Dia Mundial dos Pobres

    “Sempre tereis pobres entre vós” (Mc 14,7)

    Exaltada inúmeras vezes na Sagrada Escritura, desde o Antigo Testamento até o Novo, a presença do pobre nos relatos bíblicos ocupa uma dimensão central na missão de Santa Igreja.

    Neste domingo, dia 13 de novembro, é tempo de nossos irmãos refletir sobre suas ações diante do amparo aos mais pobres. A data foi instituída pelo Papa Francisco em 2017 e, a cada ano, amplia sua importância para a humanidade.

    Por isso, a Igreja está sempre ao lado dos pobres, daqueles que vivem a ausência do alimento, da roupa, da moradia, da saúde, do emprego. “Feliz é aquele que estende a mão aos pobres”, assim dizia Jesus que fazia refeição com os pobres e gostava de estar no meio deles.

    Em sua mensagem deste ano, Papa Francisco renova a nossa missão. “Jesus Cristo fez-se pobre por vós” (2 Cor 8, 9). Essa passagem faz uma clara alusão ao momento em que o apóstolo Paulo se dirigia aos cristãos de Corinto para reforçar seu compromisso de solidariedade para com os irmãos descamisados.

    Mas devemos nos perguntar o que, de fato, estamos fazendo para acolher a quem mais precisa? Qual deve ser a nossa atitude quando nos deparamos com irmãos que nada têm?

    Lembremos, irmãos e irmãs, das cenas chocantes de pessoas famintas disputando sobras de comida. Por isso, não devemos esperar que os outros façam algo que está ao nosso alcance. Não sejamos cegos diante dos pobres. Ignorar os pobres é virar as costas para Jesus Cristo.

    Quem estende a mão aos pobres, sem ser chamado, acolhe Jesus. Porque Jesus Cristo está ali, diante de nós. Estender a mão é sinal de solidariedade e amor. Um amor que vem de Deus ao nosso coração.

    Como nos diz São João em uma de suas cartas: “Se uma pessoa diz que ama a Deus, mas odeia o seu irmão, ele é um mentiroso e a verdade não está nele”. Por isso, devemos amar a todos e levar o amor e a misericórdia de Deus, principalmente aos que mais precisam.

    A Eucaristia é o sinal da entrega de Jesus aos mais pobres e oprimidos. O alimento que Ele nos dá é verdadeira comida e a verdadeira bebida. Aquele que comer do alimento, nunca mais terá fome e nunca mais terá sede. É a partir da Eucaristia que partilhamos na mesa do altar, que somos chamados a partilhar o pão com aquele que mais precisa.

    Vivemos tempos sombrios, de guerra, de fome, de carência espiritual, de sede — e o nosso papel, como cristãos, é estarmos atentos para enfrentar com nossos gestos as mazelas sociais.

    A realidade social sempre está em constante mudança. Com ajuda, com a solidariedade, aquele que sobre o abandono hoje, pode se reerguer amanhã, e encontrar seu caminho, com Jesus sempre ao seu lado. Porque Jesus está em nós e nós estamos Nele.

    Quando Jesus Cristo escolheu os mais pobres, Ele nos deixou uma mensagem muito clara: o caminho do bem é a misericórdia.

    Não por reconhecimento de servir à Deus, mas por nossa capacidade de agir diante da dor silenciosa que faz parte da rotina dos mais pobres.

    Que neste 6º. Dia Mundial dos Pobres possamos refletir sobre nossas ações diante dos esquecidos. E que possamos agir espontaneamente, sem sermos chamados.

    Saudações em Cristo!

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