ouçamos as vozes da carne, mas sim, a voz do Espírito Santo”.
Em breve iniciaremos o tempo da Quaresma: que o Tempo Comum que estamos celebrando no momento nos prepare espiritualmente para esse tempo que em breve iniciaremos. Rezemos ainda nessa Eucaristia para que todos tenham saúde e logo a vacina que imuniza do corona vírus chegue a toda população. Agradeçamos, ainda, a Deus por ter-nos dado a graça de chegarmos ao final do primeiro mês desse ano e que continue sendo um ano abençoado por Ele.
Na Primeira Leitura (Dt 18,15-20), Moisés já ao final de sua vida fala a todo o povo de Israel dizendo que Deus fará surgir no meio daquele povo um profeta como ele. Foi atendida as preces do próprio Moisés enquanto conversava com Deus no monte Horeb. O profeta que Deus suscitará ao povo deverá falar tudo o que ouviu de Deus e não deve falar nada por si próprio e nem de outros deuses.
Nós hoje somos chamados a ser profetas de Deus, assumindo o compromisso que recebemos com o nosso batismo. Anunciando a justiça e a verdade e denunciando as injustiças e as mentiras. Essa é a função do profeta, e a exemplo de Moisés e dos profetas que conhecemos da Bíblia, somos chamados a sermos profetas nos tempos de hoje.
O Salmo responsorial 94(95), nos suscita a não fecharmos os nossos ouvidos e não endurecermos o coração a vontade de Deus, mas fazer tudo aquilo que ele quer de nós. As vezes queremos fazer a nossa vontade e muitas vezes a nossa vontade não é a mesma de Deus.
A Segunda Leitura (1Cor 7,32-35), é a continuidade do que estamos acompanhando há alguns domingos. São Paulo alerta aos que são casados, tanto homens como mulheres que não deixem de dedicar tempo ao Senhor. Devem viver de maneira equilibrada, procurando agradar os seus esposos e procurando agradar a Deus.
No Evangelho (Mc 1,21-28), Marcos narra que Jesus estava em Cafarnaum em um dia de Sábado e entra na sinagoga para rezar e ensinar. Eis, que dentro da sinagoga havia um homem possuído por um espírito mau. O espírito mau enfrenta Jesus, mas Jesus intima o espírito mau para calar-se e deixar o homem. O espírito mau sacode o homem com violência e sai dele e todos na sinagoga ficam muito espantados e começam a conversar entre si, procurando entender o que havia acontecido. A fama de Jesus se espalha por toda a parte e em toda região da galileia.
Observamos nesse Evangelho de hoje um dos primeiros milagres realizados por Jesus relatado no Evangelho de Marcos. A cura que Jesus faz expulsando o espírito mau desse homem, Ele quer fazer conosco também, expulsando de nós tudo aquilo que nos impede de servi-lo. Muitas vezes a doença de que estamos acometidos não é uma doença física, mas sim espiritual, uma doença de falta de fé.
Ao realizar as curas, Jesus não buscava fama, ele queria fazer tudo discretamente, Ele não queria que as pessoas o procurassem por causa dos milagres que realizava. Participemos com alegria da missa desse 4º Domingo do Tempo Comum e peçamos a Jesus que nos cure de todos os males e tire de nós todos os espíritos que nos impedem de servi-lo e amá-lo como devemos. Que Ele aumente sempre a nossa fé e o busquemos sempre, não somente quando necessitamos. Continuemos o nosso caminho de fé com alegria e que nós e nossa família possa servir sempre ao Senhor.
