EU SOU O PÃO VIVO

    Celebramos, neste domingo, o 19º desse Tempo Comum e com ele recordamos dentro desse mês vocacional, a vocação à vida matrimonial formando a família e dentro dela o chamado à paternidade, ao comemorar o dia dos pais. Uma bela vocação assim como tantas outras que temos na Igreja. A vocação à paternidade é um chamado de Deus, um dom, como todas as outras vocações. O pai é aquele que conduz o filho no caminho do bem e, através do seu exemplo, ensina o seu filho a seguir o mesmo caminho quando abraçar a paternidade. O Papa Francisco ao falar de São José diz que ele cuidou do Filho de Deus com um coração de pai.

    O Dia dos Pais deve ser lembrado todos os dias do ano, assim como o Dia das Mães, dos Avós e tantos outros. Todo dia é dia de presentear os pais, de dizer quanto são amados, e estar perto deles, rezar por eles. Os dias existem para recordar o que devemos viver sempre. Se puder visite os seus pais e esteja com eles nesse dia, se não puder faça uma ligação e diga de seus sentimentos. Se o seu pai já faleceu, eleve a Deus uma oração por ele nesse dia.

    Hoje é o dia da família se reunir e ir à Missa, e que as famílias, em especial os pais, sejam exemplos da Sagrada Família de Nazaré. Que os filhos respeitem os seus pais e cuidem deles até a velhice e os pais cuidem de seus filhos. Que todos os pais eduquem os seus filhos para a vida e para o amor de Deus.

    Neste dia em que recordamos a vocação paterna, agradeçamos a Deus o cuidado e o amor que os nossos pais têm para conosco e pedimos também que sejam acolhidos na vida eterna, todos os pais já falecidos. Celebremos com fé e alegria a eucaristia, neste segundo domingo do mês de agosto.

    Na primeira leitura da missa (1Rs 19,4-8) lemos que Elias, após andar o dia inteiro pelo deserto, senta-se de baixo de um junípero e pede para si a morte. Mas somente Deus pode dar a vida e a morte, ninguém tem o direito de tirar a sua própria vida. O anjo do Senhor toca em Elias e pede que ele se alimente, Elias come e torna a deitar-se, mas o anjo do Senhor toca novamente em Elias e diz que ele tem um longo caminho a percorrer. Elias se levanta, come o alimento e com a força desse alimento percorre o deserto durante 40 dias e 40 noites até chegar ao monte de Deus. Ou seja, Elias não morreria antes de ver o monte de Deus. Aqui aparece o tema do deserto, da aliança no monte e o número 40. São chaves para nossa reflexão.

    O Salmo Responsorial 33(34) nos diz em seu refrão: “Provai e vede quão suave é o Senhor”! O Senhor é bondoso e suave para conosco e quando pensamos em desistir de algum obstáculo, Ele nos ajuda a levantar e a seguir em frente.

    Na segunda leitura (Ef 4,30-5,2) Paulo alerta a comunidade a não contristar o Espírito Santo. Tudo aquilo que é contrário ao Espirito Santo deve desaparecer, como a amargura, cólera e irritação. Cada um deve se perdoar um ao outro, assim como Deus nos perdoa, esse perdão advém do Espírito Santo.

    O Evangelho (Jo 6,41-51) continua falando sobre o pão. Ele inicia com os judeus questionando a respeito do que Jesus havia dito, a respeito dele ser o pão que desceu do céu. Eles começam a questionar e procurar entender a origem de Jesus, ainda não haviam compreendido que ele era o filho de Deus. Na verdade, eles não queriam entender e procuravam uma maneira de entregar Jesus.

    Jesus diz a eles para não murmurarem e que ninguém vai ao Pai se não por ele, ou se não for atraído por Deus. E assim como ele ressuscitará no último dia, da mesma forma acontecerá por quem for atraído a Ele, pelo Pai. Todo aquele que crê, possui a vida eterna e quem acreditar que Jesus é filho de Deus ressuscitará para a vida eterna.

    Jesus volta a afirmar que ele é o Pão da vida, e ainda diz que o povo de Deus no deserto comeu do maná, mas eles morreram. Ele é o verdadeiro pão enviado de Deus que nos garantirá a vida eterna. Jesus é o pão “vivo” descido do céu. Quem comer do pão que Jesus der, terá vida eternamente. O pão que Jesus dará é a sua carne e o sangue para a vida do mundo, ou seja, o gesto que Ele fez na última ceia e perdura até os dias de hoje na vida da Igreja e, ao desejar esse pão, possuiremos a vida eterna.

    Celebremos com alegria esse 19º Domingo do Tempo Comum e com ele o Dia dos Pais iniciando com toda a Igreja do Brasil a Semana Nacional da Família e peçamos a Deus que sempre possamos desejar o pão enviado por Deus, que é Jesus. Através desse alimento, teremos forças enfrentarmos as batalhas do dia a dia e teremos como garantia a vida eterna.

    Que ao comungarmos do pão que Jesus oferece, possamos partilhar o amor e a fraternidade a quem encontrarmos.

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