Dia do Padre

    Ao celebrarmos, em 4 de agosto, a memória de São João Maria Vianney, o Cura d’Ars, comemoramos também, por conseguinte, o Dia do Padre. Antigamente São João Maria Vianney era o patrono apenas dos párocos, mais São João Paulo II estendeu este privilégio a todos os curas de almas, por isso é o dia do padre, celebrado no dia 4 de agosto, e dentro da tradição da CNBB, celebrado no primeiro domingo de agosto em todas as comunidades. De modo especial, do padre diocesano e dos párocos, aos quais o santo francês é modelo inigualável.
    Alguém poderia indagar, a partir de uma importante constatação, que a vida do Cura d’Ars foi muito acidentada, atormentada, às vezes com certa suspeita de algum desequilíbrio de comportamento no que toca aos seus combates certeiros com o demônio e à certa inconstância entre permanecer pároco ou tornar-se monge trapista.
    É certo que podemos encontrar muitas interpretações para a agitada vida daquele santo tão presente entre nós. Há até a possibilidade de que, realmente, sofresse algum distúrbio que psicólogos sérios poderiam tentar nos descrever. Contudo, o que importa é que, com ou sem problemas, ele se deixou moldar qual barro nas mãos do Divino Oleiro e venceu o pecado, o mundo e o demônio a exemplo de Cristo. É modelo para cada um de nós que nos dedicamos, apesar das nossas fraquezas, a servir ao Senhor nos irmãos e irmãs, de modo muito especial nos mais necessitados.
    Os santos deixaram sua marca de simplicidade e de humildade. Para São João Maria Vianney tudo que era para a liturgia e para o culto divino, ou seja, para Deus o que havia de melhor em seu tempo. Seus paramentos eram requintados porque quando ele celebrava os mistérios sagrados desaparecia o Padre João Maria Vianney e estava presente o próprio Cristo, por isso para o Cristo tudo o que há de melhor, mais sublime, excelso. Já para o Padre João Maria Vianney tudo o mais modesto, ao ponto de a sua refeição resumir-se em batatas somente, a mais humilde das refeições do povo simpes daquele tempo. Padre amável, bondoso, humilde, simples, sincero e generoso transformou o seu ministério no maior confessor de toda a França, para aonde acorriam eclesiásticos, autoridades, personalidades e, principalmente, o povo santo de Deus. Incansável no confessionário e na orientação pessoal, e certeiro no anúncio do Evangelho converteu mais pelo exemplo e pela caridade da escuta do que pela pregação. Foi o humilde Padre João Maria Vianney, que nos anos de 1800, confundiu os poderosos da França e exaltou os humildes.
    Para finalizar esta brevíssima reflexão, quero lembrar que os três pontos centrais da vida de São João Maria Vianney foram a oração penitente, à qual muito se dedicava; a pregação, nem sempre a partir de grandes elaborações teológicas, mas, sim, de uma prática vivencial orvalhada pela graça divina, por isso, tocante a quem o ouvia, e, por fim, a dedicação ao ministério do confessionário: o tribunal da misericórdia divina do qual o réu entra culpado, mas sai inocente.
    Aprendamos com ele, nós padres, a imitar melhor o seu belo e edificador exemplo e, por certo, seremos melhores a nós mesmos e às nossas comunidades. O padre zeloso com as coisas de Deus e com o atendimento do povo merece nosso aplauso e nossas preces. Amemos nossos padres e rezemos por aqueles que vivem provações, sofrimentos ou mesmo perseguições. Quem persegue um padre persegue o próprio Cristo. Quem ama um sacerdote e o valoriza será amado e valorizado por Cristo Sumo e Eterno Sacerdote. Rezemos pelos sacerdotes e, por favor, reze por mim!

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