Celebramos o Domingo da Divina Misericórdia, neste segundo domingo da Páscoa. Esta festa foi estabelecida pelo Papa João Paulo II em 2000, em resposta ao pedido de Santa Faustina Kowalska, uma freira polonesa que teve visões de Jesus Cristo em que Ele lhe revelou a sua misericórdia infinita.
Em uma dessas visões, Jesus pediu a Santa Faustina que estabelecesse uma festa em honra da sua Misericórdia Divina, que deveria ser celebrada no segundo domingo da Páscoa. Jesus disse a Santa Faustina que esta festa seria uma fonte de graças para todas as almas e que aqueles que participassem dela com confiança receberiam a sua misericórdia.
A história da salvação é, em sua essência, uma história de amor e misericórdia. É por isso que durante o tempo pascal, quando lembramos o momento culminante desse amor — o ápice desse amor — a Igreja deseja que agradeçamos de forma especial o amor divino. Assim, a Igreja instituiu a festa da Divina Misericórdia no segundo domingo da Páscoa.
Desde toda a eternidade, Deus nos ama. Essa é a mensagem dos profetas de todos os tempos, chamando-nos à conversão e revelando-nos a misericórdia divina.
Se olharmos para a nossa própria vida, veremos a presença desse Deus misericordioso em cada um de nossos passos. No entanto, muitas vezes esquecemos de refletir sobre nossos dias e de agradecer a Deus por tudo o que Ele fez e faz por nós, apesar dos nossos pecados.
Infelizmente, como humanidade, muitas vezes desviamo-nos do caminho da retidão. Tal como o povo que Deus escolheu, corremos atrás de falsos deuses — ídolos de terra, barro, bronze e ouro — como se eles pudessem nos socorrer. E, assim como o povo escolhido de Deus, também nos entregamos à idolatria dos deuses modernos e nos esquecemos de louvar Aquele que fez o céu e a terra e tudo o que há neles.
A festa da Divina Misericórdia é celebrada com uma liturgia especial, que inclui a exposição do Santíssimo Sacramento, a recitação do Terço da Divina Misericórdia e a celebração da Santa Missa. Durante a liturgia, os fiéis são convidados a contemplar a misericórdia de Deus e a pedir a sua ajuda para se arrependerem dos seus pecados e para viverem uma vida de amor e serviço aos outros.
O Terço da Divina Misericórdia é uma oração especial que foi revelada a Santa Faustina por Jesus. É recitado com um terço tradicional, mas com algumas modificações nas orações. O terço começa com a recitação do Pai Nosso, da Ave Maria e do Credo. Em seguida, recitamos as seguintes palavras: “Pela sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro”. Essa oração é repetida dez vezes, enquanto se medita sobre a Paixão de Cristo. Em seguida, recitamos novamente as palavras do Pai Nosso, da Ave Maria e do Credo, e repetimos esse ciclo três vezes.
A festa da Divina Misericórdia também nos lembra que devemos ser misericordiosos. Cristo nos manda amar o nosso irmão não só como amamos a nós mesmos, mas na medida em que Ele amou a ponto de dar a vida por todos. Jesus disse a Santa Faustina que a sua misericórdia deveria se manifestar através de obras de misericórdia corporal e espiritual. Isso inclui ajudar os pobres, visitar os doentes e os presos, perdoar as ofensas e rezar pelos outros.
Nossa vida deve ser um eterno hino de amor à Misericórdia Divina. Sempre devemos ter em nossa boca o louvor a Deus e à sua misericórdia.
A festa da Divina Misericórdia é uma oportunidade para contemplarmos o amor e a Misericórdia de Deus e para nos arrependermos dos nossos pecados e nos reconciliarmos com Ele.
Saudações em Cristo!
