Jesus morre para nos salvar e dar a vida eterna!

    Queridos irmãos e irmãs em Cristo,

    Neste sagrado momento da liturgia da Sexta-feira Santa, somos chamados a mergulhar profundamente na contemplação da Paixão do Senhor Jesus Cristo. Como nos ensina o apóstolo Paulo em Filipenses 2,8: “Ele se humilhou a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.”

    À medida que nos reunimos para refletir sobre os eventos que culminaram na crucificação de Jesus, somos confrontados com a realidade do pecado e a necessidade da redenção. Recordamos as palavras do próprio Senhor Jesus na Última Ceia, quando instituiu a Eucaristia, dizendo em Lucas 22,19-20: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós.”

    Na liturgia das 15h de sexta-feira, acompanhamos Jesus até o Calvário, onde Ele carregou a Cruz e foi crucificado por amor a nós. Lembramos as palavras do profeta Isaías, que profetizou sobre o sofrimento do Servo Sofredor, em Isaías 53,5: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”

    É essencial que não apenas observemos passivamente esses eventos, mas que os internalizemos e os vivamos em nossas próprias vidas. Como nos lembra o apóstolo Paulo em Gálatas 2,20: “Fui crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”

    À medida que contemplamos a Paixão do Senhor, somos também convidados a contemplar a esperança que ela nos traz. Recordamos as palavras de Jesus ao bom ladrão na cruz, em Lucas 23,43: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” A morte de Jesus não é o fim, mas sim o início da nossa redenção. Como nos ensina o apóstolo Pedro em 1 Pedro 2,24: “Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que morrendo para os pecados, pudéssemos viver para a justiça.”

    Que nesta liturgia da Sexta-feira Santa, possamos abrir nossos corações à graça de Deus e permitir que sua luz brilhe em nossas vidas. Que possamos encontrar conforto e esperança na cruz de Cristo, sabendo que através do seu sacrifício fomos reconciliados com o Pai e temos a promessa da vida eterna. Que possamos sair renovados e fortalecidos em nossa fé, prontos para seguir Jesus até o fim. Amém.

    +Anuar Battisti
    Arcebispo Emérito de Maringá (PR)

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