Dia Internacional da Mulher

    O lugar da Mulher na sociedade

    Neste dia 08 de março comemoramos o Dia Internacional da Mulher, mais do que um dia de comemoração será um dia de reflexão. É um dia para toda a sociedade refletir sobre a presença e atuação da mulher em diversas áreas da nossa sociedade, seja na Igreja, no mercado de trabalho, na família, na política e no mundo social.

    As mulheres lutaram muito para conquistar os seus direitos e esses direitos devem ser respeitados. A mulher não deve ser vista mais como aquela que fica somente em casa cuidando dos afazeres domésticos e dos filhos. A mulher conquistou o seu espaço no mercado de trabalho e do mesmo modo que o homem trabalha fora, a mulher deve fazer o mesmo. Tanto homem como a mulher devem dividir juntos as tarefas domésticas e dividir o pagamento das contas da casa.

    Na Igreja as mulheres após o Concílio Ecumênico Vaticano II as mulheres conquistaram mias espaço na vida da Igreja, mesmo que no passado temos grandes e proféticas mulheres na missão eclesial, até mesmo como doutoras da igreja. As mulheres recebem o ministério de catequistas, ministras extraordinárias da Sagrada Comunhão, servidoras do altar, dentre outras funções, além da participação nos conselhos paroquiais e arquidiocesanos. Ao recordar o papel das mulheres na Igreja devemos recordar das santas mulheres presentes nos textos sagrados.

    Hoje louvamos e agradecemos a Deus pela presença das mulheres em nossas paróquias nas diversas atividades e participação e assumem muitas das atividades próprias da ação evangelizadora de maneira graciosa e com grande generosidade. Na maioria de nossas paróquias as mulheres são secretarias e atendem com carinho todos os paroquianos, além dos serviços e ministérios litúrgicos. Portanto, a presença das mulheres em nossas paróquias é de extrema importância, pois é preciso ter o “toque” feminino em alguns detalhes e um olhar “clínico” que os homens não teriam.

    As mulheres têm outro papel fundamental na vida da Igreja que é rezar pelos sacerdotes, considerando que elas são a maioria nos grupos do Apostolado da Oração e Legião de Maria, Obra das Vocações Sacerdotais –  esses grupos têm a missão principal de rezar pelos sacerdotes. Por isso, em cada paróquia devemos fomentar que esses grupos não terminem e se mantenham firmes e convidar mais pessoas, sobretudo as mulheres para fazerem parte dele. As mulheres em sua maioria são intercessoras, a exemplo de Maria, e intercedem junto a Deus pelos sacerdotes, seminaristas, religiosos e religiosas e por todo o povo de Deus. Mães que oram pelos filhos, mulheres do terço, filhas de maria, e tantos outros grupos demonstram bem a vitalidade da participação feminina na igreja.

    O Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU), na década de 1970. A data foi oficializada no intuito de lembrar a luta histórica das mulheres para terem as suas condições equiparadas a dos homens. No início a reivindicação era apenas para igualdade salarial, mas nos dias de hoje a luta é para que as mulheres sejam mais respeitadas e o feminicídio e tantos outros crimes contra as mulheres tenham fim. Nesse dia 08 de março é um dia em que todas as mulheres devem dizer um basta a toda violência sofrida por elas e todos viverem a mesma dignidade, homens e mulheres.

    O Dia Internacional da Mulher existe como o resultado da luta de mulheres por meio de manifestações, greves e comitês. Essa mobilização aconteceu ao longo de todo o século XX dando importância para a data do dia 08 de março. A definição dessa data está relacionada a uma série de acontecimentos.

    Infelizmente temos acompanhado o crescimento de casos de feminicídio, muitos homens que não respeitam as suas esposas, e por conta de brigas e discussões acabam partindo para a violência e até o assassinato de suas companheiras, ao invés de resolverem as diferenças na conversa. Por isso, as mulheres ainda precisam fazer um movimento para acabar de vez com o feminicídio e para que sejam respeitadas por seus esposos e parceiros. Mas, é claro toda a sociedade e o poder público precisam atuar juntos para resolver essa situação.

    O matrimônio é o fruto do amor entre o homem e a mulher, que a exemplo da Sagrada Família de Nazaré devem se doar e amar um ao outro, e no dia do matrimônio ambos prometem amor e fidelidade um ao outro. O casamento é para a felicidade e com o fim último de constituir família e não para a infelicidade e brigas de ambos.

    Outra função importantíssima que as mulheres exercem na Igreja é de catequista, quantos de nós não nos recordamos de nossas catequistas que nos conduziram no caminho da fé. As nossas catequistas são fundamentais transmissoras da fé católica. Nesse Dia Internacional da Mulher lembremos dessas mulheres que exercem um papel fundamental na Igreja e nos introduziram nos caminhos da fé. As catequistas são o braço direito do padre, pois anunciam Jesus Cristo muitas vezes onde o padre não consegue ir.

    Não podemos ainda esquecer das religiosas e consagradas que doam a sua vida em favor dos irmãos, são em sua maioria catequistas e auxiliam nas diversas atividades paroquias e rezam pelos sacerdotes e vocações. Algumas trabalham nas casas episcopais e trabalham na cúria metropolitana-diocesana. Algumas religiosas trabalham em hospitais, educação e comunicação. Rezemos para que não faltem moças que aceitem o chamado de Deus e abracem a vocação religiosa e consagrada.

    No dia dedicado as mulheres, elevemos uma prece todas elas, principalmente por aquelas que foram nossas catequistas, por nossas madrinhas e por nossas mães. Rezemos ainda, para que as mulheres sejam respeitadas em sua dignidade e tenham vez e voz na sociedade. Que todos os maridos respeitem as suas mulheres e que o feminicídio possa ter um fim.

    Que a Virgem Maria, a Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil, nos ajude e interceda por todas as mulheres do mundo inteiro. Concluo com uma bela poesia de nosso professor de Sagrada Escritura, Pe. Leonardo Agostini sobre as virtudes das mulheres bíblicas:

    Em tempos de incerteza,

    Sara sorriu,

    com fé inabalável,

    um filho ela viu.

    Promessas de Deus,

    em seu coração,

    a esperança floresceu,

    como uma canção.

    Débora, a juíza,

    com bravura se ergueu,

    liderou seu povo,

    a vitória prevaleceu.

    Judite, com astúcia,

    ao inimigo enfrentou,

    com coragem e fé,

    a liberdade conquistou.

    Abigail, com sabedoria,

    o perigo evitou,

    com palavras de paz,

    a ira acalmou.

    Ester, a rainha,

    com discernimento e amor,

    salvou seu povo,

    com grande fervor.

    A viúva de Sarepta,

    com coração generoso,

    compartilhou o pouco,

    mostrou gesto tão precioso.

    Rute, a leal,

    ao lado de Noemi ficou,

    em tempos de dor,

    seu amor não falhou.

    Com passos firmes,

    na terra estranha,

    sua história de fé,

    eternamente nos acompanha.

    Maria, a Mãe,

    com amor sem fim,

    aceitou a vontade de Deus,

    dizendo seu Sim.

    Em cântico, Maria

    a Deus exaltou,

    com alegria e louvor,

    seu coração transbordou.

    No Magnificat,

    sua voz ressoou,

    um hino de gratidão,

    que o céu ecoou.

    Assim, as mulheres,

    com virtudes a brilhar,

    nos ensinam a fé,

    a coragem a cultivar.

    Com sabedoria e amor,

    em cada ação,

    Vocês são luz e exemplo,

    em nossa missão.

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