Jesus Cristo existiu mesmo?

    Uma edição da “Enciclopédia Britânica” usa 20.000 palavras para descrever a pessoa de Jesus. Essa descrição ocupa mais espaço que a de Aristóteles, Cícero, Alexandre, Júlio César, Buda, Confúcio, Maomé ou Napoleão Bonaparte.

    Ele não era rico, não tinha doutorado, nem tinha influência política. Também não tinha um palácio para morar. Mas o que ele ensinou influencia a vida de milhões de pessoas. Será que Jesus Cristo realmente existiu? O que historiadores e pessoas de destaque, no passado e no presente, disseram sobre a existência de Jesus?

    Michael Grant, historiador americano e especialista no estudo de civilizações antigas, escreveu: “Devemos usar para o Novo Testamento o mesmo critério que usamos para outros escritos antigos que contêm informações históricas. Se fizermos isso, teremos de aceitar que Jesus realmente existiu. Se rejeitamos a existência de Jesus, então podemos rejeitar também a existência de vários personagens históricos pagãos que ninguém duvida que existiram”.

    Rudolf  Bultmann, teólogo alemão e professor universitário de estudos do Novo Testamento, declarou: “A dúvida quanto à existência de Jesus não tem base nem merece ser contestada. Ninguém em sã consciência pode duvidar que Jesus foi o fundador [do cristianismo].”

    Will Durant, historiador, escritor e filósofo americano, escreveu: “Seria um milagre ainda mais incrível [do que qualquer milagre registrado nos Evangelhos] que apenas em uma geração uns tantos homens simples . . . inventassem uma personalidade tão poderosa e atraente como a de Jesus, uma moral tão elevada e uma tão inspiradora ideia da fraternidade humana.”

    Albert Einstein, físico alemão, disse: “Sou judeu, mas fico encantado com a figura luminosa do Nazareno.” Numa ocasião, perguntaram a ele se acreditava que Jesus tinha existido de verdade. Ele respondeu: “Sem dúvida! Ninguém consegue ler o Evangelho sem sentir a presença real de Jesus. A personalidade dele pulsa em cada palavra. Nenhum mito tem tanta vida assim.” “Ninguém consegue ler o Evangelho sem sentir a presença real de Jesus”, afirmou Einstein.

    O QUE A HISTÓRIA REVELA
    O registro mais detalhado da vida e do ministério de Jesus está nos quatro livros bíblicos conhecidos como Evangelhos, que foram escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João. Mas várias outras obras antigas e não cristãs citam o nome de Jesus.

    TÁCITO (cerca de  56-120 d.C.). Tácito é considerado um dos maiores historiadores romanos da Antiguidade. Uma de suas obras trata do Império Romano durante os anos 14 a 68. (Jesus morreu no ano 33.) Tácito escreveu que o imperador Nero foi acusado de causar um incêndio que devastou Roma no ano 64. Depois de dizer que Nero pôs a culpa nos cristãos, Tácito escreveu: “O autor do… nome [“cristãos”] foi Cristo, que no governo de Tibério foi condenado ao último suplício pelo procurador Pôncio Pilatos.” (Anais, XV.)

    SUETÔNIO (cerca de 69–depois de 122 d.C.). Esse historiador romano registrou eventos que ocorreram durante os governos de vários imperadores romanos. Ao falar do imperador Cláudio, Suetônio mencionou conflitos que ocorreram entre os judeus em Roma, provavelmente causados por discussões a respeito de Jesus. (Atos 18:2) Ele escreveu que os judeus que causavam tumultos “por incitamento de Cresto [Cristo, nota], foram expulsos de Roma por ele [Cláudio]”. (A Vida dos Doze Césares, Editora Martin Claret: 2005, p. 263.) Suetônio estava errado ao afirmar que Jesus estava provocando tumultos, mas ele não negou que Jesus existia.

    PLÍNIO, O MOÇO (cerca de 61-113 d.C.). Esse escritor romano foi também governador da Bitínia (atual Turquia). Na época, ele escreveu ao imperador Trajano sobre como estava tratando os cristãos na Bitínia. Plínio disse que tentava forçar os cristãos a renunciar sua fé e que executava os que não fizessem isso. Ele escreveu: “Decidi libertar os que… repetiram comigo uma invocação aos deuses [pagãos] e adoraram… sua imagem [isto é, do imperador], … e que, por fim, amaldiçoaram Cristo.” (Cartas de Plínio,  Livro X, XCVI.)

    FLÁVIO JOSEFO (cerca de 37-100 d.C.). Em uma de suas obras, esse sacerdote judeu e historiador falou sobre Ananias, um sumo sacerdote judaico com muita influência política. Flávio Josefo escreveu que Ananias reuniu “um conselho, diante do qual fez comparecer Tiago, irmão de Jesus, chamado Cristo”. (Antiguidades Judaicas, Livro XX.)

    O TALMUDE, Essa coleção de escritos religiosos judaicos foi produzida entre os anos 200 e 500. Ela deixa claro que até os inimigos de Jesus acreditavam na sua existência. Um trecho do Talmude diz que na “Páscoa Yeshu [Jesus], o Nazareno, foi pendurado”. A história confirma essa informação. (Talmude Babilônico, Sinédrio 43a, Códice de Munique; veja Jo 19,14-16). Outra passagem diz: “Que nenhum de nossos filhos ou alunos se envergonhe em público como o Nazareno.” (Talmude Babilônico, Berakoth 17b, nota, Códice de Munique). “Nazareno” era um título dado a Jesus. — Lc 18, 37.
    O QUE A BÍBLIA REVELA
    “Em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence à glória e o poder para todo o sempre. Amém” (1 Pd 4, 11).
    Os Evangelhos contêm um relato bem abrangente da vida e do ministério de Jesus. Os nomes de pessoas, lugares e períodos específicos mostram que esses relatos são história real. Um exemplo disso está em (Lc 3,1. 2). Esse texto nos ajuda, a saber, a data exata em que João Batista, que anunciou a chegada de Cristo, começou a sua obra.

    “Toda a Escritura é inspirada por Deus.” (2 Tm 3,16)
    Lucas escreveu: “No décimo quinto ano do reinado de Tibério César — quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia, Herodes era governador distrital da Galileia, seu irmão Filipe era governador distrital da região da Itureia e de Traconites, e Lisânias era governador distrital de Abilene —, nos dias do principal sacerdote Anás, e de Caifás, a declaração de Deus chegou a João, filho de Zacarias, no deserto.” Essas informações detalhadas e historicamente corretas nos ajudam, a saber, que “a declaração de Deus chegou a João” no ano 29.
    As sete pessoas que Lucas citou por nome são bem conhecidas pelos historiadores. Mas nem sempre foi assim. Por um tempo, alguns críticos afirmaram precipitadamente que Pôncio Pilatos e Lisânias não existiram. Só que mais tarde foram descobertas inscrições antigas com o nome desses dois governantes. Assim, ficou claro que Lucas estava certo o tempo todo.

    POR QUE SABER DISSO É IMPORTANTE

    Os ensinos de Jesus são importantes. Por isso, vale a pena saber se ele existiu mesmo. Por exemplo, Jesus ensinou como ser feliz e ter objetivo na vida. * Também falou de um tempo em que os humanos vão viver em paz, segurança e união, debaixo de um único governo: o “Reino de Deus”. (Lc 4,43).
    O termo “Reino de Deus” indica que Deus vai usar esse governo para exercer sua soberania, ou autoridade, em toda a Terra. (Ap 11,15) Jesus deixou isso claro quando fez a oração-modelo: “Pai nosso, que estás nos céus, . . . venha o teu reino. Seja feita a tua vontade . . . na terra.” (Mt 6,9. 10).
    A humanidade já fez progressos incríveis na área da ciência, da educação e da tecnologia. Mesmo assim, milhões de pessoas não sabem o que esperar do futuro. Somos afetados por crises políticas e econômicas, escravidão  religiosa, guerras, terrorismo, tráfico de drogas e de pessoas, ambição e corrupção. Não há dúvidas: o governo do homem é um fracasso!  (Ecl 8, 9).
    Assim, a existência de Jesus é um assunto que merece todo o nosso conhecimento e uma profunda busca da sua sabedoria. A Bíblia diz em (2 Cor 1, 19. 20): “Não importa quantas sejam as promessas de Deus, elas se tornaram ‘sim’ por meio dele [Cristo].”  São João Apóstolo escreveu: “Sem Jesus nada podemos fazer” (Jo 15,5).

    10 evidências da existência de Jesus Cristo

    “Por trinta e cinco anos eu fui, no pleno sentido da palavra, niilista, um homem que não acreditava em nada. Comecei a ter fé cinco anos atrás. Acreditei na doutrina de Jesus Cristo e toda minha vida passou por uma transformação repentina.”,  afirmou o conde Leo Tolstoi, romancista e filósofo russo.

    Muitas pessoas, principalmente, os ateus tem diversas dúvidas da existência de Jesus Cristo, pois alegam que tudo não se passa de histórias criadas pela Igreja para fazer com que a população creia em uma determinada coisa. Um exemplo disso é Hildeberto Aquino que em uma matéria da Revista Época escreveu que “Jesus é a maior ilusão da humanidade…”.
    Porém, existem diversos estudos e trabalhos que comprovam a existência na Terra de Jesus Cristo e várias evidências são apontadas, as quais passamos a listar a partir de agora.

    1. A Bíblia Sagrada

    A Bíblia Sagrada é a principal evidência de Jesus Cristo na Terra e embora para muitos ela seja “O Livro Sagrado”, na realidade é um livro histórico que conta vários momentos marcantes da população da Palestina, do Egito, da Assíria, do Império Romano e, claro, de Jesus Cristo tem o cunho da verdade.

    2. Obra Antiguidades Judaicas

    O historiador judeu Flávio Josefo viveu na época de Jesus Cristo e em sua obra “Antiguidades Judaicas“, mais precisamente no capítulo terceiro do volume XVIII diz:
    “… entretanto existia, naquele tempo, um certo Jesus, homem sábio… Era fazedor de milagres… ensinava de tal maneira que os homens o escutavam com prazer… Era o Cristo, e quando Pilatos o condenou a ser crucificado, esses que o amavam não o abandonaram e ele lhes apareceu no terceiro dia…”.
    Este é um relato da época, escrito por um Judeu que viveu a existência de Jesus Cristo.

    3. Anais de Públio Cornélio Tácito

    Tácito era um convicto pagão romano (56 d.C. – 120 d.C.) e foi considerado um dos maiores historiadores da Antiguidade. Em seus Anais (parte XV), escreveu:

    “… Nero infligiu às torturas mais refinadas a esses homens que sob o nome comum de cristãos, eram já marcados pela merecida das infâmias. O nome deles se originava de Cristo, que sob o reinado de Tibério, havia sofrido a pena de morte por um decreto do procurador Pôncio Pilatos…”.

    4. Carta de Plínio

    Plínio (62 d.C. – 114 d.C.) foi um procônsul em Jerusalém e ao escrever uma carta ao imperador Trajano relatou que
    “… maldizer Cristo, um verdadeiro Cristão não o fará jamais… cantam (os cristãos) hinos a Cristo, como a um Deus…”.

    5. Obra Vitae Duodecim Caesarum (Os dozes césares)

    O historiador romano Suetônio (70 d.C. – 130 d.C.) escreveu em um trecho do livro quinto da obra “Os doze césares”, mais precisamente no capítulo XXV no qual evoca o imperador Tibério:
    “… expulsou de Roma os judeus, que instigados por um tal Chrestus (Cristo), provocavam frequentes tumultos…”.

    6. Urna de Tiago

    A primeira prova arqueológica da existência de Jesus Cristo é uma urna de calcário que era usada à época para depositar os ossos na cidade de Jerusalém. O ossuário data de aproximadamente 63 d.C., e nele está escrito “Tiago, filho de José, irmão de Jesus”. Para estudiosos no assunto, o ossuário trata realmente de Tiago que era o irmão de Jesus Cristo.

    7. Pergaminhos Sagrados

    Outro grande achado da arqueologia e que trata sobre a existência de Jesus Cristo na Terra, são os Pergaminhos do Mar Morto que foram encontrados em Israel, na década de 1940. Os pergaminhos e papiros encontrados foram datados através da técnica de carbono-14 e confirmaram que se trata da época de Jesus Cristo (150 a.C. – 70 d.C.) e referem em vários pontos a um “mestre da justiça”.

    8. Obra de Luciano de Samosata

    Luciano de Samosata foi um escritor grego que escreveu, apesar de não ser cristão, durante toda a sua vida (segundo século) que Jesus Cristo era adorado pelos povos cristãos, pois teria introduzido diversos novos ensinamentos e que foi por eles mesmos crucificado. Luciano de Samosata diz ainda em seus escritos que entre os principais ensinamentos de Jesus Cristo estavam a fraternidade, a importância da conversão e que todos deveriam negar outros deuses a não ser o seu pai. Ele ainda fala que os cristãos viviam sob as leis de Jesus, acreditam ser imortais e desdenhavam da morte.

    9. Escritos Gnósticos

    O Evangelho da Verdade, O Apócrifo de João, O Evangelho de Tomé, O Tratado da Ressurreição, entre outros são considerados os escritos gnósticos e todos eles mencionam a existência de Jesus Cristo na Terra.

    10. Mara Bar-Serapião

    Mara Bar-Serapião foi um escritor sírio e ficou conhecido por ter fornecida uma das maiores referências não judaica e não cristã sobre a existência de Jesus Cristo quando escreveu uma carta 40 anos depois da crucificação (73 d.C.) onde encoraja seu filho a adquirir conhecimento. Nesta carta ele usa diversos exemplos como, os filósofos Sócrates e Pitágoras, além de um “rei sábio” que havia sido executado pelos judeus.

    CHARLES DE FOUCAULD

    “Jesus só merece ser amado apaixonadamente. Quando se ama, imita-se”, exclama Charles de Foucauld.
    Escreve o renomado escritor francês, teólogo e fundador dos Irmãozinhos de Jesus René Voillaume : “O Padre Charles de Foucauld, por sua parte, sempre concebeu a sua vida religiosa consagrada como uma participação da forma de vida de Cristo (…)”. Ele deixa tudo para entrar na vida monástica, porque não pode con¬ceber o amor sem uma imperiosa necessidade de viver unicamente para Aquele que ama, de imi¬tá-lo em tudo e de partilhar a sua condição de vida. A regra de vida do irmão Charles pode resumir-se na sua decisão de imitar Jesus tal como o Evangelho lho revela. (Mensagem extraída do livro “Sentinelas de Deus na Cidade”, de René Voillaume. São Paulo: Ed. Paulinas, 1976).
    Charles de Foucauld nasceu no dia  15 de Setembro de 1858 em Estrasburgo, França, e morreu no dia 1  de Dezembro de 1916 no Saara da Argélia, em Tamanrasset.
    A vida e os ensinamentos do ex-monge trapista, padre diocesano, missionário e eremita do no deserto do Saara Charles de Foucauld são respostas e propostas abissais para uma caminhada profunda consigo mesmo, com Deus, com o próximo e contra tantas boçalidades e superficialidades da era pós-moderna. Sua experiência espiritual é algo tremendamente impactante, por isso ela tem atitude forte e grandiosa para os corações desejos de fortalezas infinitas!

    Conclusão

    A Sagrada Escritura apresenta Jesus Cristo como sendo ao mesmo tempo perfeitamente humano (embora sem pecado) e perfeitamente divino (veja também (Is 9, 5-6; Jo 1,1-2; 3,16; 8,58; Cl 1,15-19; 1 Tm 3,16; Hb 13,8; 1 Jo 5,20). A carta aos Filipenses diz de Jesus: “pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhança de homens” (Fl 2, 6-7). Em outras palavras: Ele não agarrou-se à Sua divindade, mas humilhou-se por amor a nós. Em outro lugar o próprio Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30).
    Jesus Cristo, é impossível conhecê-lo e não amá-lo, amá-lo e não segui-lo!

    Frei Inácio José do Vale
    Professor de História da Igreja
    Sociólogo em Ciência da Religião
    Irmãozinho da Visitação da Fraternidade de Charles de Foucauld
    E-mail: pe.inacio.jose@gmail.com

    Fontes:

    http://www.ajesus.com.br/mensagens/conheca_jesus/conheca_jesus_03.html

    https://www.jw.org/pt/publicacoes/revistas/despertai-n5-2016-outubro/jesus-existiu-mesmo/

    http://top10mais.org/top-10-evidencia-existencia-jesus-cristo/#ixzz4WInVNfbW

    Bultmann, Rudolf. Theology of the New Testament vol. 1, pp. 49, 81; Joachim Jeremias, The Eucharistic

    Words of Jesus translated Norman Perrin (London: SCM Press, 1966) p. 102.

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